Economia – Faz Capital https://fazcapital.com.br Investimentos Fri, 14 Mar 2025 20:09:52 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://fazcapital.com.br/wp-content/uploads/2022/04/cropped-fav-32x32.png Economia – Faz Capital https://fazcapital.com.br 32 32 AMBIENTE FISCAL BRASILEIRO: Como está hoje e como afeta a economia daqui para frente? https://fazcapital.com.br/ambiente-fiscal-brasileiro-como-esta-hoje-e-como-afeta-a-economia-daqui-para-frente/ Mon, 17 Mar 2025 14:00:41 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=49964 Como está o ambiente fiscal do Brasil hoje e o que você deve entender sobre ele para ter uma boa leitura econômica? Neste artigo, nós explicamos tudo!

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Como está o ambiente fiscal brasileiro, e como isso afeta a economia?

Neste artigo, vamos falar sobre isso, mostrar os principais fatores que influenciam no ambiente fiscal do Brasil, além de ensinar você a estar sempre por dentro deles!

Acompanhe!

O que é o ambiente fiscal brasileiro, e como ele afeta a economia?

O ambiente fiscal brasileiro se refere, basicamente, à situação das contas públicas do país, englobando a arrecadação de tributos, os gastos do governo, o nível de endividamento e outros aspectos.

Ele é influenciado por fatores como o resultado primário (diferença entre receitas e despesas), dívida pública, carga tributária e políticas de controle de gastos.

Esses aspectos são fundamentais para a estabilidade econômica, pois um equilíbrio fiscal adequado permite:

  • Taxas de juros mais baixas
  • Menor risco-país
  • Melhora o ambiente de negócios
  • Menor inflação
  • Câmbio favorável
  • Maior poder de compra da população

Além disso, compreender o ambiente fiscal permite a você ter mais segurança e resultado em seus investimentos!

Mas como entender tudo isso?

Como compreender o ambiente fiscal brasileiro?

Existem diversas formas de se manter informado sobre a economia brasileira do ponto de vista fiscal.

3 das principais são:

1. Explicações de analistas

Diversos analistas financeiros e econômicos estão constantemente estudando assuntos referentes à economia brasileira e explicando como mudanças políticas e acontecimentos econômicos podem afetar você.

A XP Investimentos, por exemplo, possui um time de especialistas com ampla experiência de mercado que trabalham diariamente para trazer insights, análises e informações cruciais através do portal Expert XP!

2. Boletim MacroFiscal

Se você quer ter um pouco da perspectiva do governo sobre o ambiente fiscal brasileiro, o Boletim Macrofiscal é um relatório bimestral divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, com projeções de curto e médio prazo para indicadores de atividade econômica e inflação.

Além disso, nele são apresentadas análises sobre a conjuntura macroeconômica e fiscal, bem como estudos acerca de medidas que impactam o desempenho econômico do país.

3. Boletim Focus

Para entender um pouco mais sobre como instituições financeiras e grandes players econômicos estão vendo a situação no Brasil, é interessante conhecer o Boletim Focus!

Esse é um relatório semanal divulgado pelo Banco Central essencial para quem deseja acompanhar as tendências do mercado pelos olhos de quem lida com muito dinheiro, e compreender as expectativas para a economia.

➡ Além disso, ter um assessor certificado com o qual falar sobre tudo isso também pode ser muito útil!

Quais são os aspectos que afetam o ambiente fiscal do Brasil?

Existem diversos fatores fiscais importantes que afetam a economia, mas, para este artigo, separamos os 5 mais importantes:

1. Dívida Pública e Sustentabilidade Fiscal

A dívida pública é, de forma simples, quanto o governo brasileiro deve a credores internos e externos.

Devido a anos de déficit fiscal, o Brasil precisou pegar muito dinheiro emprestado – na maioria das vezes através de títulos do Tesouro Direto – e, por isso, possui uma dívida pública elevada e crescente.

O controle do déficit primário exige políticas fiscais responsáveis para manter a sustentabilidade fiscal do país e evitar desequilíbrios que possam afetar a economia. Porém, os governos tendem a não querer tomar medidas de austeridade, porque elas pressupõem a diminuição de gastos, algo que os governantes consideram essencial para sua popularidade.

➡ Como está hoje?

Segundo o Tesouro Nacional, depois de encerrar 2024 acima de R$ 7,3 trilhões e em nível recorde, a Dívida Pública Federal deve chegar ao fim deste ano entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.

Além disso, de acordo com o relatório Prisma Fiscal de fevereiro, a expectativa mediana dos economistas é que o saldo primário do Brasil em 2025 seja negativo e na ordem de R$ 80,0 bilhões. Ou seja, esse deve ser mais um ano de dívida crescente e gastos acima da arrecadação.

2. Regras Fiscais

O Novo Arcabouço Fiscal – que substituiu o Teto de Gastos – é o conjunto de regras que substituiu o Teto de Gastos, e que estabelece limites para o crescimento das despesas públicas no Brasil.

Aliado à Lei de Responsabilidade Fiscal, ele busca garantir disciplina na gestão financeira dos entes federativos através de orçamentos que devem ser aprovados no congresso anualmente.

➡ Como está hoje?

No final de 2024, o Congresso aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 com a meta ousada de déficit fiscal zero.

Porém, para isso ser factível, as receitas terão de subir R$ 17,9 bilhões, sem que novos gastos apareçam. Por isso, existe desconfiança sobre a possibilidade ou não desse objetivo ser alcançado.

3. Carga Tributária

A carga tributária é um dos principais fatores para definir quanto dinheiro o governo tem para utilizar na sua administração.

Se o governo fosse uma empresa, boa parte da receita que ele recebe viria apenas dessa fonte: taxas e impostos cobrados do povo e das empresas nacionais e internacionais que atuam no Brasil.

➡ Como está hoje?

O Brasil tem uma das cargas tributárias mais altas entre os países emergentes, representando cerca de 33% do PIB.

Apenas nos primeiros 40 dias de 2025, os brasileiros já pagaram mais de R$ 500 bilhões, 8,3% a mais do que no mesmo período de 2024…


Fonte: CNN

Além disso, a Reforma Tributária, em andamento, apesar de buscar simplificar o sistema de impostos, vai fazer com que o nosso país tenha o maior IVA (Imposto sobre Valor Agregado) do mundo, na faixa de 28%.

Ou seja, a arrecadação tributária do Brasil é alta… mas não tão alta quanto os gastos:

4. Gastos Públicos

A maior parte do orçamento federal é destinada a despesas obrigatórias, como previdência e folha de pagamento do funcionalismo.

Isso reduz a capacidade de investimentos em infraestrutura e outras áreas essenciais, tornando a gestão fiscal mais desafiadora. Porém, ainda sobra aproximadamente 10% para o governo direcionar para onde preferir.

➡ Como está hoje?

Depois de 2 anos de alta nos gastos públicos, o pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso ajudará a diminuir as despesas em 2025 em cerca de R$ 34 bilhões, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Apesar disso, ainda é previsto que o gasto do governo com pessoal em 2025 tenha a maior alta em 6 anos, chegando a mais de R$ 416 bilhões.

5. Política Monetária

Embora entre mais na esfera monetária do que fiscal, a política monetária conduzida pelo Banco Central influencia profundamente o fiscal brasileiro, principalmente por seu impacto no custo da dívida pública via taxa SELIC.

Como a taxa SELIC, também chamada de taxa básica de juros, representa quanto o governo paga por empréstimos concedidos a ele, quanto mais alta a SELIC, maior é o endividamento do governo e a pressão sobre a dívida pública.

➡ Como está hoje?

Hoje, a taxa SELIC no Brasil está em 13,25% ao ano:


Fonte: Banco Central

Além disso, de acordo com o Boletim Focus de 07 de março de 2025, a expectativa do mercado é que terminemos este ano com essa taxa na faixa de 15,00% – o que seria extremamente alto.

Por isso, uma das preocupações principais do governo do ponto de vista fiscal deve ser controlar a inflação, para então poder diminuir a SELIC e, dessa forma, tornar a dívida pública mais manejável.

Esperamos que este artigo tenha ajudado você a entender melhor os aspectos do ambiente fiscal brasileiro!

Se precisar esclarecer qualquer dúvida, ou se quiser ajuda de um especialista da Faz Capital para ajudar você a investir da forma certa mesmo com riscos fiscais a frente, não hesite em nos contatar apertando aqui!

Nos vemos no próximo artigo!

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O que é a Taxa Referencial (TR)? https://fazcapital.com.br/o-que-e-a-taxa-referencial-tr/ Thu, 23 Jan 2025 14:00:03 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=47082 Saiba o que é a Taxa Referencial (TR), como é calculada e suas aplicações em financiamentos, poupança e contratos financeiros no Brasil.

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A Taxa Referencial (TR) é um indicador econômico que nasceu em 1991, como parte do Plano Collor II, com a difícil missão de conter a inflação e dar direção à correção monetária de aplicações financeiras.

Embora tenha perdido relevância como ferramenta direta de controle inflacionário ao longo dos anos, a TR ainda desempenha um papel fundamental em contratos e produtos financeiros no Brasil.

Como a Taxa Referencial é calculada?

O cálculo da Taxa Referencial (TR) é realizado com base em uma fórmula estabelecida pelo Banco Central, que utiliza como referência a média ponderada dos juros pagos em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e Recibos de Depósito Bancário (RDBs). Esses valores refletem a rentabilidade oferecida pelos bancos no mercado financeiro.

A fórmula considera um redutor, chamado fator de ajuste, que é aplicado para garantir que a TR não reflita diretamente as taxas de mercado, mas funcione como um índice de referência. Esse ajuste busca suavizar variações bruscas e adequar a TR ao objetivo de servir como um balizador para contratos e aplicações financeiras.

O resultado do cálculo é divulgado diariamente pelo Banco Central e, embora atualmente a TR esteja frequentemente em 0%, seu método de cálculo segue ativo e pode influenciar vários produtos financeiros no Brasil.

Para que serve a Taxa Referencial?

Sua principal aplicação está na rentabilidade da poupança, onde ela complementa os juros calculados sobre o saldo, especialmente em cenários de baixa taxa Selic.

  • Além disso, a TR é amplamente usada no cálculo de financiamentos habitacionais, como os contratos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), ajustando o saldo devedor ao longo do tempo.
  • Outra função importante da TR é corrigir valores de depósitos judiciais e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), assegurando que esses montantes mantenham parte de seu valor ao longo dos anos.

Apesar de atualmente apresentar valores baixos ou nulos, a TR continua sendo um parâmetro indispensável para dar previsibilidade e regularidade a contratos financeiros de longo prazo.

TR vs outras taxas: qual escolher?

Na hora de tomar decisões financeiras, como investir ou contratar financiamentos, é importante entender como a TR se compara a outros índices, como o IPCA, a taxa fixa e a Selic. Cada uma delas possui características próprias e é mais adequada para determinados objetivos.

TR ou IPCA?

Enquanto a TR é amplamente utilizada para corrigir financiamentos habitacionais e a poupança, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) reflete diretamente a inflação oficial do país. Se o objetivo é proteger seu dinheiro contra a perda de valor do poder de compra, o IPCA é mais indicado, pois acompanha a variação dos preços no mercado. Já a TR, por frequentemente ser zero, pode não oferecer essa proteção, mas garante maior previsibilidade em contratos de longo prazo.

TR ou taxa fixa?

A taxa fixa é ideal para quem busca previsibilidade total nos rendimentos ou custos. Em financiamentos, por exemplo, ela permite saber exatamente quanto será pago ao final do contrato. Já a TR, por ser uma taxa de referência que varia ao longo do tempo, pode gerar flutuações nos saldos corrigidos, especialmente em cenários de alta dos juros no mercado. Para contratos mais estáveis, a taxa fixa pode ser mais vantajosa; porém, em períodos de TR baixa, ela tende a ser menos onerosa.

TR ou Selic?

A Selic é a taxa básica de juros da economia e influencia diretamente os investimentos em renda fixa e os custos de crédito no Brasil. Diferentemente da TR, a Selic é mais dinâmica e reflete as decisões de política monetária do Banco Central. Para investidores, produtos atrelados à Selic oferecem maior rendimento em cenários de alta de juros.

TR e poupança: entenda a relação

A relação entre a Taxa Referencial (TR) e a poupança é fundamental para entender a rentabilidade dessa aplicação tão popular no Brasil. Embora a poupança seja um investimento de baixo risco, sua rentabilidade não é fixa, pois ela é calculada com base na TR e na taxa de juros determinada pelo governo.

Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança tem uma rentabilidade de 0,5% ao mês mais a TR. Porém, quando a Selic está abaixo desse patamar, a rentabilidade da poupança cai para 70% da Selic, ainda com a adição da TR. Em cenários de TR igual a zero, o rendimento da poupança fica praticamente restrito aos juros definidos pela Selic.

Embora a TR não tenha sido utilizada para corrigir a poupança nos últimos anos (sendo frequentemente zero), ela continua sendo parte do cálculo de rentabilidade da aplicação. Em períodos de inflação mais baixa e Selic reduzida, a TR desempenha um papel menos significativo, mas a escolha da poupança como investimento deve considerar, também, a sua relação com essas taxas.

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B3: como a bolsa de valores do Brasil se transformou ao longo dos séculos https://fazcapital.com.br/b3/ Wed, 23 Oct 2024 14:00:28 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=43320 Explore a história da B3, a bolsa de valores do Brasil, e descubra sua evolução desde o século XIX até os pregões eletrônicos.

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Estudar a história da bolsa de valores no Brasil é testemunhar uma evolução marcada por inovações, desafios e momentos decisivos. Desde as negociações de café e algodão em uma época pré-industrial até a criação da B3, uma das maiores bolsas do mundo, cada etapa desse percurso reflete a transformação do país e do mercado financeiro global. 

Prepare-se para explorar essa jornada fascinante, onde tecnologia, fusões e a adaptação constante criaram o cenário dinâmico que conhecemos hoje. 

1851 – O começo de tudo: a primeira bolsa de valores no Brasil 

Em uma época em que o Brasil estava moldando seu cenário econômico, a primeira bolsa de valores do país foi fundada no Rio de Janeiro. As negociações giravam em torno de bens essenciais:

  • Algodão,
  • Café,
  • Seguros,
  • Dívidas públicas.

Apesar de ser um mercado embrionário, a bolsa já mostrava o potencial do Brasil para se destacar no comércio internacional.

Esse início modesto foi um passo crucial na construção de um ambiente de investimentos mais sofisticado e regulamentado, que viria a se desenvolver à medida que o país se modernizava e integrava ao mercado financeiro global.

1890 – O nascimento da Bolsa Livre em São Paulo 

Emílio Rangel Pestana fundou a Bolsa Livre de São Paulo, que inicialmente funcionava como uma extensão do governo brasileiro. O mercado financeiro ganhava corpo, mas ainda enfrentava desafios como a falta de regulamentação e uma estrutura mais formal. 

Os operadores e investidores lidavam com um ambiente ainda incipiente, onde a confiança era essencial para o sucesso das negociações.

A Bolsa Livre representava um passo importante em direção a uma estrutura de mercado mais organizada, indicando a necessidade de um sistema regulatório que protegesse os investidores e assegurasse a integridade das operações, enquanto o Brasil buscava solidificar sua posição no cenário econômico internacional.

1895 – A “Idade da Pedra” e a criação da Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo 

As transações evoluíram, mas de uma forma curiosa: as ações eram negociadas em uma pedra negra, o que deu origem ao apelido “Idade da Pedra”. Apesar da simplicidade, essa foi uma fase crucial para o desenvolvimento do mercado de capitais. 

Fonte: Divulgação BMF BOVESPA

Embora a abordagem fosse simples, ela permitiu que as negociações acontecessem de forma mais estruturada, representando uma transição em relação aos métodos informais que prevaleciam anteriormente. A criação da Bolsa de Fundos Públicos facilitou as transações financeiras e marcou o início de uma nova era para os investidores, que começavam a ver oportunidades em um ambiente ainda em formação.

1935 – A era da Corbeille no Palácio do Café 

A Bolsa Oficial de Valores de São Paulo foi instalada no icônico Palácio do Café. Nesse período, as negociações ocorriam na Corbeille, uma espécie de roda de operadores que negociavam ações por ordem alfabética. Um momento histórico que trouxe mais organização para o mercado. 

Fonte: São Paulo Secreto

O Palácio do Café, com sua arquitetura imponente, tornou-se o cenário de um momento histórico que marcou uma transição em direção a um mercado mais organizado e regulamentado. Hoje, o local abriga o Museu do Café, onde se preserva a história e a importância do café e da bolsa de valores, permitindo que as novas gerações conheçam o legado dessa era.

1965 – O nascimento da Bovespa 

A Bolsa de Valores de São Paulo, agora consolidada como Bovespa, se desvinculou da Secretaria da Fazenda e se tornou uma verdadeira instituição reguladora. Nesse momento, a bolsa brasileira começava a ganhar mais estrutura, com a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central.

Em 1968, foi criado o Ibovespa, o principal índice da bolsa, que acompanha o desempenho das ações mais negociadas, tornando-se um marco na história da Bovespa e do mercado financeiro brasileiro.

Anos 70 – A tecnologia invade o mercado 

Na década de 1970, o mercado financeiro brasileiro passou por uma transformação significativa com a introdução de novas tecnologias. Em 1972, a Bovespa deu um passo importante ao instalar seu primeiro painel eletrônico, que revolucionou a forma como as informações sobre os preços das ações eram divulgadas. Essa inovação não apenas aumentou a agilidade das transações, mas também proporcionou maior transparência e acessibilidade aos investidores, que passaram a ter acesso a dados em tempo real sobre o desempenho do mercado.

Fonte: Acervo B3

Além disso, a mudança da sede da Bovespa para a rua Álvares Penteado marcou um momento crucial na história da bolsa, consolidando-a como um ponto central e estratégico do mercado financeiro brasileiro. A nova localização reforçou a importância da Bovespa como um hub financeiro, além de facilitar o acesso dos investidores e corretores a um ambiente mais dinâmico e integrado.

1986 – O surgimento da BM&F e da Cetip 

O ano de 1986 foi marcante para o mercado financeiro brasileiro, pois testemunhou o surgimento da Bolsa Mercantil e de Futuros (BM&F) e da Cetip, duas instituições que desempenharam papéis cruciais no desenvolvimento do mercado de capitais. A criação da BM&F trouxe uma nova dimensão ao mercado de futuros, permitindo a negociação de contratos que visavam a proteção contra oscilações de preços de commodities e ativos financeiros.

Esse avanço diversificou as opções de investimento disponíveis, proporcionando aos investidores ferramentas para gerenciar riscos de maneira mais eficaz.

Simultaneamente, a Cetip se estabeleceu como uma peça fundamental na custódia e liquidação de títulos e valores mobiliários, garantindo a segurança e a eficiência nas operações financeiras. Com sua atuação, a Cetip contribuiu para aumentar a confiança dos investidores, promovendo um ambiente de negociação mais seguro e organizado.

1991 – A fusão de bolsas e a criação de um gigante 

Em 1991, o cenário financeiro brasileiro passou por uma transformação significativa com a fusão da BM&F (Bolsa Mercantil e de Futuros) à Bolsa Brasileira de Futuros e à Bolsa de Mercadorias de São Paulo. Essa união consolidou as operações de várias bolsas em uma única entidade mais poderosa e eficiente, preparando o terreno para a criação de uma bolsa nacional mais robusta e unificada.

A fusão visava aumentar a liquidez do mercado e criar um ambiente de negociação mais coeso, onde investidores e participantes do mercado pudessem acessar uma gama mais ampla de produtos financeiros. A unificação das bolsas trouxe vantagens operacionais, como a padronização de processos e a redução de custos para os participantes.

2000 – A era das fusões e o fim das bolsas regionais 

Com a virada do século, o Brasil começou a integrar suas diversas bolsas regionais em uma única entidade. A partir daí, a Bovespa se consolidou como a principal bolsa de valores do país, com a extinção de bolsas regionais, como a Bolsa do Extremo Sul, em Porto Alegre. 

A unificação visava eliminar a fragmentação que havia caracterizado o sistema, proporcionando um ambiente mais coeso para investidores e empresas. Essa mudança foi impulsionada pelo desejo de modernizar o mercado e alinhar o Brasil às práticas de outras economias desenvolvidas, que já contavam com bolsas nacionais robustas e integradas.

2005 – O fim do pregão viva-voz 

Um marco histórico no mercado brasileiro: o pregão viva-voz, onde operadores gritavam para negociar ações, foi encerrado. A partir desse momento, todas as transações passaram a ser eletrônicas, uma mudança que revolucionou o mercado, tornando-o mais acessível e dinâmico. 

Com a transição para um sistema totalmente eletrônico, todas as transações passaram a ser realizadas por meio de plataformas digitais, trazendo uma revolução ao mercado financeiro. Essa mudança modernizou a forma como as negociações eram realizadas, aumentando a acessibilidade ao mercado ao permitir que um número maior de investidores, incluindo aqueles que não tinham acesso direto ao pregão, pudesse participar ativamente.

A agilidade das transações eletrônicas proporcionou uma maior velocidade nas negociações, reduzindo o tempo necessário para a execução de ordens e, consequentemente, aumentando a liquidez do mercado.

2008 – A fusão da BM&F com a Bovespa 

Em 2008, o mercado financeiro brasileiro vivenciou uma movimentação estratégica significativa com a fusão da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) com a Bovespa, resultando na criação da BM&F Bovespa. Esse acontecimento unificou duas das principais instituições financeiras do país em uma única entidade.

👉🏼 A fusão não apenas simplificou a estrutura do mercado, mas também trouxe uma nova era de robustez e competitividade, colocando o Brasil em uma posição ainda mais destacada no cenário financeiro global.

A união entre a BM&F e a Bovespa ampliou consideravelmente o leque de produtos financeiros disponíveis para investidores. Enquanto a Bovespa era tradicionalmente conhecida por suas operações com ações, a BM&F trazia para a mesa um portfólio diversificado de contratos futuros, opções e commodities. Essa diversidade de produtos permitiu aos investidores uma gama maior de oportunidades para gestão de riscos e estratégias de investimento, atendendo a diferentes perfis e objetivos financeiros.

2017 – A criação da B3: o novo marco do mercado brasileiro 

Em 2017, um novo capítulo na história do mercado financeiro brasileiro se iniciou com a fusão da BM&F Bovespa e da Cetip, resultando na criação da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. Esse marco transformou a estrutura do mercado, consolidando a B3 como a principal plataforma de negociação de ativos no país.

A B3 unificou as operações de ações e commodities, incorporando também o segmento de títulos de renda fixa. Com essa diversificação, passou a oferecer uma vasta gama de produtos financeiros, como ações, ETFs, derivativos e debêntures, atendendo tanto investidores institucionais quanto pessoas físicas.

O presente – A bolsa do futuro 

Hoje, a B3 é uma bolsa completamente digital, conectada a investidores de todo o mundo. Com operações online, ela permite que milhões de pessoas negociem ativos em tempo real, com acesso a produtos diversificados, como ações, fundos imobiliários, ETFs e muito mais. 

Ao longo dos séculos, a bolsa de valores no Brasil passou por uma verdadeira revolução, transformando-se de um espaço físico de pregões viva-voz para uma plataforma digital globalizada. A criação da B3 consolidou essa evolução, conectando o mercado financeiro brasileiro com o mundo e oferecendo aos investidores um leque cada vez mais diversificado de oportunidades. 

Olhar para essa trajetória é compreender que a história da bolsa no Brasil é também a história de um mercado que nunca parou de inovar, se adaptar e crescer, abrindo caminhos para o futuro. E se você quer fazer parte dessa evolução e investir com segurança, abra sua conta na Faz Capital e tenha o suporte que precisa para aproveitar todas as oportunidades do mercado financeiro. 

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Economia - Faz Capital nonadult
Como utilizar o Ibovespa para investir https://fazcapital.com.br/ibovespa-para-investir/ Fri, 11 Oct 2024 14:00:43 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=42758 Aprenda como utilizar o Ibovespa para investir de forma estratégica, entender seu impacto no mercado e otimizar suas decisões financeiras.

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Quer entender como utilizar o Ibovespa para investir e o que ele representa no mercado financeiro? Este índice, que mede o desempenho das ações mais negociadas na B3, serve como um termômetro essencial para quem deseja acompanhar o mercado brasileiro.

Neste texto, vamos explicar como ele funciona, por que é tão importante e como você pode usá-lo a seu favor.

O que é o Ibovespa? 

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) é o índice de desempenho das ações das empresas mais importantes do Brasil na B3, a Bolsa de Valores do Brasil – antiga Bovespa. Criado em 1968, ele nada mais é do que uma média do valor das empresas mais negociadas do mercado brasileiro refletida em uma porcentagem e funciona mais como uma referência para investidores de todo o mundo. 

Em outras palavras, ele corresponde às ações e units das companhias listadas na B3 que compõe cerca de 80% do número de negócios e volume financeiro do mercado de capitais no Brasil.

É o principal indicador para a renda variável no país. 

Os conhecidos “pontos” servem, do mesmo modo, como referências para essa oscilação em valorização – cada um equivale a R$ 1,00. Portanto, se o Ibovespa está com uma cotação de 100.000 pontos, significa que são necessários R$ 100.000,00 para comprar as ações presentes em seu portfólio.  

