Caso WeWork- o risco da falta de governança e a perda de investidores

Caso WeWork: o risco da falta de governança e a perda de investidores

Descubra como a falta de governança na WeWork levou ao colapso da empresa e perda de investidores. Entenda as lições valiosas que as empresas podem aprender com o fracasso da WeWork.

A WeWork, que ganhou destaque com seu modelo de espaços de trabalho compartilhados, enfrentou uma queda abrupta devido a erros de gestão e falhas em sua governança corporativa.

A queda do unicórnio foi tão rápida quanto o seu surgimento meteórico. Seguindo sucessivos erros de gestão e governança corporativa, o caso WeWork traz à tona uma série de controvérsias e falhas que abalaram a confiança dos investidores.

Neste artigo, vamos analisar o que aconteceu com a WeWork sob a ótica da governança corporativa e como a falta dela pode prejudicar diretamente a eficiência operacional de uma corporação e, portanto, sua capacidade de gerar lucros.

Da abertura de capital da WeWork a uma realidade preocupante

Nove anos após sua fundação, em 2019 a WeWork anunciou seu IPO (oferta pública inicial). A plataforma de aluguel de espaços de trabalho, ou coworking, foi avaliada em US$ 47 bilhões, mesmo tendo registrado prejuízos no ano anterior. Naquele momento, as expectativas do mercado eram altas, e a abertura de capital era aguardada com grande entusiasmo.

Com um negócio bilionário, mas que apresentava prejuízos gigantescos, a WeWork começou a gerar dúvidas sobre os números apresentados e a sustentabilidade da empresa:

1️⃣ Quando a WeWork decidiu abrir capital, os documentos apresentados à SEC (Securities and Exchange Commission), órgão regulador dos Estados Unidos, similar à CVM no Brasil, os números revelados eram preocupantes.

2️⃣ Além de apresentar prejuízos anuais que somavam bilhões de dólares, o relatório expôs a falta de um plano claro para alcançar lucratividade.

Como uma empresa com prejuízos crescentes poderia justificar uma avaliação de US$ 47 bilhões?

Governança corporativa em red flag 🚩

O fundador e, à época, CEO, Adam Neumann, era controlador da empresa, embora não fosse seu sócio majoritário. Esse fato por si só representava um alerta para os investidores.

Isso não o impedia de tomar decisões unilaterais, o que levantava suspeitas de conflito de interesses e dificultava a supervisão por parte dos conselheiros e investidores. Uma das principais ações questionáveis do fundador foi a locação de imóveis próprios à WeWork: ele adquiria propriedades comerciais e faturava alto com contratos de sua própria empresa.

Além dos prejuízos financeiros, a crise de imagem foi imensurável. Com a reputação abalada e a perda da credibilidade, a WeWork precisou cancelar o IPO. ⬇️ E o pior: a avaliação da empresa, que era de US$ 47 bilhões, despencou para apenas US$ 8 bilhões, enquanto o CEO foi forçado a renunciar ao cargo.

Erros que custaram milhões aos investidores da WeWork

A empresa, que inicialmente parecia promissora, se tornou um dos maiores exemplos de como a falta de governança e compliance pode resultar em um fracasso bilionário.

A falta de clareza nas finanças da WeWork gerou desconfiança tanto em investidores quanto no mercado em geral. Uma gestão financeira clara e transparente, seguindo os preceitos da governança corporativa, é essencial para preservar a confiança dos investidores e garantir a continuidade dos negócios.

Além disso, um dos principais erros cometidos, muito comum em diversas empresas, foi a centralização de poder em uma única pessoa. Uma boa governança, que cria mecanismos para controle na tomada de decisão, faz com que as decisões sejam tomadas com mais equilíbrio, ponderação, evitando a assunção de riscos não avaliados e o abuso de poder.

Por fim, não podemos falar de governança sem mencionar a importância do compliance na sustentabilidade de um negócio a longo prazo. O foco exclusivo no crescimento acelerado levou a WeWork a assumir riscos financeiros e operacionais insustentáveis, o que resultou em uma queda abrupta.

A criação de comitês independentes, como os de auditoria e compliance, poderia ter ajudado a garantir que os processos financeiros e operacionais fossem auditados de forma imparcial. O compliance é fundamental para garantir que a empresa esteja em conformidade com as regras do mercado e evite riscos legais e financeiros.

A história da WeWork é um exemplo claro de como falhas de governança podem afetar uma empresa, desde seu modelo de negócios até a avaliação do mercado.

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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