AMBIENTE FISCAL BRASILEIRO- Como está hoje e como afeta a economia daqui para frente

AMBIENTE FISCAL BRASILEIRO: Como está hoje e como afeta a economia daqui para frente?

Como está o ambiente fiscal do Brasil hoje e o que você deve entender sobre ele para ter uma boa leitura econômica? Neste artigo, nós explicamos tudo!

Como está o ambiente fiscal brasileiro, e como isso afeta a economia?

Neste artigo, vamos falar sobre isso, mostrar os principais fatores que influenciam no ambiente fiscal do Brasil, além de ensinar você a estar sempre por dentro deles!

Acompanhe!

O que é o ambiente fiscal brasileiro, e como ele afeta a economia?

O ambiente fiscal brasileiro se refere, basicamente, à situação das contas públicas do país, englobando a arrecadação de tributos, os gastos do governo, o nível de endividamento e outros aspectos.

Ele é influenciado por fatores como o resultado primário (diferença entre receitas e despesas), dívida pública, carga tributária e políticas de controle de gastos.

Esses aspectos são fundamentais para a estabilidade econômica, pois um equilíbrio fiscal adequado permite:

  • Taxas de juros mais baixas
  • Menor risco-país
  • Melhora o ambiente de negócios
  • Menor inflação
  • Câmbio favorável
  • Maior poder de compra da população

Além disso, compreender o ambiente fiscal permite a você ter mais segurança e resultado em seus investimentos!

Mas como entender tudo isso?

Como compreender o ambiente fiscal brasileiro?

Existem diversas formas de se manter informado sobre a economia brasileira do ponto de vista fiscal.

3 das principais são:

1. Explicações de analistas

Diversos analistas financeiros e econômicos estão constantemente estudando assuntos referentes à economia brasileira e explicando como mudanças políticas e acontecimentos econômicos podem afetar você.

A XP Investimentos, por exemplo, possui um time de especialistas com ampla experiência de mercado que trabalham diariamente para trazer insights, análises e informações cruciais através do portal Expert XP!

2. Boletim MacroFiscal

Se você quer ter um pouco da perspectiva do governo sobre o ambiente fiscal brasileiro, o Boletim Macrofiscal é um relatório bimestral divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, com projeções de curto e médio prazo para indicadores de atividade econômica e inflação.

Além disso, nele são apresentadas análises sobre a conjuntura macroeconômica e fiscal, bem como estudos acerca de medidas que impactam o desempenho econômico do país.

3. Boletim Focus

Para entender um pouco mais sobre como instituições financeiras e grandes players econômicos estão vendo a situação no Brasil, é interessante conhecer o Boletim Focus!

Esse é um relatório semanal divulgado pelo Banco Central essencial para quem deseja acompanhar as tendências do mercado pelos olhos de quem lida com muito dinheiro, e compreender as expectativas para a economia.

➡️ Além disso, ter um assessor certificado com o qual falar sobre tudo isso também pode ser muito útil!

Quais são os aspectos que afetam o ambiente fiscal do Brasil?

Existem diversos fatores fiscais importantes que afetam a economia, mas, para este artigo, separamos os 5 mais importantes:

1. Dívida Pública e Sustentabilidade Fiscal

A dívida pública é, de forma simples, quanto o governo brasileiro deve a credores internos e externos.

Devido a anos de déficit fiscal, o Brasil precisou pegar muito dinheiro emprestado – na maioria das vezes através de títulos do Tesouro Direto – e, por isso, possui uma dívida pública elevada e crescente.

O controle do déficit primário exige políticas fiscais responsáveis para manter a sustentabilidade fiscal do país e evitar desequilíbrios que possam afetar a economia. Porém, os governos tendem a não querer tomar medidas de austeridade, porque elas pressupõem a diminuição de gastos, algo que os governantes consideram essencial para sua popularidade.

➡️ Como está hoje?

Segundo o Tesouro Nacional, depois de encerrar 2024 acima de R$ 7,3 trilhões e em nível recorde, a Dívida Pública Federal deve chegar ao fim deste ano entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.