Como analisar o Ibovespa

Quando você observa o comportamento do Ibovespa ao longo do tempo, acaba encontrando uma curva assim: 

A linha verde é uma curva de tendência, ou a linha que traça o movimento do índice ao longo do tempo. Se o gráfico mostra uma linha ascendente, isso indica que o Ibovespa está em valorização, o que geralmente significa que as ações estão subindo. É o caso desse exemplo, por isso está verde; 

No entanto, se a média dessas ações é positiva, isso não necessariamente significaria que uma denominada ação estaria em valorização. A pontuação é apenas uma média, o que poderia excluir ações de determinadas empresas. 

Uma linha descendente aponta para queda, e em geral será vermelha. Assim:

A tendência de queda no Ibovespa ocorre quando o gráfico mostra uma série de topos e fundos descendentes, ou seja, quando a linha do índice segue um movimento contínuo para baixo ao longo do tempo. Isso indica que as ações que compõem o índice estão, em média, perdendo valor. 

Quando o Ibovespa apresenta uma tendência de queda, isso não significa que todas as ações que compõem o índice estão necessariamente perdendo valor. Dentro do índice, algumas ações podem estar subindo enquanto outras estão caindo. Por exemplo, se ações de setores defensivos, como energia ou alimentos, estão em alta, isso pode equilibrar ou atenuar a queda de ações em setores mais voláteis, como tecnologia ou consumo discricionário. 

Além disso, o Ibovespa é composto por ações que têm diferentes pesos no cálculo do índice. Portanto, mesmo que uma ação específica esteja se valorizando, sua contribuição para o índice pode ser menor em comparação a ações que estão em queda.

⚠ Isso significa que uma única ação em alta pode não ser suficiente para reverter uma tendência de queda no índice. 

Os picos no gráfico indicam momentos em que o índice atingiu seu ponto mais alto, enquanto vales indicam quedas. Identificar esses momentos ajuda a entender o comportamento do mercado em situações passadas, como crises ou euforias. 

Como o Ibovespa é calculado? 

O Ibovespa é calculado a partir de uma metodologia que reflete o desempenho das ações das empresas mais negociadas na B3, a bolsa de valores do Brasil. Esse cálculo é feito com base em dois componentes principais: a participação das ações no índice e as variações de preços dessas ações ao longo do tempo. 

O índice é atualizado em tempo real durante o horário de negociação da B3, o que permite aos investidores acompanhar as flutuações diárias. A variação do Ibovespa é fundamental para que os investidores avaliem o desempenho de suas carteiras em relação ao mercado como um todo. Se a média das ações estiver subindo, isso geralmente indica um ambiente positivo para os investimentos, enquanto quedas podem sinalizar desafios no mercado. 

Critérios para uma empresa fazer parte do Ibovespa 

Para ser incluída no Ibovespa, é imprescindível que a ação preencha os requisitos impostos pela B3. São eles:  

  • Estar entre os 85% principais ativos do Índice de Negociabilidade (IN; medidor de liquidez de ações); 
  • 95% de presença em pregão (o período em que ocorrem as negociações de compra e venda de ativos); 
  • Possuir pelo menos 0,1% do volume financeiro no mercado à vista; 
  • Não ser penny stock (ações com valor abaixo de R$ 1,00). 

👀 Curiosidade: “Penny” é uma palavra que no inglês britânico pode ter uma conotação de esmola, mas significa literalmente “centavos” em libras esterlinas – o que faz muito sentido nesse caso. 

As empresas que compõem o índice são selecionadas e reavaliadas a cada quatro meses, garantindo que o Ibovespa continue a refletir o mercado em tempo real. 

Por que o Ibovespa é importante para os investidores? 

O Ibovespa é considerado o principal termômetro do mercado de ações brasileiro e desempenha um papel crucial na tomada de decisões de investimento. Aqui estão algumas razões que destacam sua importância: 

1⃣ Referência de Desempenho 

O Ibovespa serve como um benchmark para avaliar o desempenho de investimentos em ações. Investidores e gestores de fundos frequentemente comparam suas carteiras ao índice para medir sua performance. Um retorno superior ao Ibovespa indica que o investimento está performando bem em relação ao mercado, enquanto um retorno inferior pode sinalizar a necessidade de ajustes na estratégia. 

2⃣ Indicador de Saúde Econômica 

Movimentações no Ibovespa refletem não apenas o desempenho das empresas, mas também a saúde econômica do país. Uma valorização do índice geralmente sinaliza um ambiente econômico favorável, o que pode atrair mais investidores e impulsionar a confiança no mercado. Por outro lado, uma queda no índice pode indicar preocupações econômicas, levando os investidores a reconsiderar suas posições. 

3⃣ Estratégias de Investimento 

Investidores institucionais e de varejo utilizam o Ibovespa para investir, desenvolvendo e ajustando suas estratégias de alocação de ativos. Compreender como o índice se comporta em diferentes condições de mercado permite que os investidores tomem decisões informadas sobre quando comprar ou vender ações. 

De uma maneira geral, o Ibovespa reflete a apreciação da maioria das empresas listadas na B3 e serve para gerar confiança no mercado financeiro brasileiro. Ele serve como um comparativo para o investidor saber se o seu portfólio está melhor ou pior em relação ao principal índice do mercado financeiro no Brasil.  

Como utilizar o Ibovespa para investir? 

O índice não é um ativo que pode ser comprado diretamente, mas existem diversas formas de acessá-lo de maneira prática e eficiente. Vamos ver algumas opções: 

➡ Fundos de Índice (ETFs) 

Um ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de investimento negociado na bolsa de valores que tem como objetivo replicar o desempenho de um índice, como o Ibovespa, ou de um conjunto específico de ativos, como ações, commodities ou títulos.

Os principais que replicam o Ibovespa são:

Código Nome Gestor Taxa de adm. total
BBOV11 BB ETF IBOVESPA FUNDO DE ÍNDICE Banco do Brasil DTVM 0,02%
BOVA11 ISHARES IBOVESPA FUNDO DE ÍNDICE BlackRock 0,10%
BOVB11 ETF BRADESCO IBOVESPA FDO DE INDICE Bradesco Asset Management 0,20%
BOVS11 SAFRA IBOVESPA FUNDO DE ÍNDICE Safra Asset Management 0,25%
BOVV11 IT NOW IBOVESPA FUNDO DE ÍNDICE Itaú Asset Management 0,10%
BOVX11 TREND ETF IBOVESPA FUNDO DE ÍNDICE XP Asset 0,00%
IBOB11 BTG Pactual B3 Ibovespa Fundo de Índice BTG Pactual Asset Management 0,03%
XBOV11 CAIXA ETF IBOVESPA FUNDO DE INDICE Caixa Econômica Federal 0,50%

 

➡ Fundos de Investimento 

Muitos fundos de investimento disponíveis no mercado seguem o Ibovespa como referência. Ao investir em um fundo, você conta com a expertise de um gestor para alinhar seu portfólio ao desempenho do índice, diversificando seu risco de forma automática. Esses fundos podem incluir fundos mútuos ou fundos de investimento, que buscam acompanhar o desempenho do índice por meio da seleção de ações das empresas que o compõem.

Se você não se sentir seguro para tomar decisões de investimento, considere consultar um assessor de investimentos. Ele pode ajudar a escolher os fundos que melhor se adequam ao seu perfil e objetivos financeiros.

➡ Ações Individuais 

Outra forma de utilizar o Ibovespa para investir é comprar diretamente nas ações das empresas que fazem parte do índice. Isso permite maior controle sobre sua carteira, escolhendo individualmente os papéis que compõem o índice. Para isso, consulte a lista atualizada das ações que fazem parte do Ibovespa. Lembre-se de ponderar suas ações de acordo com a proporção que elas representam no Ibovespa. Por exemplo, se uma ação representa 10% do índice, ela deve compor 10% da sua carteira. 

Após montar sua carteira, monitore regularmente o desempenho das ações em relação ao Ibovespa. Ao longo do tempo, as ações podem se valorizar ou desvalorizar, alterando a proporção da sua carteira em relação ao índice. Periodicamente, faça ajustes para manter a ponderação conforme a composição do Ibovespa.

Investir no Ibovespa é uma forma de diversificar seus investimentos e estar exposto ao crescimento das maiores empresas brasileiras. Quer começar? Abra sua conta na Faz Capital e tenha um assessor que vai te guiar em cada etapa da sua jornada de investimentos.

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Índice Big Mac: o índice de paridade mais popular do mercado? https://fazcapital.com.br/indice-big-mac/ Wed, 02 Oct 2024 14:00:08 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=41816 O Índice Big Mac foi criado pela revista britânica The Economist em 1986 com o intuito de, entre outras questões, medir o poder do dólar em relação a outras moedas.

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O Índice Big Mac foi criado pela revista britânica The Economist em 1986 com o intuito de, entre outras questões, medir o poder do dólar em relação a outras moedas. 🍔

Ele indica a subvalorização ou supervalorização de moedas onde o Big Mac é comercializado, o que inclui mais de 100 países ao redor do mundo. Dessa forma, indica o quão forte uma determinada moeda é frente ao dólar e, consequentemente, se o poder de compra em cada país é alto de acordo com o preço do hambúrguer. 

A comparação sempre é analisada a partir da taxa de câmbio e do valor do hambúrguer em relação ao dólar. A porcentagem dessa variação, isto é, o desvio, revelaria, então, a força da moeda de um país em comparação à taxa de câmbio. A série histórica, como resultado, poderia até refletir de uma forma simples a inflação de cada país. 

Por que Big Mac? 

O dólar é a moeda dominante em transações no mercado internacional, incluindo no comércio de bens, serviços e commodities. Então, a comparação feita pela revista é de certa forma inteligente e importante.  

Big Mac é um dos poucos produtos idênticos vendidos em todo o mundo, tornando-o ideal para comparações. Ele inclui ingredientes locais, mas o sanduíche é basicamente o mesmo em qualquer país (você sabe: dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles e pão com gergelim…). 

 

 

Alguns analistas inclusive o sugerem como um guia turístico, podendo se medir o poder de compra em diferentes países. Na Copa do Mundo do Qatar, ele foi diversas vezes mencionado para se ter uma ideia de como seria os custos de produtos e serviços no país para brasileiros e estrangeiros.  

No entanto, é importante notar que, embora o Big Mac seja padronizado, os preços variam entre os países por causa de custos diferentes, como mão de obra, ingredientes, impostos e tarifas de importação. 

No Brasil 

🇧🇷 Tome o Brasil como exemplo: o preço em dólares do Big Mac no país é de US$ 4,23 (R$ 23,90; de acordo com a cotação da The Economist) – US$ 1,46 a menos do que nos Estados Unidos, onde o hambúrguer custa US$ 5,69. De acordo com o Índice Big Mac, portanto, o real estaria 25,7% desvalorizado em comparação ao dólar. 

Vale lembrar que essa variação é sempre comparada à moeda americana. Se o valor em dólares de cada Big Mac no Brasil é superior ao preço de um nos Estados Unidos, então, de uma maneira simplificada, poderia se dizer, o poder de compra do país é forte. 

Se, por exemplo, o preço do Big Mac no Brasil fosse, em dólares, igual ao hambúrguer nos Estados Unidos, então a força do real estaria equivalente ao dólar. Contudo, é importante considerar que esse método de análise é apenas especulativo e extremamente informal, embora ele revele razoavelmente a situação econômica de uma nação. 

A Suíça possui o Big Mac mais caro do mundo, um reflexo da sua forte economia e moeda. De acordo com análise da The Economist, o franco suíço se mantém supervalorizado consecutivamente desde 2000, quando os registros disponíveis da revista se iniciam. 

O Brasil, em contrapartida, além de ter uma subvalorização no mesmo ano, teve, também nas seguintes datas: 

  • início dos 2000,  
  • final dos anos 2010, 
  • início dos anos 2020.  

De lá para cá, pode se dizer que houve um equilíbrio entre a valorização e a desvalorização. O real se demonstrou muito forte durante o período da crise de 2008 e após, segundo o índice. 

Paridade do Poder de Compra (PPC) 

Até mesmo noções básicas de economia podem ser explicadas através da Paridade do Poder de Compra, a metodologia usada para explicar esse princípio – originalmente formulado pelo economista sueco Gustav Cassel. 

Na realidade, o PPC permite que qualquer tipo de produto seja analisado, desde que esteja disponível nos países em questão. O iPad Mini já foi usado como outro exemplo, pelo fato da fabricante Apple estar presente em vários países. 🍎

Tradicionalmente, o PPC é analisado a partir de uma cesta de bens e serviços, mas ele nada mais é do que uma comparação do poder de compra de diferentes países. A ideia central é que esses devem ser estritamente os mesmos para que a análise tenha algum valor. 

Existe, também, uma ideia de proporção aplicada ao PPC. Quantos Big Macs são possíveis comprar no Brasil com o preço de um nos Estados Unidos ou na Suíça? Isso evidenciaria o poder de compra de cada país de uma forma bem direta. 

Um dos aspectos importantes a serem considerados é que o PPC não leva em consideração a taxa de câmbio real, que é ajustada conforme a inflação dos países em discussão. 

Limitações do Índice Big Mac: onde ele falha? 

Embora o Índice Big Mac seja uma ferramenta criativa e acessível para medir a paridade do poder de compra entre moedas, ele também tem suas limitações. Uma de suas principais críticas é que ele simplifica demais as complexidades econômicas e não consegue captar todos os fatores que influenciam a economia de um país. Além disso: 

➡ O índice não leva em consideração as variações nos custos de vida de cada país. Em lugares onde a mão de obra é mais barata ou os impostos sobre alimentos são mais baixos, o preço do Big Mac pode ser artificialmente reduzido, mesmo que a moeda local não esteja desvalorizada em relação ao dólar. 

➡  Leis trabalhistas e ambientais mais rígidas em alguns países podem elevar o custo de produção e, consequentemente, o preço final do Big Mac. Países com altos impostos sobre produtos alimentícios ou que exigem ingredientes específicos por questões de saúde pública também podem ter preços mais elevados, o que não reflete diretamente a força da moeda. 

➡ O Índice Big Mac depende de um único item – o Big Mac – que, apesar de ser padronizado, não representa uma cesta ampla de bens e serviços que a maioria dos índices econômicos utiliza. Produtos como eletrônicos, imóveis ou serviços médicos, por exemplo, são muito mais relevantes para medir o real poder de compra em diferentes países. 

➡ Outro ponto importante é que o índice só pode ser aplicado em países onde o McDonald’s opera. Isso exclui muitas nações, principalmente em regiões mais pobres ou onde as cadeias de fast-food globais ainda não têm presença significativa. Logo, a análise acaba sendo incompleta para regiões inteiras do mundo. 

Apesar dessas limitações, o Índice Big Mac é um bom medidor de poder de compra e uma forma divertida de olhar como o dinheiro pode ser gasto em cada país baseando-se no hambúrguer mais conhecido do mundo. No entanto, ele deve ser visto como um ponto de partida, e não como uma análise definitiva da economia global. 

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Economia - Faz Capital nonadult
Magnificent seven e a revolução da IA: impactos no mercado e desafios energéticos https://fazcapital.com.br/magnificent-seven/ Fri, 20 Sep 2024 14:00:11 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=40970 Descubra como as Magnificent Seven — estão dominando o mercado e o papel crucial da IA em seu crescimento.

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Não há dúvidas de que as gigantes americanas de tecnologia estão em um rali impressionante. E nem é preciso ser um investidor para conhecer algumas das empresas do seleto grupo “magnificent seven”. 

Quem são as magnificent seven?

Para quem não está tão familiarizado, as magnificent seven são as sete maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos:

  • Apple
  • Microsoft
  • Amazon
  • Nvidia
  • Alphabet (dona do Google)
  • Meta
  • Tesla

O grupo das magnificent seven se destaca pelos resultados operacionais robustos, impulsionados pela promessa de que a Inteligência Artificial continuará sendo o tema central das próximas décadas. 

As ações dessas empresas têm impulsionado os mercados norte-americanos nos últimos dois anos e, em 2024, elevaram os principais índices, como o S&P 500 e o Nasdaq Composite, a níveis históricos. 

Nvidia e o domínio no setor de IA

Um exemplo é a Nvidia, referência no setor de IA, que acumulou uma valorização superior a 3.000% nos últimos cinco anos. Fundada em 1993, a empresa foi pioneira no desenvolvimento de unidades de processamento gráfico (GPUs) e hoje domina o mercado de chips de inteligência artificial, com mais de 80% de participação. 

 

Fonte: Google Finance, em 09/09/2024. 

Vale lembrar que, em junho de 2024, a Nvidia se tornou a empresa mais valiosa do mundo, superando a Microsoft e a Apple – patamar que não se manteve por, vale dizer, detalhes. 

Hoje, a Apple segue no topo, com US$ 3,34 tri em valor de mercado. A Microsoft vem logo atrás, com US$ 3,02 tri. Ambas apostaram pesado em IA no último ano. 

Apesar das incertezas macroeconômicas que rondam o mercado, a tese de IA segue firme para a grande maioria.

A tecnologia é considerada tão revolucionária que parte dos analistas de mercado consideram que o impacto dessa revolução tecnológica pode ser ainda maior do que a revolução industrial e que vai se prolongar por muitos anos. 

Além disso, muitos acreditam que a Nvidia tem uma enorme chance de voltar ao topo – e se manter lá – já que seus chips são essenciais para o mundo inteiro, e ela praticamente detém o monopólio dessa tecnologia. O nível de inovação é tão avançado que não é algo facilmente replicável. 

A Supermicro e o crescimento explosivo

Isso, claro, sem falar de algumas empresas “desconhecidas” que vêm surfando no próprio rali da Nvidia. A Supermicro é um desses casos. 

A Supermicro investe em IA há cerca de 20 anos. Isso a preparou para aproveitar ao máximo o atual interesse no setor. No entanto, o crescimento explosivo da empresa no último ano também se deve à sua forte parceria com a Nvidia. 

O que ninguém esperava é que a Supermicro crescesse mais que a Nvidia no ano. Depois de uma alta de mais de 700% no ano passado, a Supermicro já valoriza mais de 40% no acumulado do ano. 

Seria ela uma futura Nvidia? 🤔

Mas como qualquer rali, tudo – ou quase tudo – é passageiro. 

O impacto dessas companhias nas bolsas americanas, no ano passado, é difícil superar. O índice de retorno de preço das magnificent seven mais que dobrou em 2023, contribuindo para um ganho de 54% no índice Nasdaq 100. 

O cenário das empresas de tecnologia nos Estados Unidos é dinâmico. Embora despertem grande interesse, também levantam dúvidas sobre o futuro. Conseguirão manter o ritmo de crescimento? Serão capazes de se adaptar aos novos desafios globais? 

O custo energético da IA generativa

De um desses desafios quase ninguém tem falado: o problema energético da IA generativa.

As origens da inteligência artificial podem ser rastreadas há mais de 60 anos. A própria Nvidia foi criada há três décadas, como comentei. Mas a explosão de produtos de IA generativa como o ChatGPT ou o Midjourney, nos últimos dois anos, levou a tecnologia a um novo nível de popularidade. 

A grande questão é que essa popularidade tem um alto custo de energia, uma realidade das operações hoje que muitas vezes é ignorada e não dita. 

Alex de Vries, um candidato a Ph.D. na VU Amsterdam, publicou um relatório há algum tempo em que analisou tendências no uso de energia por IA. Em The growing energy footprint of artificial intelligence, ele previu que a tecnologia atual de IA poderia estar a caminho de consumir anualmente tanta eletricidade quanto todo o país da Irlanda (29,3 terawatts-hora por ano). 

Para entender melhor o funcionamento dos Large Language Models (LLMs), é importante saber que eles são modelos de aprendizado de máquina que utilizam algoritmos de aprendizado profundo para processar e interpretar a linguagem natural. Esses modelos são treinados em grandes volumes de dados textuais, o que lhes permite identificar padrões e compreender as relações entre diferentes elementos do idioma, tornando-os capazes de gerar, traduzir e responder a textos de forma altamente precisa. 

Os LLMs se tornaram extremamente famosos nos últimos anos, revolucionando o campo da inteligência artificial. À medida que cresciam em tamanho e capacidade, também expandiam seu consumo de energia, já que o treinamento desses modelos massivos requer vastos recursos computacionais. 

É nesse ponto que entram os principais alertas: 

➡ Há um largo impacto ambiental nesse processo. Os data centers, onde esses modelos são treinados, consomem grandes quantidades de eletricidade, grande parte gerada por fontes não renováveis. 

➡ O custo econômico virou um grande problema, porque o custo financeiro da energia consumida durante os treinamentos de LLMs é enorme. 

➡ E à medida que a IA continua a se integrar em vários setores, a falta de sustentabilidade dessas tecnologias se torna crítico. O uso eficiente de energia não apenas ajudaria na redução de custos, como também se alinharia com os esforços para minimizar impactos ambientais. 

O futuro das magnificent seven e da IA

Conforme a tecnologia de IA continue a evoluir, o foco na otimização dos processos de treinamento e inferência devem se tornar ainda maiores. Caso contrário, o rali das big techs americanas pode terminar muito antes do que se imaginava. 

Essas empresas precisam continuar entregando uma performance muito positiva para corresponder aos preços de mercado e, consequentemente, gerar lucros aos seus acionistas. Se o custo para domar esses problemas for muito alto e não estiver alinhado com as expectativas do mercado, alguns investidores vão se decepcionar bem rápido. 

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Iene em queda: como o Carry Trade desvalorizou a moeda do Japão https://fazcapital.com.br/carry-trade/ Thu, 12 Sep 2024 14:00:33 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=40275 O carry trade é uma estratégia onde os investidores tomam empréstimos em uma moeda com uma baixa taxa de juros e investem em determinados ativos em uma moeda com taxas de juros mais altas.

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No dialeto das finanças, o carry trade é uma estratégia onde os investidores tomam empréstimos em uma moeda com uma baixa taxa de juros e investem em determinados ativos em uma moeda com taxas de juros mais altas. O objetivo, assim, é rentabilizar o dinheiro com a diferença entre essas taxas de juros. 

Embora possa gerar lucros significativos, o carry trade também exerce uma influência considerável tanto nas nações que fornecem as moedas de baixo custo quanto naquelas que atraem os investimentos (taxa de juros elevada).  

👀 Vamos ver como esse tipo de operação afeta as economias globais de maneira complexa. 

A primeira coisa a entender sobre essa operação é que ela não é uma transação simples, mas uma estratégia de longo prazo que se aproveita das discrepâncias nas políticas monetárias dos países envolvidos na operação.  

Aplicação prática: a busca pelo iene japonês ou o franco suíço (que possuem uma baixa taxa de juros) para “financiar” a compra de outras moedas em países que possuem uma taxa de juros mais elevada, geralmente países com a economia emergentes ou com maior percepção de risco.

Alguns exemplos de países que historicamente ou recentemente apresentaram taxas de juros mais elevadas: 

 

País 

Fator de Risco 

Brasil 

Inflação, dívida pública e instabilidade política 

México 

Inflação, instabilidade política e Dependência de importações (especialmente dos EUA) 

Rússia 

Sanções internacionais, volatilidade cambial e riscos geopolíticos 

Turquia 

Inflação, déficit fiscal e instabilidade política 

 

Mesmo o conceito parecendo algo simples, existem diversos riscos envolvidos nesse tipo de operação. Dentre eles os principais são as variações no valor das moedas (depreciação/apreciação), crises financeiras e riscos geopolíticos podem eliminar os lucros obtidos com as diferenças nas taxas de juros, visto que impactam diretamente a taxa de câmbio dos países. 

Ilustrando as consequências dos países que são utilizados para essa operação: quando um grande volume de uma moeda é emprestado ou vendido, essa operação pode por consequência trazer a depreciação do câmbio. ↘

Por outro lado, países que tem sua moeda como o “alvo” do carry trade podem ter uma apreciação da sua taxa de câmbio. ↗ Essa situação, embora possa ser benéfica para os importadores por reduzir o custo de mercadorias/bens estrangeiros, pode prejudicar os exportadores por tornar os produtos do país mais caros para o mercado global. 

Carry Trade com ou sem hedge cambial? 

Existem duas categorias de carry trade: com proteção cambial (hedge) e sem proteção cambial. As principais diferenças entre um carry trade com e sem hedge cambial estão relacionadas ao nível de risco e potencial de retorno. 

👉🏼 Carry trade sem hedge cambial 

  • Maior risco: o investidor fica exposto às variações na taxa de câmbio. Se a moeda do país onde o capital foi investido se desvalorizar, o lucro pode ser reduzido ou até se transformar em prejuízo. 
  • Potencial de lucro mais alto: ao não proteger a operação contra variações cambiais, o investidor pode obter um retorno maior se a moeda do investimento se valorizar. 
  • Exposição ao mercado cambial: as flutuações de câmbio afetam diretamente o resultado da operação. 

👉🏼 Carry trade com hedge cambial 

  • Menor risco: o investidor se protege contra as variações cambiais, minimizando o impacto de uma possível desvalorização da moeda. 
  • Menor retorno: o hedge tem um custo, que pode reduzir o lucro da operação. 
  • Estratégia mais conservadora: ideal para quem busca reduzir a exposição ao risco cambial, sacrificando parte dos ganhos em troca de mais segurança. 

 

Como o Japão foi prejudicado pela operação de carry trade 

A estrutura econômica do Japão, é de longe uma das mais complexas e fascinantes atualmente, visto que enfrenta diversos problemas em relação a uma estagnação econômica e até pouco tempo atrás, uma deflação. 

Devido às suas taxas de juros extremamente baixas, especialmente após a crise financeira global de 2008, o iene (JPY) se tornou uma das moedas mais usadas para financiar essas operações. Essa demanda elevada pelo empréstimo de ienes levou a uma pressão contínua sobre a moeda japonesa. O resultado disso foi a desvalorização do iene, o que trouxe uma série de implicações negativas para a economia japonesa, impactando desde o custo de importações até a competitividade das exportações. 

A seguir, exploramos os principais efeitos dessa prática no Japão. 

➡ Aumento do custo das importações: com o enfraquecimento do iene em relação a outras moedas, o Japão começou a sentir um aumento significativo nos custos das importações. Como o Japão depende muito de importações para suprir suas necessidades internas, essa desvalorização por consequência aumentou a pressão sobre os preços internos, o que, por sua vez, afetou o custo de vida da população. 

➡ Pressão inflacionária: embora o Banco do Japão tenha tentado combater a deflação por muitos anos, a desvalorização do iene devido ao carry trade trouxe uma inflação inesperada, principalmente via aumento dos preços das importações. Essa inflação foi, em grande parte, não controlada, e não trouxe o crescimento econômico desejado, mas sim um aumento nos custos para os consumidores e empresas japonesas. 

➡ Competitividade das exportações: já a desvalorização do iene de começo favoreceu as exportações japonesas, tornando os produtos japoneses mais competitivos nos mercados globais (por serem mais baratos). Por outro lado, as empresas que dependiam de itens ou matérias-primas que eram importados para fabricar seus produtos acabaram enfrentando aumentos de custos, o que diminuiu os benefícios do iene mais fraco para muitas indústrias. 

➡ Volatilidade financeira para o Japão: movimentos de saída de capital ocorrem sempre que há mudanças significativas nas expectativas de taxas de juros globais, e justamente isso foi o que contribuiu para instabilidades nos preços dos ativos no Japão 

O Short Recovering do século 

“O Banco do Japão aumentou a taxa de juros em um movimento inesperado na data de 31/07/2024 e revelou um plano detalhado para desacelerar sua compra maciça de títulos públicos e dando mais um passo em direção à eliminação gradual de uma década de grande estímulo.”  CNN Brasil, Link 

Em julho de 2024 o Banco do Japão (BoJ) elevou sua taxa de juros para 0,25%, marcando uma mudança significativa em sua política monetária, que há muito tempo era caracterizada por juros extremamente baixos ou negativos. Essa elevação teve um impacto imediato no mercado, que demonstrou um efeito manada através de um Short Recovering, o que resultou em cerca de 66-80% das posições vendidas JPY sendo cobertas (tendo a recompra da moeda japonesa). 

Mas qual o impacto do Short Recovering? 

Primeiro, vamos à definição: “short recovering” refere-se à recuperação de uma posição vendida (short). Quando um ativo que foi alvo de posições vendidas (ou seja, investidores apostaram na queda do preço) começa a se valorizar, pode ocorrer o que se chama de “short covering” ou “short recovering”, que é o fechamento dessas posições. Isso acontece quando os investidores que estavam vendidos compram de volta o ativo para limitar suas perdas ou realizar lucro, o que pode causar uma alta adicional no preço do ativo devido à pressão compradora. 

Esse movimento é comum em momentos de recuperação inesperada de ativos após quedas, forçando os vendedores a saírem de suas posições. Foi exatamente isso que aconteceu com a moeda japonesa, e gerou uma pressão compradora no mercado. Isso elevou o preço do ativo rapidamente, especialmente quando muitos investidores estavam cobrindo suas posições ao mesmo tempo. Isso impactou diretamente no preço do USD/JPY, dado que a recompra de iene japonês aprecia o valor da moeda.  
 
Em resumo: muitos investidores recompraram iene japonês para tentar sair com o menor prejuízo possível no carry trade. 

Técnica em prática 

Para você entender profundamente como as operações de carry trade funcionaram no Japão, montamos um exemplo completo e com as devidas análises sobre a operação abaixo.  

Utilizamos como exemplo a estratégia carry trade sem hedge cambial, a qual foi a mais utilizada perante os investidores institucionais para a execução desse tipo de operação no Japão ao longo dos anos. Sendo assim, partiremos para a execução: 

carry trade

Etapas do Carry Trade

1⃣ Empréstimo em JPY

  • Valor: JPY 160.000.000. 
  • Juros anuais: 1% 
  • Dívida após 1 ano: JPY 160.000.000 * 1.01 = JPY 161.600.000. 

2⃣ Conversão para USD

  • Taxa de câmbio spot no início: 1 USD = 160 JPY. 
  • Valor convertido: JPY 160.000.000 / 160 = USD 1.000.000. 

3⃣ Investimento em USD

  • Investimento: USD 1.000.000 em títulos do Tesouro dos EUA com rendimento de 5,50% ao ano 
  • Valor após 1 ano: USD 1.000.000 * 1.055 = USD 1.055.000. 

4⃣ Conversão de volta para JPY

  • Taxa de câmbio spot no final: 1 USD = 150 JPY. 
  • Valor convertido: USD 1.055.000 * 150 = JPY 158.250.000. 

5⃣ Resultado Final

  • Valor a ser pago (empréstimo + juros): JPY 161.600.000. 
  • Valor recebido: JPY 158.250.000. 
  • Saldo: JPY 158.250.000 – JPY 161.600.000 = -JPY 3.350.000. 
  • Perda em USD: -JPY 3.350.000 / 150 = -USD 22.333,33. 

Neste caso, a apreciação do JPY (queda de USD/JPY de 160 para 150) resultou em uma perda de US$ 22.333,33, apesar do retorno positivo do investimento em USD. 

Impacto da Valorização ou Desvalorização do JPY (Iene Japonês): 

  • Se o JPY se desvalorizar (USD/JPY sobe), há um ganho, porque mais JPY são recebidos ao converter o investimento de volta. 
  • Se o JPY se valorizar (USD/JPY cai), há uma perda, pois o custo para a recompra da moeda japonesa é maior que o valor ganho na rentabilidade do Juros. 

O Carry Trade é amplamente utilizado no mercado financeiro como uma estratégia que visa capturar ganhos com a diferença entre taxas de juros de países. Embora, esse tipo de operação possa oferecer retornos atrativos, os investidores enfrentam riscos cambiais substanciais, especialmente se não adotarem estratégias de hedge para proteger suas posições. 

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Como o risco fiscal afeta a economia brasileira e como minimizá-lo? https://fazcapital.com.br/risco-fiscal/ Fri, 28 Jun 2024 14:00:44 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=34265 Cada vez mais as palavras “risco fiscal” estão presentes na mídia, e há uma razão clara para esse crescimento. Hoje, há muitas preocupações acerca dos problemas fiscais do país; o desafio não é unicamente brasileiro mas, sem dúvidas, muitas nações poderiam aprender com a nossa sobre o que não fazer com as contas públicas de […]

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Cada vez mais as palavras “risco fiscal” estão presentes na mídia, e há uma razão clara para esse crescimento. Hoje, há muitas preocupações acerca dos problemas fiscais do país; o desafio não é unicamente brasileiro mas, sem dúvidas, muitas nações poderiam aprender com a nossa sobre o que não fazer com as contas públicas de um país (ironicamente triste, sim).

A ideia desse artigo é explorar como o risco fiscal afeta o mercado e a economia brasileira e discutir o que podemos fazer para minimizá-lo. Afinal, a falta de disciplina fiscal, os altos níveis de endividamento público e a possível deterioração da credibilidade do país podem ter um impacto negativo no crescimento econômico, investimentos e até mesmo no nosso dia a dia.

Preparado para tirar suas dúvidas?

O que é risco fiscal?

Para manter um quadro de equilíbrio das contas públicas, o governo federal precisa arrecadar mais dinheiro do que gasta. No famoso “economês”, a gente diz que as receitas do governo devem superar os gastos públicos. Quando as despesas de um país são maiores do que as receitas, ele entra em déficit fiscal – ficando em uma posição de devedor.

Não é preciso ser nenhum mestre em finanças para chegar à conclusão de que esse cenário não é nada bom. Com esforços para reverter essa situação, normalmente as autoridades elaboram um plano de metas fiscais para controlar gastos e aumentar a arrecadação.

No entanto, por uma série de fatores econômicos e políticos, nem sempre isso é possível. E quando o governo não consegue conter o crescimento acelerado da dívida, o mercado financeiro começa a falar em risco fiscal, que seria o perigo de que a situação fiscal alcance um patamar incontrolável. Qualquer semelhança com o que estamos vivendo não é mera coincidência.

O impacto do risco fiscal na economia brasileira

O impacto é bem significativo quando um país tem sérios problemas fiscais. Com as incertezas sobre sua saúde financeira, os investidores tendem a se tornar mais cautelosos em fazer investimentos de longo prazo. Isso resulta em uma redução do investimento privado, o que afeta negativamente o crescimento econômico. 

Além disso, um alto risco fiscal pode levar a um aumento do custo de captação de recursos, já que os investidores exigem taxas de juros mais altas para compensar o risco adicional. Isso pode levar a um aumento da dívida pública e a uma maior pressão sobre as finanças do governo.

E quem acha que o risco fiscal de nada impacta a trajetória inflacionária de um país ou sua taxa de câmbio, está muito errado. Quando há incertezas em relação à saúde financeira de uma nação, os investidores podem perder confiança na moeda local e buscar refúgio em moedas mais estáveis, como o dólar americano.

Isso desvaloriza a moeda local e gera um aumento dos preços dos produtos importados, levando a constantes pressões inflacionárias. A saída para esses problemas gira em torno de criar um ambiente econômico mais estável, adotando medidas realmente eficazes para tornar esse risco fiscal irrelevante.

Sinceramente? O Brasil ainda está longe disso.

Dá para medir o risco fiscal?

Existem vários indicadores que podem ser usados para avaliar o risco fiscal de um país. 

No caso do Brasil, basicamente a gente considera:

  • nível de endividamento público;
  • déficit fiscal;
  • relação entre a dívida pública e o PIB;
  • capacidade do governo de cumprir suas obrigações financeiras.

O nível de endividamento indica a capacidade do governo de pagar suas dívidas. Quando o endividamento público é alto, há um maior risco de inadimplência e uma maior pressão sobre as finanças do governo. O déficit fiscal, por sua vez, mostra o desequilíbrio entre as receitas e as despesas do governo. Um déficit fiscal alto indica uma maior dependência de empréstimos e pode levar a um aumento da dívida pública.

Já a relação entre a dívida pública e o PIB é outro indicador relevante do risco fiscal. Quanto maior essa relação, maior é o risco de insolvência do governo. Além disso, a capacidade do governo de cumprir suas obrigações financeiras, como pagar salários e serviços da dívida, é um indicador importante. Quando o governo não consegue cumprir suas obrigações, isso pode levar a uma deterioração da confiança dos investidores e a um aumento do risco de inadimplência.

É possível minimizar o risco fiscal do Brasil: será?

Responsabilidade fiscal. Isso deveria ser o mínimo demonstrado por qualquer governo, mas nem sempre é assim.

Para melhorarmos a percepção dos agentes financeiros acerca da situação fiscal do nosso país, algumas medidas podem ser tomadas.

📖 Melhorar a transparência e a eficiência dos gastos públicos

Isso pode ser feito por meio de uma melhor gestão dos recursos públicos, redução do desperdício e combate à corrupção. Além disso, é essencial que o governo adote uma política fiscal responsável, evitando déficits excessivos e garantindo que as despesas sejam sustentáveis no longo prazo.

De qualquer forma, no Brasil isso parece ser quase impossível de colocar em prática.

🚀 Implementação de reformas estruturais para fortalecer a economia e melhorar a eficiência do setor público

Isso inclui reformas no mercado de trabalho, no sistema previdenciário e na educação, entre outros. Essas reformas podem ajudar a impulsionar o crescimento econômico e reduzir a dependência de empréstimos para financiar o déficit fiscal.

🤝🏼 Estabilidade política e fortalecer as instituições democráticas

A instabilidade política pode aumentar o risco fiscal, uma vez que os investidores podem perder confiança na capacidade do governo de cumprir suas obrigações financeiras. Portanto, é importante fortalecer as instituições democráticas, promover a transparência e a prestação de contas.

O setor privado pode ajudar!

Sim, o setor privado pode ser protagonista em soluções para esse problema.

Quando ele faz investimentos de longo prazo, contribui para o crescimento econômico e reduz a dependência de empréstimos para financiar o déficit fiscal. Além disso, o investimento privado pode ajudar a impulsionar a inovação e melhorar a eficiência do setor produtivo, o que pode levar a um aumento da produtividade e do crescimento econômico.

Além disso, a geração de empregos também pode ser uma fonte de contribuição. Quando há um maior número de empregos disponíveis, isso reduz a dependência das famílias em relação aos programas sociais do governo e contribui para uma maior estabilidade social.

O Brasil pode aprender com outros países

Exemplos de países que conseguiram minimizar o risco fiscal não faltam.

O Chile, por exemplo, adotou medidas eficazes para controlar o endividamento público e melhorar a eficiência do setor público. Já a Suécia adotou medidas para promover a responsabilidade fiscal e reduzir o endividamento público. Ela implementou reformas no mercado de trabalho e no sistema previdenciário, principalmente, para fortalecer a economia e promover a sustentabilidade fiscal.

Esses exemplos mostram que é possível minimizar o risco fiscal, apenas precisamos de governantes responsáveis o suficiente para equilibrar as contas públicas.

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Como a Tiffany & Co se tornou sinônimo de luxo e tradição https://fazcapital.com.br/tiffany/ Fri, 14 Jun 2024 14:00:20 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=33209 A Tiffany & Co é uma das joalherias mais famosas do mundo. Conhecida pelos seus lindos e tradicionais solitários e, principalmente, pela famosíssima blue box, a companhia hoje faz parte do grupo LVMH. Além da beleza, as peças carregam toda tradição de uma marca consolidada. Sendo uma das joalherias mais conhecidas do mundo, a Tiffany […]

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A Tiffany & Co é uma das joalherias mais famosas do mundo.

Conhecida pelos seus lindos e tradicionais solitários e, principalmente, pela famosíssima blue box, a companhia hoje faz parte do grupo LVMH.

Além da beleza, as peças carregam toda tradição de uma marca consolidada. Sendo uma das joalherias mais conhecidas do mundo, a Tiffany consolidou seu papel na história das joias.

Entenda o que levou a empresa ao topo. 👇🏼

🏰 Começou com um sonho (e pouco dinheiro)

A empresa foi fundada em 1837, por Charles Lewis Tiffany e John B. Young. Mas o nome da marca no início era Tiffany, Young & Elilis. Tiffany e Young convidaram um primo de Tiffany para uma sociedade e, justamente por isso, o Elilis foi incorporado ao nome da loja. A partir dessa parceria, Elilis passou a trazer produtos europeus que faziam parte das tendências para a loja americana.

A joalheria foi fundada como uma loja de artigos para escritório e outros itens de luxo. Entretanto, não demorou muito para ser reconhecida como uma joalheria de pequeno porte, mas com ótima localização. A Tiffany foi fundada na avenida Broadway em Nova York, com um capital de apenas US$ 1.000,00.

Mas o sucesso da empresa não era algo tão claro no começo. Durante todo o seu primeiro dia de vendas, o faturamento total foi de U$$ 4,98. Imagina se eles tivessem desistido rápido?

🤝🏼 A Tiffany provou que networking é tudo

Os donos da Tiffany sabiam como fazer bons negócios, e talvez esse seja o grande segredo do sucesso por trás da marca.

A grande relevância da Tiffany se deu após a queda da monarquia francesa, em 1848, quando o co-fundador John Young comprou algumas coroas de joias, incluindo uma coroa que era de Marie Antoinette.

E assim como os negócios, a projeção da marca também era promissora. Durante uma feira em Paris, em 1878, Charles Tiffany foi o primeiro americano “prateiro” premiado com sua bandeja artesanal feita de prata. Isso marcou o início do reconhecimento global da marca.

Já em 1885, a Tiffany redesenhou o Grande Selo dos Estados Unidos (Great Seal). Inclusive, o símbolo está presente nas notas de um dólar até os dias de hoje. Mas foi mesmo em 1886, que a Tiffany & Co lançou o seu tão famoso anel solitário, bem como uma linha de alianças que ao longo do tempo foi se tornando extremamente almejada.

Hoje em dia, não apenas as peças da Tiffany são extremamente desejadas, como a sua marca no geral. Com base nisso, por exemplo, foi estipulado que a caixa azul da Tiffany só pode ser fornecida quando você compra algum produto.

De nenhuma forma, a tão cobiçada caixinha pode ser vendida separadamente.

E se a caixinha virou tão famosa, o que falar da própria cor da marca? Hoje em dia, o azul Tiffany é uma das cores da Pantone.

🌍 A Tiffany do mundo globalizado

Vamos falar das mudanças para a marca das últimas décadas?

Breakfast At Tiffany’s, um filme com Audrey Hepburn, foi o que levou a marca direto para a cultura pop. O nome da produção faz referência a uma cena clássica do cinema, onde a protagonista Holly toma café olhando as joias espetaculares na vitrine da loja.

Depois disso foi a vez da marca se aventurar nos esportes. Em 1967, a Tiffany & Co saiu um pouco do universo das joias e se projetou no mundo esportivo. A empresa desenhou o troféu Vince Lombardi, para o primeiro Super Bowl. Hoje em dia, esse é um dos maiores eventos esportivos do mundo e o maior dos Estados Unidos. Segundo a Forbes, seu valor chega a US$ 580 bilhões. Além disso, a marca já criou troféus para outras competições importantes, como a NBA.

Já em 2008 foi o ano da marca se aventurar na tecnologia. A Softbank Mobile criou em parceria com a Tiffany um celular de edição limitada, que tinha cerca de 400 diamantes cravejados e custava por volta de US$ 100.000,00.

Mas foi em 2019 que a reviravolta da marca aconteceu, principalmente para quem tem o olhar de mercado. 

💎 Bernard Arnault é o dono da Tiffany

O homem mais rico do mundo, que é dono do grupo LVMH, fez questão de também adquirir a marca. O acordo, na época, foi fechado em US$ 135 por ação, em dinheiro, em uma transação com valor patrimonial de aproximadamente US$ 16,2 bilhões.

Quando o acordo estava se concretizando, Bernard emitiu um comunicado ao mercado que dizia “Estamos muito satisfeitos por ter a oportunidade de dar as boas-vindas à Tiffany, uma empresa com uma herança incomparável e uma posição única no mundo global de joias, para a família LVMH”.

A compra fortaleceu a atuação do conglomerado de luxo no mercado de joalheria nos Estados Unidos, transformando sua divisão de relógios e complementando o portfólio com 75 grifes, entre elas:

  • TAG Heuer,
  • Hublot,
  • Bulgari,
  • Dior.

👜 LVMH não tem sido a preferida dos investidores

O ano de 2013 foi promissor, mas a história não vem se repetindo em 2024. Ainda que Bernard Arnault tenha mantido o posto de homem mais rico do mundo, devido à valorização de suas marcas no mercado, os investidores estão um pouco preocupados.

Com uma inflação insistente nos últimos anos, e bem atual nos Estados Unidos, as vendas de algumas marcas do grupo preocupam os acionistas.

➡ A LVMH registrou uma receita de 20,694 bilhões de euros no primeiro trimestre de 2024, representando um declínio de 2% em relação ao mesmo período de 2023 e ficando um pouco abaixo da projeção de analistas.

➡ Ainda assim, a empresa disse que iria propor um dividendo de 13 euros por ação, acima dos 12 euros por ação pagos no ano anterior.

O assunto é tão necessário porque a LVMH virou a empresa mais valiosa da Europa em abril de 2023, chamando a atenção e atraindo milhares de novos investidores.

Ainda no final do mesmo ano, a confiança no mercado de produtos de luxo não parecia mais a mesma, e Bernard Arnault precisou ir à mídia com a declaração de que o segmento não estava caindo de um penhasco, mas apenas desacelerando devagar, e que a situação iria melhorar no médio e longo prazo.

Para todos os investidores e admiradores desse segmento de luxo, olhar para o futuro, neste momento, é mais do que necessário.

 

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BREAKFAST AT TIFFANY'S | Official Trailer | Paramount Movies nonadult
A Riqueza das Nações de Adam Smith https://fazcapital.com.br/a-riqueza-das-nacoes-de-adam-smith/ Fri, 07 Jun 2024 14:00:26 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=32644 O texto base do liberalismo econômico deu a Adam Smith o título de um dos maiores pensadores e economistas de toda a história. O que Isaac Newton conseguiu realizar com a ciência natural, Smith realizou com a filosofia moral, tratando a economia como um organismo com vida própria.  Afinal, quem nunca ouviu o famoso conceito […]

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O texto base do liberalismo econômico deu a Adam Smith o título de um dos maiores pensadores e economistas de toda a história. O que Isaac Newton conseguiu realizar com a ciência natural, Smith realizou com a filosofia moral, tratando a economia como um organismo com vida própria. 

Afinal, quem nunca ouviu o famoso conceito da “mão invisível”, não é mesmo?

Prepare-se, nesse artigo você vai entender como A Riqueza das Nações mudou a forma como vemos a economia e contribuiu para a formação de muitos conceitos que são utilizados na nossa sociedade atual.

Quem é Adam Smith?

Adam Smith

Adam Smith é considerado o pai do liberalismo. Suas obras influenciaram diretamente em áreas como crescimento econômico, ética, educação, divisão do trabalho, livre concorrência, evolução social e outras fundamentais.

Além disso, Adam também pode ser considerado um dos formadores do estágio atual em que se encontra a globalização.

Smith era formado em filosofia e ministrou aulas de retórica e filosofia na Universidade de Glasgow. Em 1758, ele chegou ao posto de reitor da instituição, e foi nesse período que Adam escreveu uma de suas principais obras, A Teoria dos Sentimentos Morais.

Para muitos, esse foi o livro de que ele mais tinha orgulho de ter escrito, tanto que trabalhou nele até o fim de sua vida. O foco principal da obra é voltado para o comportamento do homem; ele analisou criticamente o pensamento moral de sua época, além de propor que a consciência surge a partir das relações sociais.

Durante alguns anos, Smith foi tutor do duque Duccleuch. Nesse período ele morou entre a França e a Suíça, e foi nessa época que se deparou com novos tipos de pensamentos, inclusive o conceito iluminista.

Em 1767, com o retorno de Adam para o Reino Unido, dedicou seu trabalho ao estudo da economia. Quase dez anos depois, em 1776, Adam Smith lançou A Riqueza das Nações, que viria a ser sua obra de maior sucesso.

O contexto histórico de A Riqueza das Nações

O livro A Riqueza das Nações de Adam Smith foi o primeiro grande marco para a fundamentação teórica na defesa de uma economia de mercado, e isso se deve à época na qual o livro foi escrito, que era farta de acontecimentos e descobrimento de novas ideias. 

A Europa e os Estados Unidos viviam um período de ebulição cultural, econômica, política e social. Era o surgimento das primeiras indústrias, da produção em massa e das rebeliões nas colônias europeias. Para termos uma ideia, a independência dos Estados Unidos ocorreu no mesmo ano da publicação do livro de Smith.

A situação também era efervescente nas Américas Central e do Sul, com movimentos separatistas dos países colonizadores. Afinal, tanto colonos quanto trabalhadores queriam ter total controle sobre a produção e venda dos seus produtos, e já não aceitavam de bom grado a presença constante do Estado – reinos e impérios – cobrando altos impostos.

Smith foi percebendo aos poucos que o mercado em si poderia se autorregular, sem a intervenção de nenhuma outra entidade. Havia, no mundo todo, uma mudança estrutural da sociedade, causada principalmente pela mudança na economia e no modo de compreender a geração da riqueza.

Adam Smith não foi o único

Compreender todas essas mudanças e seus impactos no mundo não era uma tarefa fácil. 

Diversos autores se aprofundaram nos estudos dos fenômenos daquela época:

➡ Edmund Burke fez uma análise detalhada sobre a revolução francesa

➡ Tocqueville, embora autor do século XIX, compreendeu as raízes da democracia americana desde o período da sua independência. 

Já no campo econômico, outros autores foram capazes de identificar as mudanças que ocorriam no comércio e na produção. Entre eles destacaram-se Richard Cantillon e Francis Hutcheson, que fizeram as primeiras contribuições para a economia política. Suas obras contribuíram de formas pontuais, tratando sempre de temas um pouco mais restritos da economia.

Entretanto, foi apenas com Adam Smith que a sociedade ocidental moderna foi descrita, de forma sociológica e econômica, servindo como base teórica para toda a economia política liberal do mundo.

Por trás de A Riqueza das Nações

Foram doze longos anos de escrita para A Riqueza das Nações ser completamente finalizado. Aliás, a obra na verdade tem um título um pouco mais longo: Uma investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações. 