Além disso, de acordo com o relatório Prisma Fiscal de fevereiro, a expectativa mediana dos economistas é que o saldo primário do Brasil em 2025 seja negativo e na ordem de R$ 80,0 bilhões. Ou seja, esse deve ser mais um ano de dívida crescente e gastos acima da arrecadação.

2. Regras Fiscais

O Novo Arcabouço Fiscal – que substituiu o Teto de Gastos – é o conjunto de regras que substituiu o Teto de Gastos, e que estabelece limites para o crescimento das despesas públicas no Brasil.

Aliado à Lei de Responsabilidade Fiscal, ele busca garantir disciplina na gestão financeira dos entes federativos através de orçamentos que devem ser aprovados no congresso anualmente.

➡️ Como está hoje?

No final de 2024, o Congresso aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 com a meta ousada de déficit fiscal zero.

Porém, para isso ser factível, as receitas terão de subir R$ 17,9 bilhões, sem que novos gastos apareçam. Por isso, existe desconfiança sobre a possibilidade ou não desse objetivo ser alcançado.

3. Carga Tributária

A carga tributária é um dos principais fatores para definir quanto dinheiro o governo tem para utilizar na sua administração.

Se o governo fosse uma empresa, boa parte da receita que ele recebe viria apenas dessa fonte: taxas e impostos cobrados do povo e das empresas nacionais e internacionais que atuam no Brasil.

➡️ Como está hoje?

O Brasil tem uma das cargas tributárias mais altas entre os países emergentes, representando cerca de 33% do PIB.

Apenas nos primeiros 40 dias de 2025, os brasileiros já pagaram mais de R$ 500 bilhões, 8,3% a mais do que no mesmo período de 2024…


Fonte: CNN

Além disso, a Reforma Tributária, em andamento, apesar de buscar simplificar o sistema de impostos, vai fazer com que o nosso país tenha o maior IVA (Imposto sobre Valor Agregado) do mundo, na faixa de 28%.

Ou seja, a arrecadação tributária do Brasil é alta… mas não tão alta quanto os gastos:

4. Gastos Públicos

A maior parte do orçamento federal é destinada a despesas obrigatórias, como previdência e folha de pagamento do funcionalismo.

Isso reduz a capacidade de investimentos em infraestrutura e outras áreas essenciais, tornando a gestão fiscal mais desafiadora. Porém, ainda sobra aproximadamente 10% para o governo direcionar para onde preferir.

➡️ Como está hoje?

Depois de 2 anos de alta nos gastos públicos, o pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso ajudará a diminuir as despesas em 2025 em cerca de R$ 34 bilhões, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Apesar disso, ainda é previsto que o gasto do governo com pessoal em 2025 tenha a maior alta em 6 anos, chegando a mais de R$ 416 bilhões.

5. Política Monetária

Embora entre mais na esfera monetária do que fiscal, a política monetária conduzida pelo Banco Central influencia profundamente o fiscal brasileiro, principalmente por seu impacto no custo da dívida pública via taxa SELIC.

Como a taxa SELIC, também chamada de taxa básica de juros, representa quanto o governo paga por empréstimos concedidos a ele, quanto mais alta a SELIC, maior é o endividamento do governo e a pressão sobre a dívida pública.

➡️ Como está hoje?

Hoje, a taxa SELIC no Brasil está em 13,25% ao ano:


Fonte: Banco Central

Além disso, de acordo com o Boletim Focus de 07 de março de 2025, a expectativa do mercado é que terminemos este ano com essa taxa na faixa de 15,00% – o que seria extremamente alto.

Por isso, uma das preocupações principais do governo do ponto de vista fiscal deve ser controlar a inflação, para então poder diminuir a SELIC e, dessa forma, tornar a dívida pública mais manejável.

Esperamos que este artigo tenha ajudado você a entender melhor os aspectos do ambiente fiscal brasileiro!

Se precisar esclarecer qualquer dúvida, ou se quiser ajuda de um especialista da Faz Capital para ajudar você a investir da forma certa mesmo com riscos fiscais a frente, não hesite em nos contatar apertando aqui!

Nos vemos no próximo artigo!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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