O trabalho é uma coleção de cinco grandes livros.

📖 O primeiro livro

O primeiro volume de A Riqueza das Nações explica a mudança e adaptação das forças produtivas do trabalho, e como impactam as diferentes classes sociais. Adam Smith procurou investigar como o aumento significativo na produtividade se deu comparado aos séculos anteriores. Em resumo, para Smith tal fenômeno tem relação direta com a divisão do trabalho. É bastante claro que apenas uma pessoa produzindo qualquer artefato possuiria um rendimento muito inferior comparado ao trabalho dividido entre muitas pessoas.

Essa ideia representava uma mudança significativa do ponto de vista de organização do trabalho, já que concebia uma relação de causalidade entre o aumento na produtividade com um maior nível de especialização. 

Os primeiros donos de fábricas que se basearam no conceito descrito por Smith, viram um resultado nítido: produção maior em menos tempo, e claro, maior riqueza sendo produzida

Logo depois, Adam Smith analisou os impactos decorrentes da divisão do trabalho e concluiu nos apresentando uma decomposição dos componentes que estão embutidos dentro dos preços, como o salário dos trabalhadores, o lucro do proprietário e os custos fixos existentes.

📖 O segundo livro

Enquanto o primeiro livro trata das consequências da divisão do trabalho e sua mudança na organização social, o segundo livro começa a definir o capital, conceito esse que até o período feudal nunca teve destaque. 

Smith define o capital como aquilo que poderá gerar rendimento, e possui 3 subdivisões:

  • O capital imediato é utilizado para o consumo imediato de bens básicos como alimentos e vestuário.
  • O capital circulante é principalmente empregado na compra e venda de produtos com o intuito de gerar lucro.
  • O capital fixo é descrito como o capital reinvestido na fábrica ou empresa com o objetivo de aumentar a produtividade ou aumentar seus lucros. 

Smith coloca o acúmulo de capital como um fator chave para a riqueza das nações. O autor acreditava que o acúmulo faria com que as pessoas reinvestissem o capital, de forma a aumentar ainda mais a produtividade e a riqueza geral da sociedade.

📖 O terceiro livro

Os três livros seguintes procuram justificar aquilo pelo que Smith ficou mais conhecido, que é seu  liberalismo econômico. O final da Idade Média trouxe o avanço dos chamados Estados nacionais, caracterizados pelas monarquias absolutistas e o mercantilismo. 

Embora as estruturas políticas e econômicas tenham se modificado com o final da Idade Média, a mentalidade da sociedade como um todo não possui a mesma capacidade de adaptação, e por isso Adam Smith ainda discorre no seu terceiro livro sobre o final do império romano.

Ele trata sobre a forma como a política de algumas nações privilegia mais as atividades das cidades do que as do campo, como ocorreu notadamente na Europa, e a diferença na forma como as atividades são fomentadas, implicando em diferenças na grandeza de sua produção.

📖 O quarto livro

O seu quarto livro explica como as diferentes políticas econômicas influenciaram as teorias e as nações e os efeitos delas. Nele, Smith mostra que a principal divisão está entre o favorecimento dos que privilegiam a indústria das cidades em comparação com a indústria dos campos. 

A crítica liberal não é apenas ao protecionismo, mas também a qualquer tentativa de intervenção estatal que pudesse modificar as leis de mercado. Smith criticou diversas leis que interferiam no livre comércio, entre elas a lei de 1731 que impediu o livre cultivo do vinho com a justificativa de que havia vinho em excesso e poucos cereais.

De certa forma, as intervenções distorcem as leis de oferta e demanda, desestimulando a produtividade e aumentando seus custos.

📖 O quinto livro

Mas, afinal, para que servem os governos? 

Se os Estados não deveriam interferir na economia com o objetivo de promover o bem estar social, quais seriam as suas funções? Essa resposta é fornecida na última parte de A Riqueza das Nações

Adam Smith percebeu que a divisão do trabalho poderia levar à alienação, prejudicando a saúde do indivíduo. Nesses casos, poderia caber ao Estado estimular o estudo e outras práticas que impedissem que os trabalhadores fossem prejudicados. 

Além disso, o Estado deveria garantir a defesa da nação, para que não fossem invadidas por outros Estados independentes, e a Justiça com o objetivo de garantir a propriedade privada e o cumprimento do contrato, aspectos fundamentais para gerar confiança na sociedade e estimular o comércio.

A Riqueza das Nações ficou para a história

Nunca é demais ressaltar a importância de Adam Smith para a defesa da liberdade e do livre comércio através de um novo sistema econômico movido pelo livre mercado. 

Sua principal obra foi fundamental para acelerar a quebra de velhos paradigmas para que, assim, compreendamos o real caminho para aumentar as riquezas das nações.

Os debates que seu livro causou ainda são pautas discutidas até hoje, principalmente se olharmos para o Brasil, onde questões sobre privatizações, o papel do Estado na economia e até que ponto o governo poderia cobrar impostos persistem na mídia e nos governos.

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Sell in may and go away: o que significa https://fazcapital.com.br/sell-in-may-and-go-away/ Fri, 31 May 2024 14:00:18 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=32304 O mercado financeiro está cheio de expressões que deixam as pessoas curiosas com o seu significado. Uma delas é o Sell in may and go away. 🏃🏾 Para quem traduz no seu sentido literal, algumas dúvidas aparecem: maio é o mês perfeito para sair da bolsa? Qual o motivo de existir essa frase? Acompanhe este […]

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O mercado financeiro está cheio de expressões que deixam as pessoas curiosas com o seu significado. Uma delas é o Sell in may and go away. 🏃🏾

Para quem traduz no seu sentido literal, algumas dúvidas aparecem: maio é o mês perfeito para sair da bolsa? Qual o motivo de existir essa frase?

Acompanhe este artigo para entender a expressão queridinha dos faria limers 👇🏼

Maio é o mês da queda?

O mês de maio é visto como uma maldição para os investidores no mercado acionário. Um artigo de 2020 da revista Barron ‘s resolveu analisar o principal índice americano, o S&P 500, desde a sua criação, acompanhando o desempenho médio para os períodos entre novembro e abril, e depois entre maio e outubro. O primeiro período mostrou uma valorização média de 5%, e o segundo uma média de 2%.

➡ A análise foi feita porque o movimento, observado por muitos anos no mercado, de queda na época de verão nos EUA e Europa era nítido.

➡ Ainda, a diferença de fluxo não é exclusiva desses mercados.

Nos últimos 30 anos, o Ibovespa subiu no mês de maio em 13 vezes. E se analisarmos o período de 2009 a 2018, a B3 teve nove anos consecutivos no vermelho no mês. Além disso, por 5 vezes dentro desse período, maio foi o pior mês do ano para a bolsa de valores.

Esse fenômeno ganhou uma expressão própria do mercado — Sell in may and go away — e não é de hoje!

Sell in may and go away

Sell in may and go away” (venda em maio é vá embora) era um ditado muito usado por aristocratas, banqueiros e mercadores da Inglaterra, que saíam nos verões quentes e voltavam apenas quando o calor intenso passava.

Hoje em dia, investidores dos Estados Unidos usam a frase para sair de férias. Isso se explica pelo costume do investidor sair da bolsa antes do verão e só retornar no outono. O índice Dow Jones, por exemplo, se comportou com essas características no mês de maio de 1950 até 2013. Depois disso, o padrão enfraqueceu um pouco.

Mas afinal, por que isso influenciaria nosso mercado?

Vale lembrar que os “gringos” representam cerca de 50% do nosso volume total negociado em bolsa.

Por essa razão, seu fluxo acaba interferindo diretamente no nosso índice. Obviamente, quando o padrão começou a enfraquecer nos principais mercados acionários, também começamos a ver diferença nos fechamentos do Ibovespa nos meses de maio.

O melhor é vender bolsa em maio?

No geral, é muito difícil prever o ponto ideal para vender ou comprar um papel. Diversas análises são voltadas para desvendar exatamente isso, mas acertar a precisão dessas para diferentes ações é praticamente impossível. Ainda, é preciso entender se a sua estratégia está voltada para o curto ou longo prazo.

Na tentativa de acertar o melhor momento, muitos investidores acabam perdendo boas oportunidades tanto para comprar quanto para vender suas ações. É comum deixarem “passar o ponto”, por medo do loss ser maior do que conseguem arcar. Problemas de gerenciamento de risco são os maiores, mas não vamos entrar em detalhes aqui.

E respondendo à pergunta desse título: depende.

O período conhecido como sell in may and go away não deve ser levado tão ao pé da letra — pelo menos nos dias atuais. Inclusive, é sempre bom lembrar que os analistas normalmente recomendam elaborar uma estratégia de compras e vendas graduais. Assim, adquirindo ações aos poucos, o investidor é capaz de diluir seu preço médio. O mesmo vale para a venda.

De qualquer forma, um bom planejador financeiro é o ideal para a montagem de um portfólio que não te dê surpresas negativas ao longo do tempo. A Faz Capital é um dos poucos escritórios da XP Investimentos que têm uma área exclusiva de planejamento financeiro para você. Saiba mais aqui.

O “Sell in may and go away” vale para o Bitcoin?

Se o passado do bitcoin servir como base, o histórico joga a favor da expressão. Um relatório da empresa K33 Research mostrou que, nos últimos cinco anos, quem comprou a moeda digital em outubro e vendeu em abril teve retornos acumulados de 1.449%. Por outro lado, o investidor que adquiriu o ativo digital em maio e se desfez dele em setembro acumulou perdas de 29%.

Abaixo, tem um gráfico compilado pela Crypto Koryo, que analisou o desempenho das criptos em função de diferentes setores desde 2017. A conclusão é que maio é o segundo pior mês do ano, atrás apenas de setembro. Junho e agosto também costumam ser períodos não muito bons para o ativo.

Embora o mercado seja imprevisível e desempenhos do passado não necessariamente se repetem de forma idêntica no futuro, o bitcoin possui hoje uma grande correlação com o mercado tradicional. Por isso, é factível pensar que daqui para frente o mercado de cripto cada vez mais terá um comportamento semelhante ao mercado acionário, que historicamente performa pior no mês de maio, ainda que o padrão tenha enfraquecido.

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Furacão Katrina x Rio Grande do Sul: semelhanças e lições https://fazcapital.com.br/furacao-katrina-x-rio-grande-do-sul/ Wed, 22 May 2024 14:00:58 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=32077 O furacão Katrina acarretou no desastre natural mais caro da história dos Estados Unidos, com danos calculados em mais de US$ 190 bilhões (cerca de R$ 977 bilhões), em valores revisados em 2024 pelo governo americano. A grande questão é que as consequências da tragédia que afeta o Rio Grande do Sul (RS) desde o […]

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O furacão Katrina acarretou no desastre natural mais caro da história dos Estados Unidos, com danos calculados em mais de US$ 190 bilhões (cerca de R$ 977 bilhões), em valores revisados em 2024 pelo governo americano.

A grande questão é que as consequências da tragédia que afeta o Rio Grande do Sul (RS) desde o final de abril de 2024 já podem ser consideradas mais devastadoras do que as do furacão Katrina.

Após as semanas de pesadelo para todos os gaúchos, ficam lições, alertas, e fortes dúvidas sobre a reconstrução do estado. 

Relembrando o furacão Katrina

O Katrina foi uma tempestade tropical que atingiu a categoria 3 na escala Saffir-Simpson em terra firme, e a categoria 5 – a mais alta nesta escala – sobre o oceano Atlântico. Os ventos alcançaram mais de 280 km/h, e causaram grandes prejuízos no litoral sul dos Estados Unidos.

🍃 Após se formar sobre o oceano, a sudeste das Bahamas, em 23 de agosto de 2005, o furacão Katrina ganhou força no Golfo do México, transformando-se em categoria 5.

🍃 Na manhã de 29 de agosto, alcançou os estados de Louisiana, Mississippi e Alabama.

Segundo um relatório da US News & World Report, uma companhia de mídia americana que publica notícias, conselhos ao consumidor, classificações e análises, esse foi o terceiro furacão mais mortal e um dos mais avassaladores da história dos Estados Unidos, e destruiu a região metropolitana de Nova Orleans (Louisiana), que foi a cidade mais atingida.

O presidente da época, George Bush, foi duramente criticado pelo fracasso na resposta demorada ao Katrina; o impacto no mercado financeiro também foi visível, com as atividades de extração de petróleo e gás natural prejudicadas, já que grande parte do petróleo americano é extraído do Golfo do México.

Por que comparar o desastre do Rio Grande do Sul com as consequências do furacão Katrina?

As enchentes que vêm assolando o estado do Rio Grande do Sul desde o final de abril de 2024 têm sido comparadas com o furacão Katrina, que atingiu principalmente a cidade de Nova Orleans (Louisiana), nos Estados Unidos, em agosto de 2005.

Naquela ocasião, há 19 anos, o avanço da água, devido aos fortes ventos do Katrina, deixou 400 mil pessoas desabrigadas e obrigouo a região afetada a se reerguer do zero. Segundo o balanço da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, divulgado em 15 de maio de 2024, já são mais de 614 mil desabrigados.

A área alagada pelas chuvas também é maior no sul do Brasil. A extensão total de vias alagadas em Nova Orleans foi de 2,4 mil quilômetros, enquanto que no Rio Grande do Sul já se contabiliza um total de 3,8 mil quilômetros de alagamento.

Sobre o números de mortes, o Katrina deixou mais de 1.800 mortos, enquanto no RS, até o momento, são mais de 150 vítimas, com possibilidade desses números crescerem nas próximas semanas, e a medida que a água comece a baixar.

  Katrina – Nova Orleans (2005) Rio Grande do Sul (2024)
Pessoas desabrigadas 400 mil 614 mil
Área alagada 2,4 mil quilômetros 3,8 mil quilômetros
Número de mortes 1.800 150

O sistema de diques

Em Nova Orleans, o sistema de diques que retinha as águas dos Lagos Pontchartrain e Borgne foi completamente destruído pelas chuvas, deixando parte da cidade submersa.

Os diques basicamente são elevações de terra, que servem como “muros” para impedir que a água dos rios entre na cidade.

Em Porto Alegre, capital do RS, essas elevações inclusive ficam em algumas das principais estradas da cidade: a BR-290 (Freeway) e as avenidas Castelo Branco e Edvaldo Pereira Paiva.

Os diques, no entanto, não são barreiras livres de problemas, como mostrou Canoas, cidade da região metropolitana de Porto Alegre, que ficou mais de 50% submersa. A água passou pela altura desses “muros” de terra e destruiu diversos bairros. Contudo, a água não conseguiu voltar para o curso normal, por conta da barreira, o que manteve essas áreas inundadas.

A grande questão a ser debatida a partir de agora, é se vale seguir com essa medida estrutural, sabendo que um dia ele pode ser superado e causar um dano ainda pior.

Além dos “muros” de terra, existe o muro de concreto. No Centro Histórico de Porto Alegre, foi erguido entre 1971 e 1974 o Muro da Mauá, com três metros de altura e três metros de profundidade, para impedir que a água do Lago Guaíba (também chamado de “Rio Guaíba” pelos moradores do local) invadisse a cidade. No entanto, o muro também foi superado pela água.

A semelhança é assustadora

O cenário de destruição que o furacão Katrina deixou em Nova Orleans infelizmente é muito parecido com o que vimos no Rio Grande do Sul. Casas pegando fogo, pessoas nos telhados gritando por ajuda, água cobrindo bairros inteiros e um cenário praticamente de guerra.

Na região metropolitana de Nova Orleans, pelo menos 100 mil pessoas não atenderam a ordem para sair antes do furacão. E a água subiu rapidamente, não dando chance de uma evacuação em massa.

O furacão Katrina passou longe de Nova Orleans, mas provocou chuvas, ventos e outras condições que causaram inundações. Durante a inundação do Katrina, a burocracia atrasou em quatro dias a aprovação da ajuda militar; os alimentos demoraram a chegar aos bairros atingidos.

O que fez a diferença não apenas em Nova Orleans, mas também no RS, foi uma forte rede de solidariedade, com os voluntários na linha de frente de resgates e doações.

Os números do Rio Grande do Sul

A quantidade de pessoas afetadas pelas chuvas no estado gaúcho – mais de 2 milhões – é maior do que a quantidade daquelas afetadas pelo furacão Katrina.

Mais de uma dezena de municípios gaúchos praticamente não existem mais. Não se sabe ao certo quantas pessoas – ou cidades inteiras – precisarão ser realocadas.

Os números de Porto Alegre, por si só, são alarmantes.

  • Até a semana do dia 13 de maio, dados mostram que 30% da capital foi atingida diretamente pela enchente.
  • Foram impactados, diretamente, 45.970 CNPJs das zonas norte, sul e centro da cidade. Os números representam 17% das empresas de Porto Alegre e 35% da força de trabalho da cidade – cerca de 310 mil trabalhadores formais.
  • O segmento de serviço foi o mais afetado, com mais de 29 mil estabelecimentos.
  • As estimativas apontam que as perdas nas atividades econômicas, nos últimos 10 dias, passam dos R$ 500 milhões.

As lições sobre a reconstrução de Nova Orleans

Após a passagem do furacão Katrina, foi necessário um investimento de 125 milhões de dólares e 10 anos para as regiões se reerguer. Ainda assim, quem conhecia a região anteriormente, fala que a cidade nunca mais foi a mesma.

Até agora, o governo do Rio Grande do Sul estimou um valor de 50 bilhões de reais para a reconstrução das cidades atingidas.

Segundo dados de um censo americano de 2020, 15 anos após o furacão a população de Nova Orleans era 20% menor que a de 2005, com cerca de 100 mil habitantes que foram embora por não ter mais onde morar.

Ainda assim, Nova Orleans traz lições de reconstrução para o RS.

👉🏼 A cidade investiu em um novo sistema de prevenção de enchentes: desde 2006, foram investidos mais de US$ 14 bilhões, entre doações e dinheiro público, no sistema de proteção contra furacões e inundações.

👉🏼 Os diques, agora, dão a volta completa na cidade e, em alguns trechos de Nova Orleans, o muro ficou quase 5 metros mais alto. Toda a estrutura foi reforçada.

👉🏼 Em 2021, os diques passaram no teste durante a passagem do furacão Ida, de categoria quatro, em uma escala que vai até cinco. O furacão Katrina, como comentamos, variou entre cinco e três.

👉🏼 Além disso, a nova rede de bombeamento de água, que tinha falhado em 2005, agora funcionou.

Para entendermos os próximos passos para a reconstrução do Rio Grande do Sul, a Faz Capital conversou com o Vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes. Assista aqui para se aprofundar no assunto.

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Reconstrução do RS: o impacto econômico do desastre no estado nonadult
A B3 é a principal bolsa de valores do mundo? https://fazcapital.com.br/a-b3-e-a-principal-bolsa-de-valores-do-mundo/ Fri, 03 May 2024 14:00:53 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=31151 Será que a B3 está entre as principais bolsas de valores do mundo? Talvez mais importante do que saber essa resposta, seja entender como a bolsa brasileira sofre influência de outros mercados. Afinal, se você ainda não entrou com os dois pés no mercado acionário, agora é o momento de desvendar por que a Faria […]

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Será que a B3 está entre as principais bolsas de valores do mundo?

Talvez mais importante do que saber essa resposta, seja entender como a bolsa brasileira sofre influência de outros mercados. Afinal, se você ainda não entrou com os dois pés no mercado acionário, agora é o momento de desvendar por que a Faria Lima sofre com tantas oscilações, e por que tudo – ou quase tudo – afeta o nosso mercado.

A principal bolsa de valores do mundo é USA

O mercado acionário é composto por diferentes bolsas, nas quais são negociadas diversas ações de empresas do mundo todo.

Na prática, quando se diz que uma bolsa de valores está em determinada posição em relação às outras, o que se analisa basicamente é:

  • a quantidade de transações realizadas durante o ano;
  • o número de empresas listadas;
  • o volume das transações realizadas no ano;
  • o valor de mercado total da bolsa;
  • o tempo de existência da instituição.

Com base nesses critérios, existe sim um ranking das principais bolsas de valores do mundo. Confira:

1⃣ NEW YORK STOCK EXCHANGE (NYSE) 🇺🇸

A Bolsa de Valores de Nova York é administrada pela NYSE Euronext e está localizada em Manhattan. Os principais índices que partem dela são o NYSE Composite Index, Average e o Dow Jones Industrial. Essa bolsa de valores foi criada em 1792 e fundada oficialmente em 1817, sendo uma das mais antigas do mundo.

O valor de mercado da NYSE é extremamente relevante:

  • São mais de 2,5 mil empresas listadas;
  • Em média de 1 bilhão de ações negociadas por dia;
  • Valor de capitalização de mercado acima dos US$ 28 trilhões.

2⃣ NASDAQ STOCK MARKET 🇺🇸

Será que você sabe onde fica a segunda maior bolsa de valores do mundo?

A Nasdaq transferiu sua sede para a Times Square, há seis anos. Com mais de 3,7 mil empresas listadas, ela facilmente poderia ocupar o primeiro lugar desta lista, se não negociasse tantas ações de companhias de pequeno e médio portes, resultando em uma capitalização menos expressiva em comparação com a NYSE.

Ah, a Nasdaq reúne as principais empresas de tecnologia do mundo, como Apple🍎, Microsoft🖥, e Google🔎; é a bolsa queridinha do setor.

3⃣ SHANGAI STOCK EXCHANGE (SSE) 🇨🇳

Uma bolsa relativamente nova – fundada em 1990 – ocupa o terceiro lugar do ranking, e é a principal da China

Em junho de 2021, o valor de mercado da SSE era de aproximadamente US$ 7,6 trilhões, com quase 2 mil empresas listadas de diversos segmentos.

Suas principais representantes são empresas que originalmente tinham forte presença estatal, como bancos comerciais e seguradoras. China Life, Bank of China e a PetroChina são alguns exemplos relevantes.

4⃣ HKSE 🇭🇰

A história da Hong Kong Stock Exchange (HKSE) começou em 1891, quando ainda era conhecida como Stockbrokers’ Association of Hong Kong.

O valor de mercado da HKSE em junho de 2021 era de US$ 6,8 trilhões, o que a coloca na quarta posição do ranking mundial, assumindo, por pouco, uma vantagem sobre o mercado japonês de ações.

Entre as companhias mais conhecidas listadas na bolsa de Hong Kong estão a China Mobile, AIA e a Tencent.

5⃣ TOKYO STOCK EXCHANGE 🇯🇵

A bolsa de Tóquio é a quinta maior do mundo e também é uma das instituições mais antigas do setor, tendo sido fundada em 1878. Em 2012, ela passou por uma fusão com o mercado de ações de Osaka — com isso, surgiu a Japan Exchange Group.

Ao todo, são mais de 3,8 mil empresas listadas, com um valor de mercado de US$ 6,7 trilhões, aproximadamente.

🇧🇷 BOVESPA

A B3 não é a principal bolsa de valores do mundo, e nem entra no ranking das maiores, mas óbvio que não poderíamos deixar de falar dela.

A bolsa de valores brasileira surgiu em 1890, está localizada em São Paulo, e há sete anos passou por uma fusão com a Cetip S.A. Dessa união surgiu a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a bolsa de valores brasileira como você enxerga hoje.

Entretanto, a Bovespa está ligada aos principais mercados de balcão do mundo, e com 445 empresas listadas. O Ibovespa é o seu principal indicador, mas existem outros – IBrX10, IBrA, ICO2, ISE, ITEL, IEE, INDX e IMAT.

Players internacionais x Bovespa

As diferentes bolsas de valores do mundo influenciam umas às outras. Não é porque estamos geograficamente distantes de Tóquio, por exemplo, que os eventos que acontecem lá não podem interferir no nosso mercado. No caso brasileiro, é necessário compreender o funcionamento dos mercados dos parceiros comerciais mais frequentes, como Estados Unidos e China.

🚨 Se um país parceiro está com problemas na economia, por exemplo, a tendência é que o cenário no Brasil também piore.

🚨 Essa situação foi verificada nos anos 2000 com o crescimento das commodities, principalmente da China, que impactou positivamente a Bovespa e fez com que ela apresentasse uma alta significativa.

Atualmente, até mesmo as decisões de política monetária de grandes economias mostram que o impacto no mercado acionário local é considerável.

O impacto incide sobre diferentes aspectos, mas um ponto de atenção é a taxa de juros americana, que é referência para o mundo. Na prática, ⬆ quanto maior for a taxa de juros dos Estados Unidos, maior é o fluxo de dinheiro para o país norte-americano. Esse contexto é negativo para os países emergentes – entre eles, o Brasil. 

Outro aspecto que deve ser considerado é a correlação positiva do índice americano Standard & Poor’s (S&P), da Bolsa de Chicago, com o mercado brasileiro. Se o saldo de ações da bolsa americana estiver positivo, a tendência é que o do nosso país também esteja.

 

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Talvez haja recessão nos Estados Unidos e você não saiba https://fazcapital.com.br/recessao-nos-estados-unidos/ Fri, 12 Apr 2024 14:00:17 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=29356 O quão real é a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos? Essa foi uma das perguntas mais feitas em 2022 e 2023, e que foi perdendo cada vez mais força à medida que dados econômicos começaram a surpreender positivamente a partir do último trimestre de 2023. A questão é que a chave para entender […]

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O quão real é a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos?

Essa foi uma das perguntas mais feitas em 2022 e 2023, e que foi perdendo cada vez mais força à medida que dados econômicos começaram a surpreender positivamente a partir do último trimestre de 2023.

A questão é que a chave para entender se há recessão nos Estados Unidos atualmente é a interpretação dos sinais atuais e a comparação com períodos que possuem as mesmas características.

A pandemia pesou para a recessão nos Estados Unidos?

Analistas, economistas, e especialistas em macroeconomia que vinham alertando para um risco de depressão da maior economia do mundo acreditaram que se enganaram. E esse sentimento ficou mais nítido nos últimos meses.

A economia americana vem mostrando, há mais de um ano, uma resiliência fora da curva de qualquer outro período marcado por um ciclo de aperto monetário.

Para quem não acompanhou tanto o mercado nos últimos anos, e não está tão acostumado com essa linguagem, explicamos:

🔥Os Estados Unidos têm a maior economia do mundo, à frente da China inclusive. Os americanos passaram por uma década de crescimento, até baterem de frente com a pandemia da covid-19; o PIB voltou a ficar negativo em 2020

🔥 Essa crise pandêmica acabou se agravando por inúmeras razões, entre elas a injeção bilionária de dólares na economia americana, com programas de compra de títulos feito pelo Federal Reserve (o Fed), além do envio de cheques para a população mais necessitada durante a pandemia. O resultado? Inflação em patamares como há muito tempo não se via nos EUA.

🔥 Quando há um quadro inflacionário, uma das formas básicas de combatê-lo é através da taxa de juros básica daquela economia. Basicamente se aumenta o juro para desestimular o consumo e, assim, amenizar e barrar a alta constante dos preços. Faz sentido, não é?

A contração da produção em 2020 foi menos severa do que outras grandes e avançadas economias e o país se recuperou rápido do impacto, retornando aos níveis de PIB pré-pandêmicos no segundo trimestre de 2021. 

Inclusive, o chamado Plano de Resgate Americano sustentou o consumo privado, contribuindo para um crescimento geral do PIB de 6% ao longo do ano de 2021, mesmo com obstáculos do lado da oferta e da pandemia ainda em curso.

Como acontece em qualquer crise, é normal que essas medidas “extras” do governo, para tentar amenizar os problemas, acabem pesando no orçamento do Estado, e normalmente, aumentam a relação dívida/PIB. 

O que talvez mude um pouco a regra do jogo quando estamos nos referindo aos EUA é que o país possui uma flexibilidade única de financiamento, já que ele é o próprio emissor do dólar americano, principal moeda de reserva do mundo.

Passados quatro anos do início da pandemia e três desde o início do ciclo de aperto monetário, é seguro avaliarmos que parte dos dados e indicadores atuais são consequência de medidas tomadas lá atrás:

➡ famílias criaram enormes reservas de poupança durante o covid-19,

➡ as empresas garantiram financiamento de longo prazo a taxas muito baratas,

➡ o boom do setor de IA provocou uma nova onda de otimismo, entre outros. 

Vários desses elementos contribuem para manter a economia dos EUA com uma aparência saudável. No entanto, alguns claramente subestimam a possibilidade de uma recessão econômica mais grave.

2023 é equivalente a 2007?

As maiores crises tendem a acontecer de forma lenta e gradual, pelo menos no início. Tanto em 2000, como em 2008, os indicadores econômicos enviaram sinais contraditórios, mas havia uma falsa sensação de segurança.

Apesar dos primeiros sinais de dificuldades em 1999 e 2007, a economia se mostrava resiliente, o que levou os especialistas a esperar o famoso soft landing.

  • Soft landing é a difícil tarefa de reduzir a inflação após um aperto na política monetária, sem desencadear uma recessão. Como já comentamos, para combater a inflação, o Banco Central aumenta as taxas de juros, tornando o crédito mais caro. Isso reduz a demanda agregada e tira parte da pressão inflacionária da economia. O desafio é não tirar pressão demais para não provocar uma recessão. Isso requer habilidade na formulação de políticas e resiliência econômica, aliados à ausência de choques adversos. É um dos maiores desafios de quem faz a política monetária de um país.

Na crise de 2008, foram necessários dois anos completos para a recessão começar após o aviso inicial de inversão da curva de juros. A inversão da curva de juros nos EUA é, tipicamente, um indicador antecedente de períodos recessivos, e acontece sempre que a taxa de juros dos títulos de curto prazo excede a taxa de juros dos títulos de longo prazo.

Os dados disponíveis pelo Federal Reserve nos mostram que a inversão da curva de juros precedeu todas as recessões americanas desde 1950, com exceção de um sinal falso em 1967. 

O gráfico a seguir mostra o spread a termo entre os papéis de 10 anos e de 3 anos nos EUA, medida tradicionalmente mais utilizada. As áreas hachuradas representam episódios recessivos datados pela National Bureau of Economic Research (NBER). 

Fonte: New York Fed

Analisar a inversão da curva não funciona apenas para os EUA. Alemanha, Canadá e Reino Unido utilizam a mesma teoria.

Bom, se esse é um sinal que as taxas de juros estão agressivamente altas, as consequências desse cenário começam a preocupar.

Um deles foi o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), que pegou investidores e especialistas de surpresa; o terror estava instalado no Vale do Silício. Inclusive, esse parecia não ser um caso isolado, e o medo do contágio por todo o sistema bancário dos Estados Unidos se tornou real.

Passados alguns meses, um novo problema se tornou visível na maior economia do mundo: o risco de default era real e, até os dias atuais, os EUA continuam com uma grave crise fiscal, que vem se intensificando à medida que o tempo passa.

Por que ninguém enxergou a crise de 2008?

As respostas são as mais diversas, e a lista de erros dos especialistas é extremamente longa, afinal, o que trouxemos como narrativa até aqui mostra bem que nenhuma crise acontece de uma hora para outra.

1⃣ Subestimaram a rapidez com que os balanços dos consumidores poderiam deteriorar-se

Os tempos difíceis podem afetar mais os gastos do que os bons tempos podem aumentá-los.

Antes de 2008, os especialistas achavam que a renda das famílias estavam estáveis ​​(tal como hoje). Claro, as pessoas estavam pedindo empréstimos, mas com o valor das moradias e das ações disparando, o patrimônio líquido de todos parecia muito bom. Inclusive, 2007 finalizou com uma taxa de desemprego no patamar dos 5% – hoje essa taxa é de 3,8%, segundo o último Payroll divulgado, em 05 de abril de 2024.

A questão é que a velocidade com que essa dinâmica se inverte é considerável. Quando os preços das casas e das ações começaram a cair, o mesmo aconteceu com os gastos, prejudicando os resultados financeiros das empresas, levando as demissões e trazendo consequências às rendas das famílias.

A percepção hoje também é positiva, em grande parte devido às economias das famílias durante a fase pandêmica. Mas isso não é motivo para ficarmos confortáveis. Um aumento na taxa de desemprego, uma recuperação da inflação, novos aumentos nas taxas de juros ou uma correção do mercado acionário poderão agitar as coisas rapidamente. 

2⃣ Subestimaram o efeito dominó

Pense na economia como uma fileira de dominós – quando um deles cai, há uma reação em cadeia. Quando os preços dos ativos despencam, as consequências vão muito além de cotações no vermelho. As pessoas veem sua riqueza encolher e fecham suas carteiras. A questão aqui é a piora da percepção.

Ainda, a interligação das instituições financeiras cria uma rede onde a angústia numa área pode se espalhar rapidamente para outras, amplificando o choque inicial. Isto ficou evidente em 2008, quando os problemas que começaram no mercado hipotecário subprime e passaram para todo o sistema financeiro global.

3⃣ Subestimaram o impacto da psicologia humana

Os modelos econômicos baseiam-se tradicionalmente na suposição de comportamento racional. Mas as pessoas nem sempre agem racionalmente – o que não é nenhuma grande surpresa, não é mesmo?

Impulsionadas pelo aumento dos preços dos ativos, as pessoas agiram com base no seu excesso de confiança e mentalidade de manada no final dos anos 2000, mergulhando em hipotecas e apostas arriscadas sem uma avaliação apropriada de riscos.

Já em 2008, todo o otimismo foi transformado em medo e pânico, e rapidamente as pessoas e as instituições começaram a vender rapidamente ativos e a retirar fundos. Este êxodo em massa não apenas deflacionou ainda mais os preços, como também causou uma grave crise de liquidez, à medida que a procura de dinheiro disparou e a vontade de emprestar ou investir diminuiu. A situação do SVB foi, em menor escala, semelhante.

2024: o ano da recessão nos Estados Unidos?

2008 nos ensinou que as mudanças de ares acontecem muito rápido, assim como a oferta de crédito, os riscos representados por fatores externos, a natureza volátil da psicologia humana e as complexidades inerentes à dinâmica do mercado. E é exatamente essa a importância de reconhecer potenciais gatilhos.

Durante a maior parte de 2008, as coisas pareciam estar no caminho certo:

⬆ a economia estava em expansão,

😁 as pessoas estavam alegres,

📈 as bolsas subiam,

🫷🏽 os economistas rejeitavam em geral a ideia de uma potencial recessão.

Depois, num piscar de olhos, tudo piorou, com os mercados e a economia a despencaram simultaneamente à medida que a crise financeira global se instalava.

Claro que a situação do mundo é outra hoje em dia, assim como a própria situação dos EUA.

Após a quebra do Lehman Brothers, o governo americano se recusou a salvá-lo, evitando injetar dinheiro público no banco que era privado. A demora do Banco Central americano em reagir e interferir na crise de 2008 é até hoje muito discutida entre os economistas.

Na lista de lições aprendidas, dificilmente os dirigentes demorariam para encontrar uma solução. A própria quebra do SVB é um exemplo claro disso.

Fonte: Terra

Ainda assim, a história sussurra uma advertência: nos momentos de aparente calmaria, é fácil perder de vista as lições do passado.

Os dados e indicadores econômicos podem nos mostrar que a economia americana está resiliente, mas a história nos ensinou a observar as correntes abaixo da superfície e a lembrar que as coisas podem mudar muito mais rapidamente do que imaginamos.

Cuidado! 🚩

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Risco-Brasil: o que significa e como avaliar https://fazcapital.com.br/risco-brasil/ Wed, 13 Mar 2024 14:00:59 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=25550 Esse é um conceito do mercado com que, se você ainda não se deparou, provavelmente irá em algum momento da sua jornada no mercado financeiro. Por intuição, você pode achar que ele é um índice que mede o risco do nosso país. Na verdade, ele é um conceito composto por alguns índices. Esse artigo vai […]

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Esse é um conceito do mercado com que, se você ainda não se deparou, provavelmente irá em algum momento da sua jornada no mercado financeiro.

Por intuição, você pode achar que ele é um índice que mede o risco do nosso país. Na verdade, ele é um conceito composto por alguns índices.

Esse artigo vai te mostrar a diferenciação entre risco-país e risco-Brasil, como eles podem impactar a carteira de um investidor, e o que merece sua atenção quando o assunto é esse.

Acompanhe!

A formação do risco-Brasil

O conceito de risco-Brasil é baseado na estabilidade político-econômica do país, indicando o nível de risco a investidores estrangeiros. Mas talvez, logo de imediato, não fique tão claro o porque ele tem a relevância que o mercado o atribui.

Entender o Risco Brasil pode ser menos complicado do que se imagina, isso porque de certa forma ele é bem intuitivo. Diante da sua importância, ele gera impactos em todo tipo de operação no país, demandando atenção também por parte dos investidores.

1⃣ EMBI+Br

Como comentamos logo no início, o risco-Brasil é o resultado de um compilado de medidas relevantes. Uma dessas medidas é o EMBI+Br, que se baseia nos títulos da dívida pública do Brasil, estudando esse rendimento e comparando-o com a rentabilidade que o tesouro americano oferece. Por ser a aplicação mais solvente que a gente encontra hoje, é usada como parâmetro.

Simplificando para você: ele basicamente corresponde à diferença do retorno entre os papéis brasileiros e os americanos, medindo a capacidade do país honrar seus compromissos financeiros. 

Esse dado é frequentemente utilizado pelo mercado, também na precificação de ativos, na definição do custo de capital, e na alta correlação que este possui com o dólar.

2⃣ CDS

Já o CDS representa um acordo bilateral de proteção (hedge), em que o investidor evita o risco de evento de crédito, ou seja, o risco de não receber seu pagamento (default). Assim, o vendedor do título oferece um prêmio, de forma a compensar o comprador do ativo por esse risco.

Embora haja diferenças entre o spread dos CDS e dos títulos, devido a fatores como liquidez e duração do contrato, a elevada correlação com o próprio EMBI+Br justifica o uso de ambos como indicadores do Risco-Brasil.

Basicamente, esse indicador é uma espécie de seguro feito para proteger quem aplica em algum player do mercado, permitindo o recebimento dos seus valores em caso de inadimplência.

Países com um CDS mais alto representam maiores riscos, enquanto países com um CDS mais baixo representam maior estabilidade econômica.

3⃣ Rating

O rating, por sua vez, são as classificações que as agências de risco de todo o mundo dão para os países em nível de investimento. Há diversas dessas agências, e algumas mais conceituadas, que são justamente aquelas que mais impactam a predisposição de alguém de realizar alguma operação no mercado brasileiro.

Entre as principais estão a S&P (Standard & Poor’s), Moody’s Investor Services e a Fitch Ratings. As agências levam em conta os índices que já citamos, para assim, definir a confiabilidade de investimentos nos países.

Mas também, usam critérios importantes como:

  • cenário político;
  • déficit fiscal;
  • câmbio;
  • juros.

O rating que essas empresas fazem está diretamente relacionado à classificação do país: quanto maior, mais positivo e, naturalmente, menor é o risco.

Há diferença entre risco-país e risco-Brasil?

Na década de 90, o banco americano J.P.Morgan criou a metodologia que foi consagrada como risco-país para avaliar o risco de investimento em países emergentes.

Já o risco-Brasil é a medida específica para os desafios de se investir aqui, e diz ao mercado financeiro se a possibilidade de o país dar calote em seus credores é relevante ou não.

Além do Brasil, as nações que têm um risco-país para chamar de seu são:

⚡África do Sul

⚡Argentina

⚡Bulgária

⚡Colômbia

⚡Equador

⚡Egito

⚡Filipinas

⚡Malásia

⚡Marrocos

⚡México

⚡Nigéria

⚡Panamá

⚡Peru

⚡Polônia

⚡Rússia

⚡Turquia

⚡Urânia

⚡Venezuela

Como esses conceitos podem impactar os seus investimentos?

No geral, o risco-Brasil tem impacto em todo o sistema financeiro nacional, e é percebido até em operações pequenas no mercado doméstico.

Além disso, o indicador acaba funcionando como um termômetro da economia: a observação de um nível de risco elevado faz com que os investidores tenham menos confiança em investir no país, gerando uma desaceleração da economia.

Isso cria um efeito dominó:

  • risco elevado gera perda de confiança;
  • perda de confiança causa desaceleração da economia;
  • desaceleração da economia aumenta o risco econômico;
  • risco ainda maior causa nova perda de confiança.

No fim das contas, o impacto do risco-Brasil nos investimentos sempre estará associado ao retorno que pode ser obtido. Quanto maior o risco, maior as chances de calote.

Por essa razão, ele é super importante para que um investidor, fundo ou empresa possam ter uma visão clara e transparente dos riscos específicos do país. Sempre com uma visão clara de como o mercado está enxergando a confiabilidade da nação para honrar suas dívidas.

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Asset: o que é e quais existem? https://fazcapital.com.br/asset/ Fri, 01 Mar 2024 14:00:13 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=24845 Você sabe o que faz uma asset? É o que você vai descobrir aqui! Para começarmos, uma pergunta: quais variáveis você analisa antes de escolher seus investimentos? Rentabilidade, segurança e prazo nós temos certeza que você analisa. Quem é o banco ou a empresa emissora e o quão sólidos eles são já é tarefa para […]

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Você sabe o que faz uma asset? É o que você vai descobrir aqui!

Para começarmos, uma pergunta: quais variáveis você analisa antes de escolher seus investimentos? Rentabilidade, segurança e prazo nós temos certeza que você analisa. Quem é o banco ou a empresa emissora e o quão sólidos eles são já é tarefa para investidores mais engajados e estudiosos.

Agora, quantos investidores prestam atenção na empresa que faz a gestão dos fundos e ativos onde investem? Você seria um deles?

Estamos falando das gestoras de fundos ou, no jargão do mercado financeiro, empresas de “asset management” ou simplesmente “as assets”. Neste artigo, vamos chamar essas gestoras de recursos assim mesmo, de assets.

Qual é o papel de uma asset?

Uma asset tem duas atividades de destaque no mercado financeiro: a administração e a gestão de fundos de investimentos.

Sabe a diferença entre essas duas atividades?

1⃣ Administração de fundos: é a organização burocrática dos investimentos dos cotistas. Inclui registro dos participantes do fundo, emissão de relatórios, envio de cartas e comunicados, convocação para assembleias, realização e registro de atas de reuniões de cotistas, atendimento de dúvidas e reclamações destes, adequação das operações do fundo à legislação e suas alterações etc.

Em resumo, tudo o que for burocraticamente necessário para que o fundo de investimentos exista e opere.

2⃣ Gestão de fundos: é a parte efetivamente de investimentos. Os especialistas e analistas da asset empregam seu conhecimento frente às condições de mercado e fazem as operações de compra e venda de ativos no mercado financeiro para obter rentabilidade para os cotistas, dentro dos parâmetros definidos para cada fundo específico (DI, crédito privado, fundo de ações, multimercado etc).

Por que é importante escolher uma boa asset?

Obviamente, a parte de administração interessa muito pouco ao investidor. Contanto que o fundo opere dentro da normalidade, cumprindo normas e prestando as informações básicas ao cotista, isto é suficiente.

É na parte da gestão de ativos que ser criterioso nas escolhas é mais importante. Afinal, é com base na experiência e capacidade dos analistas da asset que bons resultados de rentabilidade, volatilidade e liquidez dos recursos são obtidos.

Como avaliar a qualidade de uma asset?

✅ Tempo de operação

Verifique se a asset já resistiu ao teste do tempo. Não é incomum assets jovens obterem excelentes resultados nos primeiros anos de operação (talvez por condições favoráveis de mercado, talvez por sorte, talvez por competência) e nos anos seguintes retornarem para a média do mercado ou pior. Analise se os resultados desde a criação dos fundos são consistentes.

✅ Rotatividade de fundos

Uma tática comum de assets que querem maquiar sua performance é descontinuar fundos com resultados ruins e manter em operação somente os bons.

Assim, por exemplo, uma asset que lança 3 fundos de ações, 3 de renda fixa e 3 da classe multimercado, depois de alguns anos, escolhe encerrar os dois de cada categoria com piores resultados e alardear por meio de sua equipe de marketing os excelentes retornos dos três que sobraram. Vai parecer que eles são ótimos quando, na verdade, a asset só jogou a sujeira para debaixo do tapete.

✅ Capacitação e experiência dos analistas

Quem comanda as equipes de alocação de ativos dos fundos da asset? Profissionais testados pelo mercado ou aventureiros com teses não validadas pelo tempo e pelos resultados?

Pode dar um pouco de trabalho, mas estudar o currículo dos operadores que ditam a destinação dos recursos dos cotistas pode oferecer informações valiosas sobre se os fundos da asset devem performar conforme o esperado ou não.

✅ Custos dentro da média de mercado

O investidor brasileiro está muito acostumado a prestar atenção ao histórico de rentabilidade dos ativos e fundos disponíveis (e muitas vezes escolhendo onde colocar seu dinheiro com base em retorno passado), mas não está tão bem treinado para avaliar os custos envolvidos.

Para verificar se uma asset cobra valores não condizentes com o serviço entregue, o investidor deve comparar fundos de classes equivalentes disponíveis no mercado, principalmente os disponíveis em corretoras.

Uma regra de ouro que pode ser útil é comparar as taxas de administração e performance de fundos com os disponibilizados por bancos. Se o fundo em comparação tem custo próximo aos de um grande banco, você provavelmente está pagando muito caro para investir.

Ah, falando em corretoras e bancos. É comum ao investidor iniciante se confundir com os principais players do mercado financeiro. Vamos ajudar a desconfundir.

  • Bancos de investimento onde se pode investir incluem BTG, Safra e Master (lembra-se de fugir de investimentos nos bancões comerciais).
  • Corretoras onde se pode investir incluem XP, Guide, Rico e Órama (cada uma com suas vantagens e desvantagens, dependendo do perfil de usuário).
  • Assets estabelecidas no mercado brasileiro incluem Kinea, Patria, Kapitalo, Arx, Verde e BlackRock.

Aliás, esta última, apesar de no Brasil estar lá pela quinquagésima posição em patrimônio líquido sob gestão, é a maior gestora de recursos do planeta!

Quem é a BlackRock

Operando desde 1988, a BlackRock tem um papel de predominância nas finanças globais. Ao longo de sua história, se expandiu também através da aquisição de outros grandes players do mercado.

Em 2006, adquiriu a Merrill Lynch Investment Management, o que permitiu a expansão de sua rede de varejo e lhe deu mais alcance global. Em 2009, comprou a operação da Barclay’s Global Investors (BGI), já na época se tornando a maior asset do mundo.

A BlackRock é detentora da marca iShares, famosa coleção de fundos listados em bolsas de valores ao redor do mundo e referência global no segmento. A iShares é em grande parte responsável pela popularização dos ETFs dentre os investidores comuns, tanto no Brasil quanto no exterior.

ETFs são fundos que funcionam como pacotes temáticos de investimentos negociados em pregão que facilitam a vida do investidor na hora de escolher os ativos de seus portfólios. ETFs popularizados pela iShares incluem:

👉🏼 S&P 500 (principal índice da Bolsa de Nova York)

👉🏼 Emerging Markets (que permitiu fácil acesso a mercados emergentes)

👉🏼 Small Caps (para investimentos em pequenas empresas listadas com imenso potencial de crescimento),

👉🏼 Além dos específicos para China, Índia, Coreia do Sul, África do Sul e Europa (mercados dificilmente acessados por investidores de varejo).

A lista de ETFs da BlackRock é realmente impressionante. Caso queira consultá-la, está disponível aqui. São literalmente centenas de opções!

Hoje, a BlackRock tem aproximadamente US$ 10 trilhões sob gestão. Isso mesmo, DEZ TRILHÕES de dólares. A segunda e a terceira colocadas, Vanguard e Fidelity, têm respectivamente mais de US$ 7 trilhões e mais de US$ 4 trilhões.

Em comparação, a maior gestora do Brasil, a BB Asset Management, tem R$ 1,4 trilhão sob custódia (equivalentes a menos de US$ 300 bilhões ou cerca de trinta vezes menos que a BlackRock). Em um ranking a global, a BB Asset não entra nem nas 100 primeiras.

BlackRock e Conexão Investidor: essa é uma parceria que você não pode perder

Na última semana, uma aposta foi tema de discussão nas redes sociais da Faz Capital: A BlackRock vem colocando suas fichas no Japão. A maior gestora da Terra, com mais de US$ 10 trilhões sob gestão, tem destacado diversos motivos que podem justificar a exposição dos investidores ao país.

Isso porque o principal índice de ações do Japão, o Nikkei 225, fechou no patamar mais alto dos últimos 34 anos na última semana. A valorização já chega a 14% nos primeiros 45 dias de 2024, e dá sequência ao rali de mais de 28% que atingiu em 2023.

Para a BlackRock, o brilho da bolsa japonesa vai se repetir este ano.

E essa é apenas uma das suas teses atuais. Sabendo disso, não poderíamos ignorar a potência de conhecimento que os especialistas da maior gestora do mundo poderiam passar a você.

Agora, temos uma ótima notícia: BlackRock é presença confirmada no Conexão Investidor! A Segunda Edição do evento contará com a presença de Nicolas Gomez, Head de ETFs, investimentos em índices e produtos da BlackRock para América Latina, e Cristiano Castro, Diretor do segmento wealth da BlackRock Brasil.

Nos dias 19 e 20 de março você assistirá a edição do evento mais aguardado do ano.

conexão investidor 2

Naturalmente, tamanho não é documento e o investidor não deve escolher uma asset a quem confiar seu dinheiro com base no AUM, o patrimônio sob gestão. Deve, sim, se atentar aos quesitos mencionados ali acima e tomar decisões informadas, seja por meio de pesquisa própria ou com o suporte de profissionais especializados do mercado financeiro. 

 

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O que é payroll e quando é divulgado? https://fazcapital.com.br/o-que-e-payroll-e-quando-e-divulgado/ Wed, 28 Feb 2024 14:00:46 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=24353 Payroll é aquela palavra que, se você já é um pouco íntimo do mercado, ouve o tempo inteiro. Mas, afinal, o que é isso e como ele pode impactar seus investimentos? O payroll é um dos principais indicadores econômicos do mercado financeiro, justamente por ser considerado como um termômetro da economia norte-americana. Vamos entender sua […]

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Payroll é aquela palavra que, se você já é um pouco íntimo do mercado, ouve o tempo inteiro. Mas, afinal, o que é isso e como ele pode impactar seus investimentos?

O payroll é um dos principais indicadores econômicos do mercado financeiro, justamente por ser considerado como um termômetro da economia norte-americana. Vamos entender sua relevância e como interpretar da melhor forma? Confira a seguir!

O que é o payroll

O Payroll, também chamado de Nonfarm Payroll, é um indicador que trata da folha de pagamentos não-agrícola norte-americana. O dado inclui toda força de trabalho, excluindo o setor primário, e mede quantas pessoas estão empregadas e recebem salário nos Estados Unidos. 

A divulgação é feita pelo Bureau of Labor Statistics, e faz parte de um importante relatório sobre a situação de empregos do país, já que considera cerca de 80% dos trabalhos que servem para o cálculo do PIB dos EUA

Com ele também conseguimos analisar dados que contribuem para uma análise completa do nível de emprego do país. Dois exemplos:

  • Quantos empregos foram criados no último mês;
  • Quanto a taxa de desemprego aumentou.

Os principais indicadores divulgados com o payroll

A seguir estão alguns indicadores divulgados juntamente com o payroll que também possuem grande relevância e merecem a atenção de todo investidor:

1⃣ Ganho médio por hora trabalhada (mensal ou anual)

Indica a variação da taxa básica média horária das principais indústrias – a inflação dos custos trabalhistas. Esses números nos passam uma boa noção do crescimento da renda pessoal durante o mês ou ano. Valores acima do esperado são considerados positivos para o dólar, e vice-versa.

2⃣ Balança Comercial

O Índice da Balança Comercial mede a diferença entre exportações e importações. Dados de exportações podem refletir o crescimento da economia do país. Já os dados de importações podem indicar uma maior demanda doméstica. Pense que, para pagar as exportações do país, os estrangeiros precisam comprar a moeda nacional, tendo um efeito considerável sobre o dólar. Valores acima ao esperado também são considerados positivos para a moeda.

3⃣ Taxa de Desemprego

A taxa de desemprego é medida do percentual da força de trabalho total que está desempregada – em idade ativa – mas que procurou emprego nos últimos 30 dias. Um valor acima ao esperado pode significar fraqueza para o mercado de trabalho nos EUA e atinge negativamente o dólar.

 

A interpretação do dado faz toda a diferença

Como já comentamos, o payroll serve como um termômetro da economia americana. 

➡ Um dado que venha acima das expectativas pode significar que há mais americanos empregados. 

➡ Já um número que fica atrás do que os especialistas previram significa que a economia está mais desaquecida do que se esperava.

A economia americana está no topo das que mais influenciam outros mercados. Devido ao nosso mundo globalizado, com as economias interligadas, um indicador importante da maior potência econômica exerce grande interferência na política monetária de outros países.

Há alguns meses o payroll vem surpreendendo os analistas. Atualmente, estamos inseridos em um cenário de expectativa de corte do juro americano. Após todos os estímulos decorrentes da crise pandêmica, o mundo sofreu com a inflação – e nos Estados Unidos não foi diferente.

O juro americano entre 2021 e 2023 foi elevado até o seu maior patamar em quatro décadas, com o propósito de desestimular a economia. A grande questão é que os EUA seguem com uma economia mais resiliente do que o previsto, e isso faz o Federal Reserve adiar cada vez o início do ciclo de cortes por lá.

Parte dessa interpretação do Fed vem justamente do payroll, que já há algumas divulgações mostra que a situação empregatícia do país está melhor do que o esperado.

Portanto, se você percebeu que o mercado ficou “mal humorado” após a divulgação do payroll, mesmo com um dado melhor do que os analistas previram, saiba que muito provavelmente tenha a ver com as expectativas frustradas de o Banco Central prolongar ainda mais o aperto monetário.

Quando o payroll é divulgado?

Ficar atento ao calendário econômico é essencial para se preparar em dias de Payroll. 

Ele é divulgado normalmente na primeira sexta-feira do mês – esporadicamente na segunda sexta-feira – às 8:30h pelo horário de Washington (EUA). E como estamos uma hora adiantados em relação à Washington, esse horário corresponde às 9:30 pelo horário oficial de Brasília.

Também é importante destacar que em dias de divulgação do payroll o mercado estará sensível e alvo de alta volatilidade. Após alguns segundos da liberação do dado, inclusive, o reflexo já é sentido por todo o mercado.

⚠ Lembre-se de nunca analisar o indicador separadamente. Quanto se trata da agenda econômica, o contexto é sempre importante para uma boa percepção da situação do mercado.

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Juro americano: o que os cortes nas taxas de juros dizem sobre onde investir https://fazcapital.com.br/juro-americano/ Wed, 21 Feb 2024 14:00:03 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=23688 Expectativas. É quase completamente com base em expectativas futuras que os mercados funcionam no dia a dia. E com o juro americano não é diferente. Nos últimos meses, as expectativas mais comentadas se deram em torno do Federal Reserve. O Fed é o Banco Central dos Estados Unidos e o responsável pela política monetária do país. […]

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Expectativas. É quase completamente com base em expectativas futuras que os mercados funcionam no dia a dia. E com o juro americano não é diferente.

Nos últimos meses, as expectativas mais comentadas se deram em torno do Federal Reserve. O Fed é o Banco Central dos Estados Unidos e o responsável pela política monetária do país. Bem, desde o fim da pandemia, quando bilhões de dólares foram injetados na economia americana, a instituição tem um trabalho claro: combater a alta dos preços, causada pelos estímulos de 2020 e 2021.

Quem acompanha minimamente o mercado também sabe que o juro americano está na sua máxima em 4 décadas. E é aí que volta o papo das expectativas…

Todos estão esperando o Fed iniciar o ciclo de corte do juro. Mas ninguém sabe exatamente quando será; e se tem uma coisa que o mercado odeia, é ficar no escuro.

Independentemente do mês que o juro por lá vai começar a cair, o investidor precisa ficar atento em como o mercado vai se comportar. E é exatamente o que você vai encontrar a seguir.

 

Vale investir com base na história?

O corte no juro vem, isso é certo. E a maior dica deste artigo surge agora: pare de se preocupar tanto com o quando e se desapegue das oscilações exageradas do mercado.

Você não precisa mudar de ideia a cada dado e indicador novo que sai da economia americana.

Prepare-se para o que é unânime: a queda do patamar do juro americano.

Dito isso, a Schroders, uma empresa multinacional britânica de gerenciamento de ativos, estudou 22 períodos de redução de taxas, que remontam a 1928. Basicamente eles concluíram que se as tendências prevalecentes se mantiverem, poderemos esperar um bom ano para o mercado acionário.

Historicamente, nos 12 meses após o Fed iniciar a trajetória de queda do juro, as ações dos EUA registaram um retorno médio de 11 pontos percentuais superior à inflação e 6 pontos percentuais superior aos treasuries.

E , como comentamos, os juros americanos serão reduzidos em 2024, mas o timing está em aberto. Exatamente por isso, ainda veremos oscilações e volatilidade no cenário e nos preços dos ativos no curto prazo.

 

Nada de memória curta… relembre como foi em 2023

Vamos ser sinceros: o  Federal Open Market Committee (FOMC) passou o ano com severos problemas na comunicação.

E como quase todo investidor e espectador notou, os problemas durante 2023 não ajudaram nesse diálogo.

O ano foi marcado por choques relevantes, com uma breve crise financeira logo no 1º semestre. Vimos a quebra do First Republic Bank e do Silicon Valley Bank, a segunda e terceira maior quebra bancária dos Estados Unidos, respectivamente.

➡ Downgrade da dívida soberana americana, que veio à tona no 3º trimestre

➡ Múltiplas incertezas na evolução das variáveis fiscais americanas, nisso incluindo o cronograma de emissões do Tesouro americano

➡ Um cenário externo conturbado.

Todos esses são fatores que conspiraram para uma grande volatilidade da estrutura fiscal, monetária e política dos Estados Unidos.

Mas, ainda que variáveis externas tenham contribuído, quase todos os problemas mais graves que acompanhamos derivaram da própria condução da política monetária. Sim, Jerome Powell, presidente do FOMC, foi o verdadeiro protagonista da novela americana.

O comportamento da economia e do mercado de trabalho também se manteve forte em 2023. A cada novo dado divulgado, deixava os analistas boquiabertos. A expansão do PIB ao redor de 2,5% e o desemprego encerrando o ano em 3,7% surpreenderam.

Veja bem, em época de aperto monetário, espera-se, no fim do ciclo, que a economia dê sinais de enfraquecimento, afinal, se desestimula uma economia justamente para combater a alta generalizada dos preços. E isso demorou mais que o previsto.

Aprenda mais sobre como escolher ativos globais no vídeo:

A inflação em trajetória inconsistente com a tentativa de cumprimento da meta acabou criando um cenário de repetidas contestações à atuação do FOMC. E foi nesse momento que os ruídos da instituição com o mercado se mostraram cada vez mais frequentes.

Nos últimos meses do ano passado, a comunicação ficou um pouco mais clara e agressiva. Jerome Powell comentou que o juro americano começará a cair muito antes da inflação atingir a meta, reconhecendo, também, que o timing desses cortes já estaria em discussão. 

O mercado entendeu que o juro americano começará a cair já no 1º semestre de 2024 (e, potencialmente, ao final do 1º trimestre do ano), mas resta observar, nos dados, razões para uma mudança tão brusca de avaliação.

 

Redução do juro americano e uma incógnita no ar?

2024 chegou e com ele alguns sinais de redução do crescimento e da inflação, mas nada que corrobore a drástica mudança de visão do FOMC notável em dezembro de 2023.

Ao final de 2023, foi precificado 85% de chance de o corte nos juros iniciar em março deste ano, com quase 20% de chance do primeiro movimento ocorrer na reunião do FOMC de janeiro. Mas quem tenta acertar o timing não tem dormido muito bem.

Com os sinais de uma inflação um pouco mais elevada do que o ideal, e a resiliência nos indicadores de atividade, incluindo o de mercado de trabalho, alguns ajustes na comunicação novamente foram feitos pelos membros do FOMC.

O corte de juro em janeiro deixou de ser esperado logo na virada do ano e, agora, se discute 40% de chance de os juros começarem a cair em março. Powell, em seu discurso de 31 de janeiro, logo após o anúncio de manutenção do juro, manteve um tom duro, comunicando que o foco da instituição é levar a inflação à meta – e como bem sabemos, isso não vai acontecer em poucos meses.

Para falar a verdade, independentemente dos próximos passos da condução da política monetária do país, é difícil ver a inflação atingindo a meta antes do final de 2025, ainda que se mantenha em trajetória declinante.

Agora, resta entender que oportunidades no mercado acionário vão se tornar cada vez mais claras, apesar da volatilidade do ano, tanto interna como externa.

A lista de preocupações para 2024 cresceu?

A piora do cenário geopolítico global, especialmente nas questões do Leste Europeu e do Oriente Médio, não é bem uma novidade para o investidor, e continuará sendo um ponto de tensão para a condução da política econômica americana – tanto na seara monetária como na seara fiscal. Os conflitos do Oriente Médio vão continuar pressionando as cotações do petróleo, por exemplo. 

Em paralelo, a eleição presidencial deste ano talvez seja a mais esperada em décadas. Tudo se encaminha para um novo embate entre Biden e Trump. Com um governo errático e percebido – tanto dentro como fora dos Estados Unidos – como fraco, Biden não parece estar em posição vantajosa na disputa.

O fato é que o mundo olha com atenção para o resultado desta eleição, para a postura do FOMC nos próximos meses, e para os riscos fiscais da maior economia do mundo.

Você? Bem, como falamos no início, prepare-se para uma reversão do cenário da economia americana, e atente-se para os movimentos de diversas empresas que já foram percebidos na última temporada de resultados.

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INVESTIR 2024 |Como montar uma carteira em meio ao caos global nonadult
Como o banco ganha dinheiro? https://fazcapital.com.br/como-o-banco-ganha-dinheiro/ Fri, 19 Jan 2024 14:00:37 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=21658 R$ 25 bilhões foi o lucro dos quatro grandes bancos brasileiros listados na Bolsa de Valores (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander e Bradesco) no terceiro trimestre de 2023. Quer saber de onde vem todo esse dinheiro? Continue a leitura e descubra como o banco ganha dinheiro! 1️⃣ Como o banco ganha dinheiro com empréstimos? […]

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R$ 25 bilhões foi o lucro dos quatro grandes bancos brasileiros listados na Bolsa de Valores (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander e Bradesco) no terceiro trimestre de 2023. Quer saber de onde vem todo esse dinheiro? Continue a leitura e descubra como o banco ganha dinheiro!

1⃣ Como o banco ganha dinheiro com empréstimos?

A principal forma como o banco ganha dinheiro é com a cobrança de juros sobre os empréstimos concedidos. As taxas de juros variam de acordo com o tipo de empréstimo, o risco associado ao tomador e as condições econômicas gerais.

Tipo de Empréstimo Taxa de Juros Média
Empréstimos Pessoais 20% a 40% ao ano
Financiamento Imobiliário 7% a 12% ao ano
Empréstimos Empresariais 10% a 18% ao ano

Spread Bancário

Assim como em outros países, os bancos no Brasil lucram com o spread bancário, a diferença entre a taxa de juros que pagam para captar recursos e a taxa que cobram ao emprestar.

O spread bancário refere-se à diferença entre as taxas de juros que os bancos cobram ao conceder empréstimos e financiamentos e as taxas que pagam aos investidores pelos recursos captados.

A fórmula básica é:

Spread bancário = taxa de aplicação – taxa de captação

Em termos mais simples, é a margem de lucro que as instituições financeiras obtêm nas transações financeiras.

A concorrência no setor bancário pode influenciar o spread. Em mercados mais competitivos, os bancos podem reduzir suas margens para atrair clientes, beneficiando consumidores com opções mais vantajosas.

Tendo em vista a relação do spread com a taxa Selic, a evolução do spread bancário no Brasil mostra uma tendência de queda entre 2017 e 2020, seguida por um aumento a partir de 2021. Fatores macroeconômicos, como a pandemia de COVID-19 e variações na taxa Selic, contribuíram para essas mudanças.

Por que o spread bancário no Brasil é tão alto?

🔺Inadimplência Elevada

O alto volume de inadimplência no país contribui para a elevação do spread, pois os bancos aumentam as taxas para compensar os prejuízos potenciais.

🔺 Concorrência Limitada

A concentração bancária, com poucas instituições no mercado, reduz a competição, proporcionando menos incentivo para a diminuição do spread.

🔺Riscos Macroeconômicos

Problemas estruturais e macroeconômicos, incluindo os riscos envolvidos nas operações, contribuem para a manutenção de um spread elevado.

Agora que já entendemos como funciona o lucro dos bancos com as operações de empréstimos, vamos às demais formas de receita dos bancos.

 

2⃣Como o banco ganha dinheiro com anuidades e pacotes de serviços?

Os bancos ganham dinheiro com anuidades de cartões e pacotes de serviços por meio da cobrança de taxas e tarifas associadas a esses produtos. Vamos analisar como isso ocorre:

Tarifas de Manutenção de Conta

Alguns pacotes de serviços bancários incluem tarifas mensais para a manutenção da conta corrente. Essas tarifas são cobradas independentemente do uso efetivo dos serviços incluídos no pacote.
Aqui estão as médias, de acordo com o Banco Central:

Pacote padronizado de serviços I R$ 14,60
Pacote padronizado de serviços II R$ 24,00
Pacote padronizado de serviços III R$ 32,00
Pacote padronizado de serviços IV R$ 49,50

Serviços Específicos

Pacotes podem oferecer serviços específicos, como talões de cheques, transferências ilimitadas, extratos detalhados, entre outros. Cada serviço adicional ou ilimitado dentro do pacote pode ter uma tarifa específica.

Para você ter uma ideia, essas são as tarifas médias cobradas pelos bancos tradicionais no Brasil para alguns serviços:

⦁ Fornecimento de 2º via de cartão com função débito: R$ 10,49
⦁ Saque de conta de depósitos à vista e de poupança: R$ 4,16
⦁ Transferência por meio de TED eletrônico: R$ 11,80
⦁ Fornecimento de extrato de um período da conta corrente e poupança: R$ 3,40

Cartões de Débito e Crédito

Outra forma como o banco ganha dinheiro é com os cartões oferecidos aos clientes. Alguns pacotes incluem cartões de débito e/ou crédito com anuidades diferenciadas. Os bancos ganham tanto com as anuidades quanto com as transações realizadas pelos clientes.

A anuidade do cartão básico nacional, cobrada a cada 365 dias, custa em média R$ 73,20 no Brasil, de acordo com o Banco Central. Já o fornecimento de de 2ª via de cartão com função crédito fica em torno de R$ 8,50.

Os bancos geram receita com anuidades de cartões e pacotes de serviços por meio de taxas e tarifas associadas a esses produtos, bem como por meio de serviços adicionais e transações realizadas pelos clientes. Essas receitas contribuem para a sustentabilidade e rentabilidade das instituições financeiras.

Mas você pode escolher não pagar essas tarifas!

A XP oferece uma conta digital acessível por meio do aplicativo, sem taxas de abertura ou manutenção. Com atendimento disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, a conta proporciona a realização de diversas operações sem custos adicionais, como:

⦁ Pagamentos de contas
⦁ Quitação de faturas do cartão
⦁ Transações ilimitadas e gratuitas via PIX e TED
⦁ Recebimento de salário
⦁ Cartão de débito
⦁ Quatro saques gratuitos por mês na rede Banco24h
⦁ Débito automático de contas

Abra sua conta aqui.

 

3⃣Como o banco ganha dinheiro com taxas para comerciantes?

Os bancos também encontram uma fonte significativa de receita por meio das taxas cobradas de comerciantes em diversas operações. Essas taxas, muitas vezes imperceptíveis para os consumidores finais, desempenham um papel crucial na lucratividade das instituições financeiras. Vamos explorar como o banco ganha dinheiro com as taxas cobradas de comerciantes no Brasil.

Taxas de Antecipação de Recebíveis

Ao oferecer a opção de antecipar os recebíveis das vendas realizadas por cartões de crédito, os bancos aplicam taxas proporcionais ao prazo escolhido pelo comerciante. Essa antecipação permite ao comerciante ter acesso mais rápido aos fundos, mas gera receita para o banco por meio das taxas cobradas.

Taxas de Maquininha de Cartão

A utilização de maquininhas de cartão para transações eletrônicas resulta em taxas para os comerciantes. Além das taxas sobre as transações, os bancos podem cobrar aluguel ou manutenção desses dispositivos, contribuindo para sua receita.

Taxas de TED e DOC

Tansações eletrônicas, como Transferências Eletrônicas Disponíveis (TED) e Documentos de Crédito (DOC), envolvem custos para os comerciantes. Os bancos aplicam taxas sobre essas operações, adicionando uma fonte adicional de receita às suas operações.

Tarifas Bancárias

Bancos costumam cobrar tarifas mensais de manutenção de conta para clientes comerciais, oferecendo uma variedade de serviços inclusos. Essas tarifas, muitas vezes escalonadas com base no volume de transações, contribuem significativamente para os resultados financeiros dos bancos.

Taxas de Emissão de Boletos

Comerciantes que emitem boletos para seus clientes também estão sujeitos a taxas bancárias. Os bancos cobram pela emissão e processamento desses documentos, adicionando mais uma fonte de receita à equação.

Se você quer vender com a taxa mais vantajosa do mercado e sem aluguel, conheça a Faz Cash, a maquininha que faz mais por você do que todas as outras.

 

4⃣Como o banco ganha dinheiro com investimentos e gestão patrimonial?

Taxas de Administração de Fundos

Uma das principais formas como o banco ganha dinheiro é com a gestão de fundos de investimento. Ao oferecer uma variedade de fundos, como fundos de renda fixa, multimercado e de ações, os bancos aplicam taxas de administração sobre o patrimônio total gerido. Essas taxas são proporcionais ao valor investido e representam uma receita recorrente para as instituições.

Comissões sobre Operações de Compra e Venda de Ativos

Auando os clientes realizam transações de compra e venda de ativos, como ações e títulos, os bancos aplicam comissões sobre essas operações. Essas taxas, muitas vezes proporcionais ao volume negociado, contribuem diretamente para os resultados financeiros do banco.

Distribuição de Produtos de Terceiros

Além dos produtos próprios, os bancos oferecem uma ampla gama de investimentos de terceiros, como títulos de renda fixa, previdência privada e seguros. Ao atuar como intermediários na distribuição desses produtos, os bancos recebem comissões e taxas de parceiros, aumentando sua receita.

Os bancos capitalizam a partir da prestação de serviços financeiros e de gestão patrimonial aos seus clientes. A diversificação dessas fontes de receita contribui para a estabilidade financeira das instituições e destaca a importância dos serviços bancários na construção e proteção do patrimônio dos investidores.

No entanto, queremos que você saiba a verdade: seu banco preferido nem sempre é o melhor para o seu dinheiro. Muitos brasileiros investem todos os dias em cinco fundos muito conhecidos, que estão entre os piores fundos de investimento do país. Alguns deles nem conseguem bater o CDI.

Os piores fundos cobram caro para fazer uma coisa simples: comprar título público, ou o famoso Tesouro Selic. Quem investiu R$ 50 mil em um fundo assim 1996 poderia ter mais de UM MILHÃO, mas agora tem só R$ 165 mil.

Clique aqui e tenha acesso à lista dos 120 piores fundos de renda fixa do Brasil, que não proporcionam retornos significativos. 

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Conheça os 10 filmes de Natal com maior bilheteria https://fazcapital.com.br/filmes-de-natal-com-maior-bilheteria/ Fri, 15 Dec 2023 14:00:22 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=18492 A temporada de Natal é uma mina de ouro para a indústria cinematográfica. Os filmes natalinos não são apenas uma tradição, mas também uma oportunidade lucrativa para os estúdios. O sucesso desses filmes não se baseia apenas na qualidade da narrativa, mas na capacidade de evocar sentimentos de nostalgia, família e alegria. Se você quer […]

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A temporada de Natal é uma mina de ouro para a indústria cinematográfica. Os filmes natalinos não são apenas uma tradição, mas também uma oportunidade lucrativa para os estúdios. O sucesso desses filmes não se baseia apenas na qualidade da narrativa, mas na capacidade de evocar sentimentos de nostalgia, família e alegria. Se você quer conhecer os 10 filmes de natal com maior bilheteria, continue lendo!

O retorno consistente de filmes como “Esqueceram de Mim” e “O Grinch” mostra como a fórmula mágica do Natal pode resultar em uma receita de sucesso ano após ano. Este é o verdadeiro “caminho do dinheiro” na indústria cinematográfica natalina – uma mistura habilidosa de emoções, tradição e inovação.

De acordo com Box Office Mojo by IMDbPro, estes são os filmes de natal com maior bilheteria:

10. Meu Papai É Noel 2 (2002)

Em “The Santa Clause 2”, Tim Allen reprisa seu papel como Scott Calvin, que agora é Papai Noel. Com a proximidade do Natal, Scott descobre que precisa encontrar uma esposa para continuar sendo o bom velhinho. Enquanto lida com essa nova responsabilidade, ele também enfrenta o desafio de lidar com seu filho Charlie, que está na lista travessa e se metendo em problemas.

“Meu Papai É Noel 2” é uma continuação que mantém o espírito natalino e a comédia leve do original. Tim Allen mais uma vez encanta como Papai Noel, enquanto a história adiciona uma camada de romance e moralidade natalina, tornando-o uma escolha agradável para as festividades.

O filme recebeu críticas mistas, com elogios para a performance de Tim Allen, mas algumas críticas pela trama previsível. A obra explora temas de família, aceitação e equilíbrio entre as responsabilidades familiares e natalinas.

  • Título original: The Santa Clause 2
  • Ano de lançamento: 2002
  • Direção: Michael Lembeck
  • Gênero: comédia, drama, fantasia
  • Duração: 104 minutos
  • Orçamento: US$ 65 milhões
  • Bilheteria mundial: US$ 173 milhões 

 

9. Meu Papai É Noel (1994)

“Meu Papai É Noel” segue a história de Scott Calvin, interpretado por Tim Allen, um homem que, acidentalmente, se torna o novo Papai Noel após o atual cair do telhado de sua casa na véspera de Natal. Scott relutantemente aceita seu novo papel e descobre que ser o bom velhinho envolve mais do que ele inicialmente imaginava. A história é centrada na relação entre Scott e seu filho Charlie, enquanto ambos aprendem a valorizar o verdadeiro espírito natalino.

Tim Allen trouxe sua comédia única para o papel de Scott Calvin, proporcionando uma mistura de humor e coração ao personagem do Papai Noel.O filme tornou-se um clássico natalino, apreciado por gerações de espectadores durante a temporada de festas.

“Meu Papai É Noel” é um conto natalino encantador que captura a magia da época de maneira única. A performance cativante de Tim Allen e a narrativa calorosa fazem deste filme uma escolha querida para famílias e entusiastas de filmes natalinos. A história atemporal e o toque de humor tornaram este filme um clássico do gênero.

  • Título original: The Santa Clause
  • Ano de lançamento: 1994
  • Direção: John Pasquin
  • Gênero: comédia, drama, fantasia
  • Duração: 97 minutos
  • Orçamento: US$ 22 milhões
  • Bilheteria mundial: US$ 191 milhões

 

8. O Amor Não Tira Férias (2018)

“O Amor Não Tira Férias” é uma comédia romântica que segue a história de duas mulheres, Amanda e Iris, que decidem trocar de casas durante as férias de Natal para escapar de problemas pessoais. Enquanto estão em destinos diferentes (Los Angeles e Inglaterra), ambas encontram novos romances que transformam suas vidas de maneiras inesperadas.

O filme recebeu críticas mistas, com elogios ao elenco e à atmosfera encantadora, mas algumas críticas em relação à previsibilidade da trama. A produção contou com locações encantadoras em Los Angeles e na Inglaterra, contribuindo para a atmosfera natalina do filme. A trilha sonora de Hans Zimmer complementa as emoções e o charme romântico da narrativa.

“O Amor Não Tira Férias” é uma comédia romântica leve e encantadora, perfeita para a temporada de festas, que destaca a magia dos encontros inesperados e das segundas chances no amor.

  • Título Original: The Holiday
  • Ano de Lançamento: 2006
  • Direção: Nancy Meyers
  • Gênero: comédia romântica
  • Duração: 138 minutos
  • Orçamento: US$ 85 milhões
  • Bilheteria mundial: US$ 206 milhões 

 

7. Um Duende Em Nova York (2003)

“Elf” conta a história de Buddy, um humano criado por elfos no Polo Norte que descobre sua verdadeira identidade e parte para Nova York em busca de seu pai biológico, Walter Hobbs. Buddy, com seu espírito natalino e ingenuidade, enfrenta os desafios da vida na cidade grande enquanto tenta conectar-se com seu cético pai e difundir a alegria do Natal.

O filme foi bem recebido pela crítica e pelo público, elogiando a performance de Will Ferrell, o humor leve e a mensagem natalina. A interpretação de Will Ferrell como Buddy tornou-se uma das performances mais memoráveis do ator e um ícone do espírito natalino. “Elf” desenvolveu um status cult e tornou-se uma escolha popular para a temporada de festas.

“Elf” é uma comédia natalina que aquece os corações com sua mistura de humor, inocência e celebração do espírito natalino. A direção de Jon Favreau e a performance carismática de Will Ferrell elevaram o filme ao status de clássico moderno, garantindo seu lugar como uma escolha obrigatória para as festividades de fim de ano. A mensagem de alegria, aceitação e amor ressoa duradouramente, tornando “Elf” uma joia da temporada de Natal.

  • Título original: Elf
  • Ano de lançamento: 2003
  • Direção: Jon Favreau
  • Gênero: comédia, fantasia
  • Duração: 97 minutos
  • Orçamento: US$ 33 milhões 
  • Bilheteria mundial: US$ 227 milhões

 

6. O Expresso Polar (2004)

“The Polar Express” é uma adaptação cinematográfica do livro infantil homônimo escrito por Chris Van Allsburg. O filme segue um jovem garoto que embarca em uma jornada mágica para o Polo Norte a bordo do misterioso Expresso Polar na véspera de Natal. Durante a viagem, ele encontra personagens inusitados e descobre o verdadeiro significado do espírito natalino.

O filme recebeu críticas geralmente positivas, elogiando a animação inovadora e a atmosfera mágica, embora algumas críticas tenham se concentrado na estética digital.

“O Expresso Polar” foi um dos primeiros filmes a usar a técnica de captura de movimento para criar personagens digitais realistas. Tom Hanks desempenha vários papéis principais, contribuindo para a singularidade das vozes dos personagens. O filme recebeu indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Canção Original (“Believe”) e Melhor Som.

“O Expresso Polar” é uma aventura natalina que transporta os espectadores para um mundo de maravilhas animadas. A direção visionária de Robert Zemeckis e a trilha sonora envolvente de Alan Silvestri contribuem para criar uma experiência cinematográfica encantadora e atemporal durante a temporada festiva.

  • Título original: The Polar Express
  • Ano de lançamento: 2004
  • Direção: Robert Zemeckis
  • Gênero: animação, aventura
  • Duração: 100 minutos
  • Orçamento: US$ 165 milhões
  • Bilheteria mundial: US$ 317 milhões

 

5. Os Fantasmas de Scrooge (2009)

“A Christmas Carol” é uma adaptação animada do clássico conto de Charles Dickens sobre Ebenezer Scrooge, um homem avarento que é visitado por três fantasmas do Natal. Esses espíritos mostram a Scrooge seu passado, presente e futuro, buscando redimir sua alma e restaurar o verdadeiro espírito natalino em seu coração.

O filme recebeu críticas mistas, com elogios à técnica inovadora de captura de movimento, mas algumas críticas em relação à adaptação e tom sombrio.

O filme utiliza a tecnologia de captura de movimento, permitindo que os atores interpretem vários personagens. Jim Carrey, por exemplo, desempenha os papéis de Scrooge e os três fantasmas, demonstrando sua versatilidade como ator.

  • Título original: Disney’s A Christmas Carol
  • Ano de lançamento: 2009
  • Direção: Robert Zemeckis
  • Gênero: animação, drama
  • Duração: 96 minutos
  • Orçamento: US$ 200 milhões
  • Bilheteria mundial: US$ 325 milhões 

 

4. O Grinch (2000)

Dirigido por Ron Howard, “O Grinch” é uma adaptação cinematográfica da clássica história do Dr. Seuss. A trama segue o Grinch, uma criatura verde e mal-humorada que vive isolada em uma montanha, enquanto ele elabora um plano para roubar o Natal da cidade de Whoville. No entanto, durante sua missão, ele encontra a pequena Cindy Lou Who, que tem uma visão mais generosa do espírito natalino.

O filme recebeu críticas mistas a positivas, com elogios à performance de Jim Carrey e à produção visual, embora algumas críticas tenham notado divergências em relação à obra original do Dr. Seuss.

Jim Carrey passou horas diárias na maquiagem para se transformar no Grinch, o que contribuiu para sua atuação expressiva. O filme expande a história original do Dr. Seuss com elementos adicionais para criar uma narrativa mais extensa. O filme ganhou o Oscar de Melhor Maquiagem na 73ª edição do Oscar.

  • Título original: How the Grinch Stole Christmas
  • Ano de lançamento: 2000
  • Direção: Ron Howard
  • Gênero: comédia, fantasia
  • Duração: 104 minutos
  • Orçamento: US$ 123 milhões
  • Bilheteria mundial: US$ 346 milhões

 

3. Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York (1992)

“Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York” é a sequência do clássico filme “Esqueceram de Mim” (1990). Kevin McCallister, interpretado por Macaulay Culkin, embarca no avião errado e acaba sozinho em Nova York durante a época natalina. Enquanto Kevin aproveita a cidade, ele também se depara novamente com os bandidos Harry e Marv, que planejam roubar uma loja de brinquedos. Kevin usa suas artimanhas para frustrar os planos dos ladrões e criar suas próprias aventuras em Nova York.

Assim como o primeiro filme, “Esqueceram de Mim 2” tornou-se um clássico natalino e é frequentemente transmitido durante as festas. Nova York serve como um cenário icônico para as novas aventuras de Kevin, proporcionando uma reviravolta única na história.

“Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York” é uma continuação encantadora que captura novamente a magia e o humor do original. A direção de Chris Columbus e a atuação carismática de Macaulay Culkin contribuíram para o sucesso duradouro deste filme na temporada de Natal.

  • Título original: Home Alone 2: Lost in New York
  • Ano de lançamento: 1992
  • Direção: Chris Columbus
  • Gênero: comédia, aventura
  • Duração: 120 minutos
  • Bilheteria mundial: US$ 359 milhões

 

2. Esqueceram de Mim (1990)

“Esqueceram de Mim” é uma comédia familiar clássica que segue as travessuras de Kevin McCallister, um menino de 8 anos que é acidentalmente esquecido por sua família quando eles partem para as férias de Natal. Com a casa só para ele, Kevin aproveita a liberdade, mas logo descobre que dois ladrões estão planejando roubar sua casa. Determinado a proteger seu lar, Kevin elabora planos engenhosos para afastar os invasores.

O filme recebeu críticas positivas por sua combinação de comédia, emoção e a performance marcante de Macaulay Culkin. “Esqueceram de Mim” tornou-se um fenômeno cultural e um clássico natalino. Macaulay Culkin ganhou reconhecimento e popularidade por sua atuação como Kevin. O filme foi indicado a dois Oscars nas categorias de Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Canção Original (“Somewhere in My Memory” de John Williams).

“Esqueceram de Mim” é uma comédia atemporal que continua a encantar audiências de todas as idades. A combinação de humor inteligente, situações hilárias e mensagens de família fazem deste filme um clássico querido que perdura ao longo das décadas.

  • Título original: Home Alone
  • Ano de lançamento: 1990
  • Direção: Chris Columbus
  • Gênero: comédia
  • Duração: 103 minutos
  • Orçamento: US$ 18 milhões
  • Bilheteria mundial: US$ 477 milhões

 

1. O Grinch (2018)

A animação “O Grinch” é uma nova interpretação do clássico conto do Dr. Seuss. O Grinch, uma criatura verde e rabugenta, decide roubar o Natal da cidade de Whoville para impedir que os moradores celebrem a data com alegria. No entanto, durante sua tentativa de sabotagem, ele se depara com a jovem Cindy-Lou Who, que tem um plano para agradecer ao Papai Noel.

A animação é uma adaptação cinematográfica da história clássica do Dr. Seuss, que também inspirou outros filmes e especiais de TV. Benedict Cumberbatch empresta sua voz única ao personagem do Grinch.

O Grinch (2018) é uma versão moderna e animada que preserva o espírito natalino do conto clássico. Com sua animação vibrante e mensagem atemporal sobre o verdadeiro significado do Natal, o filme oferece uma opção encantadora para públicos de todas as idades durante a temporada festiva.

  • Título original: The Grinch
  • Ano de lançamento: 2018
  • Direção: Scott Mosier, Yarrow Cheney
  • Gênero: animação, comédia
  • Duração: 85 minutos
  • Orçamento: US$ 75 milhões
  • Bilheteria mundial: US$ 539 milhões

 

A magia do Natal ganha vida nos filmes de maior bilheteria, proporcionando não apenas entretenimento, mas uma experiência envolvente que transcende as telas. Desde clássicos atemporais como “Esqueceram de Mim” até adaptações inovadoras como “O Grinch” de 2018, cada filme captura a essência única da temporada festiva.

Vamos à lista completa, do campeão de bilheria ao que vendeu menos:

filmes de natal com maior bilheteria
Fonte: elaboração própria com dados do site Box Office Mojo by IMDbPro

A indústria cinematográfica entendeu que, além da técnica cinematográfica, a verdadeira fórmula para o sucesso reside na capacidade de criar uma conexão emocional através de histórias que evocam sentimentos de nostalgia, família e alegria. Veja o ranking completo:

Ao explorar a diversidade desses filmes, percebemos que o verdadeiro significado do Natal é celebrado de maneiras diversas, unindo audiências em uma experiência compartilhada de encanto e alegria durante essa época especial do ano. Então, prepare-se para se envolver nesse mágico universo cinematográfico natalino e permita que a magia das telas aqueça seu coração nesta temporada festiva.

 

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Vinho nacional: o impacto econômico das vinícolas brasileiras https://fazcapital.com.br/impacto-economico-das-vinicolas-brasileiras/ Fri, 08 Dec 2023 14:00:55 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=17807 Toda conversa fica mais interessante quando o assunto é vinho, concorda? Os amantes da bebida frequentemente elencam seus favoritos pertencentes a cada país, mas poucos sabem de fato impacto econômico das vinícolas brasileiras. O Renascimento da Indústria Vitivinícola Brasileira O fato é que por aqui, essa indústria vem sofrendo uma reviravolta que já deixa muito […]

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Toda conversa fica mais interessante quando o assunto é vinho, concorda? Os amantes da bebida frequentemente elencam seus favoritos pertencentes a cada país, mas poucos sabem de fato impacto econômico das vinícolas brasileiras.

O Renascimento da Indústria Vitivinícola Brasileira

O fato é que por aqui, essa indústria vem sofrendo uma reviravolta que já deixa muito investidor (e bom apreciador da bebida) de olho nas possíveis oportunidades atuais e futuras. Dados da Associação Brasileira de Enologia (ABE) revelam que o consumo de vinhos no país abandonou a timidez e se sobressai no cenário mundial.

Vale a pena mencionarmos os fatores que têm feito o setor se destacar:

1⃣ O consumidor, que antes mal sabia diferenciar um Cabernet de um Merlot, agora está mais versado na arte do vinho.

2⃣ A qualidade da produção brasileira também tem melhorado significativamente.

3⃣ A indústria no país vem investindo em tecnologia, conhecimento enológico, especialização, pesquisa e até mesmo rótulos capazes de rivalizar com os medalhões internacionais.

Diversidade Regional e Práticas Sustentáveis

Além disso, nosso país também possui diversas regiões vinícolas, oferecendo uma ampla gama de perfis e sabores de vinho. As principais são:

  • Vale dos Vinhedos na Serra Gaúcha
  • Campanha Gaúcha
  • São Joaquim
  • Planalto Catarinense
  • Vale do São Francisco na Bahia e Pernambuco

Cada uma possui características únicas de clima, solo e altitude, contribuindo para uma produção de vinhos distintos.

A diversidade do mercado brasileiro também é enriquecida por práticas sustentáveis, vinhos orgânicos e biodinâmicos, enoturismo, inovação e criatividade na produção. Esses elementos complementam o cenário do mercado de vinhos nacionais, demonstrando o potencial contínuo de crescimento e consolidação.

Mudança de Comportamento e Investimentos Recentes

E como quase todo setor no Brasil, as vendas do produto sofrem altos e baixos devido à oscilação no consumo da bebida.

No entanto, essa instabilidade não foi tão crítica, considerando o significativo crescimento durante a pandemia. O país subiu para a 14ª posição no ranking de mercados mais atraentes para vinhos, de acordo com a consultoria Wine Intelligence. Inclusive, o Brasil foi o país que mais cresceu no consumo de vinhos durante a pandemia, e a tendência, no longo prazo, é positiva.

E como já demos um leve spoiler, a mudança no comportamento do consumidor brasileiro foi decisiva para os últimos investimentos nessa indústria.

Nos últimos 12 anos, a população de consumidores regulares de vinho dobrou, chegando a 44 milhões em 2022. As mulheres têm ganhado maior participação nesse cenário, representando 54% dos consumidores regulares.

A presença do vinho também evoluiu nos ambientes, deixando de ser apenas uma bebida que acompanha pratos para se tornar protagonista em bares de todos os estilos. Ou seja, o vinho não é mais visto apenas como uma bebida sofisticada, sendo apreciado cada vez mais em ambientes informais.

A busca por novidades também é um impulsionador do impacto econômico das vinícolas brasileiras. A Evino, por exemplo, explora países menos conhecidos, como Bulgária, Romênia, Marrocos, Líbano e Israel, além de regiões brasileiras menos convencionais.

A busca por rótulos de países do Novo Mundo, como Austrália, África do Sul e Nova Zelândia, também cresce entre os consumidores brasileiros.

Boas notícias ⬆

O segmento de espumantes é mais um que tem experimentado um crescimento notável. Registrou aumento de 2% no mercado nacional e 28% nos importados em 2022. 

E claro, com essa ascensão do consumo, houve uma explosão de interesse pelo mercado. Nos últimos dois anos, mais de 34% de novas importadoras de vinhos foram abertas, totalizando mais de 750 empresas em operação contabilizadas até o fim de 2022.

Nem tão boas notícias ⬇

Contudo, com a alta das taxas de juros e a estabilização do consumo, prevê-se uma queda de aproximadamente 7% no volume de vinhos importados para fechar esse ano de 2023.

Esse cenário gerou uma onda de “aventureiros”. Durante a pandemia, eles decidiram ingressar independentemente no mercado, muitas vezes importando grandes quantidades com rótulos exclusivos.

No entanto, a competição acirrada e a concentração em vinhos superpremium podem representar desafios para esses empreendedores. Essa é uma ameaça à a sustentabilidade do mercado.

Transformação digital e e-commerce no impacto econômico das vinícolas brasileiras

Outra grande mudança no setor veio através do e-commerce, e a relação do brasileiro com o vinho tem transformado esse panorama No geral, as vendas online já representam mais de 25% do total, tornando o Brasil o terceiro maior mercado virtual de vinhos do mundo.

Grandes redes de supermercados também têm investido em espaços dedicados ao vinho, enquanto o consumidor brasileiro, aberto a experimentações, busca por rótulos diferentes e exclusivos.

Em termos monetários, o impacto econômico das vinícolas brasileiras foi de R$ 11 bilhões em 2019, empregando mais de 200 mil pessoas.

O crescimento do mercado interno, o aumento das vendas online e o fortalecimento do comércio varejista são fatores que contribuem para consolidar o Brasil como um player relevante no cenário vitivinícola mundial.

A digitalização também tem desempenhado um papel crucial na vitivinicultura brasileira. O uso de drones e sensores para monitorar e aumentar a eficiência na produção é uma tendência crescente.

Além disso, a digitalização contribui para a rastreabilidade e controle dos processos industriais, promovendo práticas sustentáveis e redução de custos.

Cooperação Global e Reconhecimento Internacional

No cenário global, a troca de experiências entre os mercados brasileiro e europeu revela desafios comuns e soluções compartilhadas. Essa aprendizagem mútua é fundamental para o desenvolvimento sustentável do setor vinícola.

A parceria entre produtores, enólogos e órgãos reguladores é crucial para manter o padrão de qualidade, conquistar reconhecimento internacional e gerar novas fontes de receita.

E como todo bom amante de vinho gostaria de ouvir, impacto econômico das vinícolas brasileiras também eleva a qualidade e a diversidade do vinho brasileiro, conquistando um espaço cada mais notável no cenário internacional. 

A trajetória ascendente do mercado de vinhos no Brasil tem como protagonistas produtores, consumidores e todos os apaixonados por essa bebida que transcende o simples ato de brindar, tornando-se uma experiência única.

Vai um vinho aí? 🍷

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O Impacto do Natal na Economia Brasileira https://fazcapital.com.br/o-impacto-do-natal-na-economia-brasileira/ Thu, 30 Nov 2023 14:00:04 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=16632 65 bilhões de reais. Esse é o montante de dinheiro que o Natal deve movimentar no mercado brasileiro em 2023. Sim, se a importância do Natal para as tradições familiares não pode ser ignorado, tampouco seu impacto na economia do país. Para que você festejar com sua família na noite do dia 24 de dezembro, […]

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65 bilhões de reais.
Esse é o montante de dinheiro que o Natal deve movimentar no mercado brasileiro em 2023. Sim, se a importância do Natal para as tradições familiares não pode ser ignorado, tampouco seu impacto na economia do país.

Para que você festejar com sua família na noite do dia 24 de dezembro, acontece muito mais nos bastidores do que a escolha de embrulhos e a espera pelo Papai Noel. Neste artigo, vamos explorar o impacto do Natal na economia, revelando como essa data não apenas aquece corações, mas também deixa sua marca no mercado brasileiro.

O impacto em 2022

Vamos começar analisando o que rolou no ano passado. Como você deve saber, o Natal é sinônimo de presentes, e isso se traduz em um aumento substancial no consumo. Os consumidores são impulsionados por um espírito generoso, levando a um aumento nas vendas de varejo. Isso não foi diferente em 2022.

As vendas do varejo no Natal de 2022 apresentaram um crescimento significativo, conforme apontado por uma pesquisa realizada pela Cielo. Comparado ao mesmo período de 2021, houve um aumento de 10,5%, com destaque para o e-commerce, que registrou uma alta de 18,4%. O comércio presencial também teve um desempenho positivo, com elevação de 10%.

Os setores de presenteáveis, como cosméticos e livrarias, foram os mais beneficiados. Em termos de desempenho por setor, turismo e transporte lideraram com uma variação de 26,1%, seguidos por cosméticos e higiene pessoal (23,0%), livrarias, papelarias e afins (22,0%), óticas e joalherias (17,0%), e drogarias e farmácias (15,3%).

O varejo paulistano também se destacou, apresentando um crescimento de 25,5% em dezembro, impulsionado pelas compras de Natal, conforme divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 0,7%, enquanto em relação a dezembro de 2019, a alta foi de 2,7%.

O que esperer do Natal de 2023

Já para o Natal deste ano, a previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que as festas devem movimentar mais de R$ 65 bilhões, representando um crescimento de 5,6% nas vendas.

Esse avanço está associado à melhoria nas condições de consumo com a diminuição da inflação, queda da taxa de desemprego e menores juros nas ofertas de crédito para pessoas físicas.

Para atender à demanda criada pela data, a CNC prevê que serão criadas cerca de 110 mil vagas temporárias, o maior contingente de trabalhadores temporários contratados desde 2013. Destas, 14% devem se tornar vagas efetivas quando o Natal passar. No ano passado 12% das vagas temporárias se tornaram efetivas

Vagas temporárias e volume de vendas do varejo para o natal
Fonte: Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

 

Setores com mais venda no Natal

Durante a temporada de Natal, diversos setores costumam registrar altas significativas nas vendas, impulsionadas pelo aumento do consumo e da demanda por produtos específicos. Alguns dos setores que geralmente experimentam crescimento durante o Natal incluem:

  • Roupas e calçados: a compra de roupas e calçados é uma tradição comum durante o Natal, com muitas pessoas buscando presentes e itens para usar durante as festividades.
  • Eletroeletrônicos e tecnologia: produtos eletrônicos, como smartphones, tablets, laptops e dispositivos inteligentes, muitas vezes têm uma demanda elevada devido a promoções especiais e à busca por presentes tecnológicos.
  • Brinquedos e jogos: o setor de brinquedos costuma experimentar um aumento nas vendas, já que os consumidores buscam presentear crianças durante o período festivo.
  • Alimentação e bebidas: supermercados e lojas de alimentos experimentam um aumento nas vendas de alimentos típicos de Natal, bebidas, chocolates e produtos gourmet.
  • Decorações e artigos para casa: itens decorativos, árvores de Natal, enfeites e artigos para casa têm uma demanda crescente à medida que as pessoas preparam suas casas para as festividades.
  • Perfumaria e cosméticos: conjuntos de perfumes, kits de beleza e produtos de cuidados pessoais são populares como presentes de Natal.
  • Livros e papelaria: livros, agendas, e artigos de papelaria são escolhas comuns para presentes, especialmente para aqueles que buscam opções mais personalizadas.

Em linha com o aumento das vendas, os maiores volumes de contratações deverão se concentrar nos ramos de supermercados, lojas de vestuário, acessórios e calçados.

Distribuição das vagas temporárias para o Natal de 2023
Fonte: Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

Enquanto o faturamento do varejo tem aumento médio de 34% nessa época, o aumento médio do faturamento do segmento de vestuário chega a 90%.

O Natal não é apenas uma época de celebração; é um impulsionador econômico vital. Seja pela generosidade dos consumidores, pelas estratégias comerciais inteligentes ou pelo aumento da produção, as festividades natalinas têm um impacto profundo em todos os setores da economia. À medida que as luzes se acendem e as árvores são decoradas, o Natal também ilumina os indicadores econômicos, deixando um legado duradouro no cenário financeiro.

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Howard Marks: livro “O Mais Importante para o Investidor” https://fazcapital.com.br/o-mais-importante-para-o-investidor-livro-de-howard-marks/ Tue, 12 Sep 2023 14:02:48 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=8322 Hoje, vamos compartilhar com você alguns dos ensinamentos mais importantes para os investidores! Todos eles vêm da cabeça de um homem muito especial… Esse homem é Howard Marks, um dos mais longevos, respeitados e inteligentes gestores de investimentos que já existiram. E não somos nós dizendo isso, mas sim diversas outras personalidades do mercado, inclusive Warren […]

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Hoje, vamos compartilhar com você alguns dos ensinamentos mais importantes para os investidores! Todos eles vêm da cabeça de um homem muito especial… Esse homem é Howard Marks, um dos mais longevos, respeitados e inteligentes gestores de investimentos que já existiram.

E não somos nós dizendo isso, mas sim diversas outras personalidades do mercado, inclusive Warren Buffett!

Então presta atenção para conhecer 5 ensinamentos essenciais do livro “O Mais Importante para o Investidor” para você ganhar muito dinheiro no mercado de ações, sem correr riscos exagerados!

QUEM É HOWARD MARKS?

Talvez você não conheça o Howard Marks, mas certamente conhece o Warren Buffett, não é?

E olha só o que o Oráculo de Omaha tem a dizer sobre ele:

“Quando vejo que há memorandos de Howard Marks em meu e-mail, eles são a primeira coisa que abro e leio. Eu sempre aprendo algo…”

E não é para menos: Howard Marks, fundador da Oaktree Capital, é reconhecido mundialmente por sua incrível habilidade no mercado de ações, com várias décadas se destacando como um dos gestores que mais teve retorno na Bolsa de valores americana.

A Oaktree Capital, empresa da qual ele foi fundador, possui hoje 172 bilhões de dólares sob gerenciamento, um patrimônio gigantesco.

E ele compartilhou um pouco de seu conhecimento no livro “O Mais Importante para o Investidor”:

HOWARD MARKS o MAIS IMPORTANTE PARA O INVESTIDOR

O título do livro pode dar a impressão de que existe um insight a ser chamado de “o mais importante”

Porém, esse é um conjunto de 20 lições que foram aprendidas e testadas ao longo da carreira do gestor, e que ele considera “as mais importantes”.

Não podemos falar de uma a uma aqui, então vamos apresentar alguns dos ensinamentos mais importantes de Howard Marks, incorporados nessas lições!

QUAIS OS PONTOS “MAIS IMPORTANTES PARA O INVESTIDOR” PARA HOWARD MARKS?

Confira os 5 ensinamentos mais interessantes do livro “O Mais Importante para o Investidor”, de Howard Marks!

1) Tenha pensamento de segundo nível 

Howard Marks já começa o livro jogando uma verdade dura na sua cara:

Se você quer ser um bom investidor, precisa almejar um retorno acima da média.

Isso porque qualquer um pode ter um retorno na média, é só comprar um ETF que replica o Ibovespa e pronto, sua carteira renderá a média do mercado.

Porém, você não quer isso. Você quer um desempenho acima da média.

E como ir melhor que a média das pessoas no mercado? 

Pensando melhor. E é aí que entra a noção do pensamento de segundo nível.

Olha uns exemplos que ele dá para entender como isso funciona:

  1. Pensamento de primeiro nível: “Essa empresa é boa, vou comprar.”
  2. Pensamento de segundo nível: “Essa empresa é boa, mas não tanto quanto o mercado estima, e por isso ela está supervalorizada. Melhor vender.”

Mais um exemplo:

  1. Pensamento de primeiro nível: “As perspectivas de inflação e juros são ruins, vou vender.”
  2. Pensamento de segundo nível: “As perspectivas são ruins e estão fazendo todos venderem barato. Vou comprar.”

Só mais uma vez, para fixar:

  1. Pensamento de primeiro nível: “O lucro dessa empresa vai cair, vou vender.”
  2. Pensamento de segundo nível: “O lucro dessa empresa vai cair, mas não tanto quanto todos pensam. Por isso, ela provavelmente vai se valorizar. Vou considerar a compra.”

Como deu pra ver, pensamento de segundo nível é identificar não apenas a lógica dos acontecimentos, mas também o efeito que eles causam nos outros investidores, as atitudes que geram, e as oportunidades que abrem.

Tudo no mercado de ações é uma questão de expectativas. O pensador de segundo nível entende as probabilidades e estuda as atitudes dos outros, avaliando se fazem sentido ou não. E é daí que vêm os resultados mais satisfatórios, e acima da média.

2. Entenda e lide com o risco de investir em ações

De acordo com Marks, o risco não é apenas volatilidade, mas sim a probabilidade de perder seu investimento inicial. É isso que tira a calma das pessoas.

Por isso, é possível dizer que investimentos mais arriscados são aqueles para os quais o resultado é menos certo. 

Por isso, para atrair capital, os investimentos mais arriscados devem oferecer a perspectiva de retornos esperados mais elevados. Quando precificados de forma justa, isso ocorre.

Mas não há absolutamente nada que garanta que retornos potenciais mais altos devam se materializar. Assim, maior risco nem sempre é igual a maior recompensa. 

Como diz Marks, as árvores não crescem até o céu e as coisas raramente chegam a zero. Quando todos acreditam que algo é arriscado, seu medo de comprar às vezes pode reduzir seu preço a ponto de não ser arriscado

Um grande exemplo disso é a compra durante uma grande queda do mercado de ações. Embora possa parecer mais arriscado, na verdade, é provável que seja menos arriscado do que comprar no topo.

Por isso, Howard Marks diz para você conhecer os riscos, entender quanto risco está correndo com sua carteira, e alinhar suas expectativas a isso.

E, mais importante: nunca assuma que não está correndo riscos. Você sempre está. Só precisa conhecê-los.

Segundo ele: 

“Assumir riscos sem saber pode ser um grande erro, mas é o que aqueles que compram os títulos que estão ‘na moda’ repetidamente fazem.”

“Por outro lado, a aceitação inteligente do risco reconhecido pelo lucro fundamenta alguns dos investimentos mais sábios e lucrativos – embora (ou talvez devido ao fato de) a maioria dos investidores os descarta como especulações perigosas.”

Essa leitura de risco e a abertura de oportunidades que ele gera tem tudo a ver com o terceiro ponto do livro:

3. Preste atenção à relação Preço e Valor dos seus investimentos

Como já diz o grande Warren Buffett:

“Preço é o que você paga, valor é o que você recebe”

E, no mercado de ações, isso é 100% verdade.

Às vezes, aquela ação queridinha, que sempre aumenta lucros, que paga dividendos bem e que tem um futuro brilhante avaliado pela frente NÃO é o melhor investimento.

E por quê? Justamente porque todo mundo vê como essa empresa é incrível e com boas perspectivas. Esse otimismo faz as pessoas pagarem cada vez mais caro por ações de empresas “de qualidade”. E, às vezes, mesmo elas gerando um valor alto, o preço fica tão absurdamente alto que você fica com mais probabilidade de ver seu investimento cair do que subir.

Comprar o que todos acham bom muitas vezes é uma péssima ideia. Segundo Marks: “Não é comprando coisas boas que obtemos êxito, mas sim comprando bem as coisas”

E, é claro, o mesmo vale para o sentido oposto.

Marks fala sobre uma estratégia para encontrar grandes oportunidades de investimento, e ela pode parecer bem estranha para pessoas que ainda não incorporaram bem a perspectiva de preço-valor…

Aqui está um resumo de sua abordagem. Marks diz para procurar investimentos que sejam:

  • Pouco conhecidos e não totalmente compreendidos
  • Considerados inadequado para “carteiras respeitáveis”
  • Não apreciados, impopulares e não amados
  • Recentemente o tema do desinvestimento, não da acumulação

Por mais estranho que isso possa parecer, é provável que esses investimentos te ofereçam mais possibilidade de retorno, justamente por serem considerados “arriscados” pelo mercado, e estarem com uma relação “preço-valor” favorável.

É claro que isso não garante nada, e investimentos “bons” podem seguir subindo e “ruins” seguir caindo, mas é uma perspectiva interessante de Marks.

4. Entenda os ciclos econômicos

Marks acredita que tudo é governado por ciclos, desde o humor dos investidores até as quedas do mercado de ações. Por isso, Marks fala de duas regras:

  • Regra número um: a maioria das coisas provará ser cíclica.
  • Regra número dois: algumas das maiores oportunidades de ganho e perda surgem quando outras pessoas esquecem a regra número um.

Os investidores supervalorizam as empresas quando elas estão indo bem e as subestimam quando as coisas ficam difíceis. 

Os mercados de investimento seguem uma oscilação semelhante a um pêndulo, entre a euforia e a depressão, entre a celebração de perspectivas positivas e a obsessão com as negativas.

Essa oscilação é uma das características mais confiáveis ​​do mundo dos investimentos, e a psicologia do investidor parece gastar muito mais tempo nos extremos do que em um meio termo.

Há também a sensação de continuidade infinita: quando tudo vai bem, as pessoas acham que as coisas irão bem para sempre. Quando tudo vai mal, todos assumem que as coisas nunca mais serão boas como antes.

Porém, a verdade é que, sempre que o pêndulo está perto de uma das extremidades, mais cedo ou mais tarde é forçado a voltar

De um lado existe o risco de perder dinheiro, do outro, o risco de perder oportunidades. É possível eliminar qualquer um deles quase integralmente, mas não ambos.

Por isso, evite participar desse pêndulo, não deixe suas emoções tomarem conta quando todos estão fazendo algo, e, se conseguir, se aproveite do efeito manada para encontrar barganhas na Bolsa!

5. Dê um pouco de crédito à sorte

Pode parecer estranho dizer isso, mas a sorte tem sim um papel importante no mercado.

Segundo Howard Marks:

“De vez em quando, alguém faz uma aposta arriscada em um resultado arriscado ou incerto e acaba parecendo um gênio. Mas devemos reconhecer que isso aconteceu por causa de sorte e ousadia, não por habilidade”

Boa parte do nosso resultado como investidores está vulnerável ao “lançar dos dados”, e isso é inevitável.

Às vezes, bons investidores terão resultados ruins, e pessoas que não sabem o que estão fazendo vão ter grandes sucessos. Acontece.

Segundo Marks, o que você pode fazer é aumentar as chances da sorte “andar ao seu lado”, fazendo coisas como:

  • Encontre valor no que é possível saber em vez de procurá-lo em expectativas
  • Preste atenção na relação preço-valor
  • Invista de forma defensiva
  • Não siga a manada
  • Exija ver resultados de longo prazo de uma estratégia antes de segui-la

Assim, apesar de parte de sua jornada ser sim aleatória, você estará de braços abertos ao acaso, e saberá que está fazendo o melhor possível, o que vai te trazer paz na hora de investir!

COMO APLICAR OS ENSINAMENTOS DE HOWARD MARKS?

É inegável que essas dicas são muito interessantes para todos os investidores, e aplicar elas pode e vai te ajudar a atingir seus objetivos.

Porém, pode parecer desafiador fazer isso.

Afinal de contas, muitas pessoas querem investir em ações, ter resultados acima da média, mas não se sentem prontas ou confiantes para tomar as decisões por conta própria.

E não tem nada errado nisso. Não é porque você quer investir bem que tem que se tornar um expert no mercado.

E é para te ajudar com isso que a Faz Capital tem um time de renda variável a postos para te auxiliar na construção da carteira ideal!

Todos os ensinamentos que citei aqui são utilizados nas escolhas de investimento que fazemos para nossos clientes, e podem ser aplicados no seu patrimônio também!

Para falar com um dos nossos especialistas, é só apertar nesse link!

E, se quiser comprar o livro “O Mais Importante para o Investidor”, é só apertar aqui!

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MP dos fundos exclusivos: o que muda com mais tributação https://fazcapital.com.br/mp-dos-fundos-exclusivos-o-que-muda-com-mais-tributacao/ Tue, 29 Aug 2023 15:07:07 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=10316 Ontem o governo federal publicou a Medida Provisória 1.184/2023, que prevê taxação de até 22,5% sobre os fundos exclusivos e altera o regramento para taxação de fundos de investimentos. Os fundos exclusivos são primordialmente afetados pela legislação, que está sendo conhecida como “MP dos fundos exclusivos”.   Mas a MP não estabelece novas regras somente para […]

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Ontem o governo federal publicou a Medida Provisória 1.184/2023, que prevê taxação de até 22,5% sobre os fundos exclusivos e altera o regramento para taxação de fundos de investimentos. Os fundos exclusivos são primordialmente afetados pela legislação, que está sendo conhecida como “MP dos fundos exclusivos”.  

Mas a MP não estabelece novas regras somente para os fundos exclusivos. Algumas delas se aplicam igualmente a Fundos de Investimento em Participações (FIP), Fundos de Investimento em Ações (FIA) e Fundos de Investimento em Índice de Mercado (ETF), com exceção dos ETFs de Renda Fixa. Os Fundos de Investimentos Imobiliário (FIIs) e os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) com mais de 500 cotistas, no entanto, não serão atingidos. 

A MP dos fundos exclusivos é um movimento para aumentar a arrecadação de impostos, já que houve aumento da faixa de isenção para quem ganha até R$ 2.640. Anteriormente, a isenção era para até R$ 1.903. 

 

O que é um fundo exclusivo? 

Em resumo, um Fundo de Investimento Exclusivo é uma alternativa para o investidor profissional, que é o único cotista. Por conseqüência, é um instrumento geralmente utilizado por quem tem patrimônio financeiro acima de R$ 10 milhões. 

Eles podem ser abertos, permitindo flexibilidade nos resgates, ou fechados, com prazos definidos para vencimento e resgate. Dessa forma, é bastante utilizado para planejamento de sucessão patrimonial, pois permite a definição antecipada de cotas para os herdeiros. 

 

 

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O que muda com a MP dos fundos exclusivos? 

Atualmente, os fundos exclusivos pagam imposto de renda somente na alienação das cotas. Ou seja, quando o investidor retira o dinheiro aplicado, ele paga conforme a tabela abaixo*: 

TEMPO DE INVESTIMENTO 

ALÍQUOTA 

Entre 0 e 180 dias 

22,5% 

Entre 181 e 360 dias 

20% 

Entre 361 e 720 dias 

17,5% 

Acima de 721 dias 

15% 

* Entretanto, a exceção são os fundos da categoria “curto prazo”, que têm apenas duas alíquotas – 22,5% para prazos inferior a seis meses e 20% para prazos mais longos. 

Em síntese, a partir de agora, as regras do come-cotas passam a ser aplicadas. Ou seja, nos últimos dias dos meses de maio e novembro estes fundos passam a ser tributados em 15% sobre a valorização de capital. 

A nova regra da MP dos fundos exclusivos também permite compensação de perdas em um mesmo fundo ou em fundos diferentes, contanto que sejam do mesmo regime de tributação, mantidos pelo mesmo administrador e os registros permitam a identificação dos valores compensáveis. 

 

Um ponto polêmico 

Um dos pontos mais delicados da MP dos fundos exclusivos é a intenção de taxar o estoque de rendimentos. Ou seja, tudo o que foi acumulado de rentabilidade até agora também seria tributado. Só para exemplificar: alguém que tenha investido em um fundo exclusivo há 10 anos e tenha acumulado R$ 1 milhão de rentabilidade teria que pagar R$ 150 mil sem nem mesmo resgatar suas cotas. 

Mas há uma forma de amenizar esse grande impacto financeiro de imediato. O texto da MP prevê que, entre dezembro deste ano e março de 2024, o investidor possa atualizar o valor de aquisição dos seus ativos a uma alíquota fixa de 10%, parcelada em 4 vezes. Nesse caso, um investidor que acumulou R$ 1 milhão em rentabilidade, em vez de pagar R$ 150 mil de uma vez, poderia pagar R$ 25 mil em dezembro e o mesmo valor em janeiro, fevereiro e março do ano que vem, totalizando R$ 100 mil. Com a medida, o governo espera arrecadar mais de R$ 3 bilhões ainda este ano. 

Leia o texto da MP na íntegra aqui. 

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Inflação no Brasil: como está hoje e quais os principais índices? https://fazcapital.com.br/inflacao-no-brasil-como-esta-hoje-e-quais-os-principais-indices-ipca-igp-m-inpc-e-ipc/ Wed, 28 Jun 2023 20:00:11 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=4660 A inflação é um problema clássico do Brasil, que afeta negativamente todo mundo. E você com certeza já sofreu ou está sofrendo por causa dela. Ainda assim, mesmo sendo um fator econômico que atrapalha muito a nossa vida, muitas pessoas nem sabem como a inflação é medida, nem como ela afeta o dinheiro de fato. Mas isso […]

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A inflação é um problema clássico do Brasil, que afeta negativamente todo mundo. E você com certeza já sofreu ou está sofrendo por causa dela.

Ainda assim, mesmo sendo um fator econômico que atrapalha muito a nossa vida, muitas pessoas nem sabem como a inflação é medida, nem como ela afeta o dinheiro de fato. Mas isso muda hoje!

Neste artigo, vamos contar mais sobre a inflação, mostrar os principais índices que medem ela, dizer como ela está hoje, e como ela afeta suas finanças.

O que é inflação?

Basicamente, a inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços dos bens e serviços ao longo de determinado período de tempoE isso causa diversos efeitos negativos na economia. 

O principal deles, e aquele que é sentido por quase todo mundo, é a perda de poder de compra, afinal, se os preços subiram, todo mundo precisa gastar mais dinheiro para adquirir os mesmos produtos que antes custavam menos. 

Isso tende a levar a uma redução do consumo, já que as pessoas adiam compras e priorizam apenas o essencial. Além disso, a inflação também afeta o dinheiro que você não gasta, pois o valor real do dinheiro diminui ao longo do tempo.

Mas, o que causa a inflação?

A inflação pode ter diversas origens.

Inflação de Demanda: 

A inflação de demanda, por exemplo, ocorre quando há um aumento na busca por bens e serviços em relação à oferta existente, ou seja, muita gente querendo comprar poucas coisas. Isso acontece, por exemplo, quando as pessoas têm mais dinheiro para gastar, por aumento de salários ou facilitação de crédito.

Inflação de Oferta:

Por outro lado, quando há um aumento nos custos de produção dos bens e serviços, ocorre a inflação de oferta. Isso acontece, em geral, por aumentos nos preços de matérias-primas ou quando o Governo cobra mais impostos sobre as empresas. 

Nesses casos, as empresas repassam os aumentos para os preços dos produtos e, no final, quem paga é o consumidor. Mas como nós medimos a inflação? É isso que vamos explicar a seguir!

Por que temos tanto índices de inflação no Brasil?

No Brasil, há diversos índices de inflação diferentes, calculados por vários órgãos e institutos. “Mas por que tantos? Um não basta?”

A verdade é que os índices diferem em escopo. Alguns medem preços ao consumidor, outros preços ao produtor. Além disso, um índice pode ser usado para um propósito e não para outro, como você verá a seguir.

Finalmente, isso também tem uma razão histórica: a inflação galopante entre os anos 70 e 90 reforçou a necessidade de se contar com maior variedade de índices, levando à necessidade de índices de preços mais específicos para cada propósito. 

O que é o IPCA? Por que é o principal índice de inflação?

Vamos começar pelo mais famoso, o IPCA. O IBGE é responsável por calcular o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial de inflação do Brasil, utilizado no regime de metas do Banco Central. 

Essa meta é anunciada publicamente e funciona como uma âncora para as expectativas sobre a inflação futura, permitindo que desvios do alvo sejam corrigidos ao longo do tempo. Quem define a meta para a inflação é o Conselho Monetário Nacional, e cabe ao Banco Central adotar as medidas necessárias para alcançá-la. Por isso, o IPCA é o principal índice de inflação do Brasil.

Como se calcula o IPCA?

As informações para calcular esse índice são coletadas do dia 1 a 30 do mês de referência, considerando o preço de uma cesta de consumo representativa para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, em 13 áreas ​geográficas: 

  • Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, B​​elo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Distrito Federal, Goiânia e Campo Grande.​

Os bens considerados para o cálculo se dividem nas categorias: 

  • Alimentação e bebidas, educação, vestuário, transporte, comunicação, habitação, moradia, despesas pessoais e artigos de residência. 

O peso de cada item é definido com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF).

Como o IPCA está hoje?

Se nós olharmos o IPCA de abril de 2023, por exemplo, vamos ver que ele terminou em 0,61%, sendo muito puxado pela inflação da área da saúde e medicamentos:

Fonte: IBGE

Além disso, dá para ver como ele foi em cada região estudada:

Fonte: IBGE

 

O IPCA também é indexador do Tesouro IPCA+ e do novo Tesouro Renda+, e define a rentabilidade das Debêntures, títulos de dívida emitidos por empresas como forma de captar recursos financeiros junto aos investidores. 

Ou seja, ele é extremamente relevante para muitos fins. Mas o IPCA está longe de ser o único índice de inflação. Outro do qual você já deve ter ouvido falar é o IGP-M. 

O que é o IGP-M e como ele afeta seu aluguel e suas contas?

Calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas e divulgado no final de cada mês de referência, o IGP-M (ou Índice Geral de Preços – Mercado) foi concebido no final dos anos 40 para ser uma medida do movimento de preços que englobasse não apenas diferentes atividades, como também etapas distintas do processo produtivo.

Hoje, ele é utilizado para diversos fins, como a correção de contratos de aluguel e prestação de serviços como educação e planos de saúde e como indexador de algumas tarifas, como a energia elétrica e telefonia.

Ou seja, sim, ele influencia tanto o quanto você paga para alugar um imóvel quanto seu plano de saúde e sua conta de luz.

Descubra como criar um plano financeiro sólido!

Como se calcula o IGP-M?

Diferentemente do IPCA, o IGP-M não considera uma cesta de produtos. Na verdade, ele considera a média ponderada de três outros índices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

O peso que eles ocupam é o seguinte:

  • 60% para o IPA;
  • 30% para o IPC;
  • 10% para o INCC;

Assim, ele indiretamente acompanha a variação de itens como bens de consumo (alimentação, por exemplo) e bens de produção (matérias-primas, materiais de construção, entre outros), e abrange toda a população, sem restrição de renda.

Além disso, até a data é diferente: a FGV apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.

Como o IGP-M está hoje?

Em franca queda, diferente do IPCA:

Mês de
referência
Evolução
Mensal
Acumulado
12 meses
abr/23 -0,95% -2,17%
mar/23 0,05% 0,17%
fev/23 -0,06% 1,86%
jan/23 0,21% 3,79%
dez/22 0,45% 5,45%
nov/22 -0,56% 5,90%
out/22 -0,97% 6,52%
set/22 -0,95% 8,25%
ago/22 -0,70% 8,59%
jul/22 0,21% 10,08%
jun/22 0,59% 10,70%
mai/22 0,52% 10,72%
abr/22 1,41% 14,66%

Fonte: FGV

 

Isso mostra como diferentes medições podem pintar paisagens bem distintas…

INPC: para que serve e qual a diferença para o IPCA?

O IBGE também calcula e divulga mensalmente o  Índice Nacional de Preços ao Consumidor, ou INPCE ele tem um foco bem interessante. Diferentemente do IPCA, que é mais amplo, o INPC tem um foco no cálculo da inflação para pessoas de mais baixa renda.

Mais especificamente, este índice verifica a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimosEsses grupos são mais sensíveis às variações de preços, pois tendem a gastar grande parte do seu orçamento em itens básicos, como alimentação, medicamentos, transporte, etc. O INPC é comumente utilizado em reajustes salariais.

Como se calcula o INPC?

Os agentes do IBGE realizam a coleta de preços do primeiro ao último dia de cada mês. Devido às diferenças nas faixas de renda avaliadas, os pesos dos grupos diferem do IPCA, trazendo resultados diferentes:

Fonte: IBGE

 

Como o INPC está hoje?

No momento, o INPC está subindo também:

Fonte: Valor

IPC – O Índice de Preços ao Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor tem foco no município de São Paulo, mas é inegável que ele também tenha relevância nacional, por mostrar como os preços se comportam no principal centro econômico do país. 

A Prefeitura Municipal de São Paulo criou a estatística foi em 1939, mas desde 1973 a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) assumiu a responsabilidade.

Como se calcula o IPC?

O índice mensura a média do custo de vida para famílias paulistanas com renda entre 1 e 10 salários mínimos por mês, usando um sistema de coleta quadrissemanal. O Fipe classifica os bens e serviços que integram a amostra em oito grupos ou classes de despesa, 25 subgrupos, 85 itens e 338 subitens.

As oito classes de despesa são: Alimentação, Habitação, Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais, Educação, Leitura e Recreação, Transportes, Despesas Diversas e Comunicação.

Como o IPC está hoje?

Hoje, ele está subindo 0,44%:

 

Fonte: Fipe

 

E, agora, você conhece os 4 principais indicadores de inflação, além de entender bem mais sobre como a inflação afeta seu dinheiro e investimentos!

Como investir para superar a inflação?

Finalmente, essa é uma ótima oportunidade para contarmos que, não importa quem você é, seu ramo de trabalho ou sua faixa de renda, você precisa ter o foco em guardar e investir seu dinheiro para o futuro.

Isso porque a inflação vai “comendo” pedaços dele constantemente. Inclusive, seu foco deve ser investir de forma a ganhar da inflação, fazendo seu patrimônio render em um ritmo maior do que o aumento dos preços.

Porém, isso pode ser uma tarefa difícil para muita gente. Por isso, aproveitamos para deixar uma dica: a Faz Capital tem um time de especialistas prontos para te ajudar a investir da forma certa!Se você quer ajuda profissional para montar uma carteira que pode te trazer rendimentos acima da inflação no futuro, é só apertar aqui e falar conosco!

 

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O que é Selic, CDI e IPCA? Entenda e invista melhor https://fazcapital.com.br/o-que-e-selic-cdi-e-ipca-entenda-e-investa-melhor/ Wed, 07 Jun 2023 16:57:54 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=4615 Selic, CDI, IPCA e TR…São siglas que podem dificultar bastante que alguém que ainda é novato no mercado financeiro entenda seus investimentos. Porém, isso acaba hoje! Neste artigo, vamos explicar toda essa “sopa de letrinhas” te dizendo o que cada uma delas significa e mostrando como elas afetam seus investimentos! E vamos começar falando da mais comentada […]

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Selic, CDI, IPCA e TR…São siglas que podem dificultar bastante que alguém que ainda é novato no mercado financeiro entenda seus investimentos. Porém, isso acaba hoje! Neste artigo, vamos explicar toda essa “sopa de letrinhas” te dizendo o que cada uma delas significa e mostrando como elas afetam seus investimentos! E vamos começar falando da mais comentada de todas, a Selic.

O que é a Taxa Selic?

Se tivéssemos que resumir em uma linha, seria: O custo do dinheiro. Dizemos que a Taxa Selic é o “custo do dinheiro” porque ela é a taxa básica de juros da economia. Simplificando, ela é o quanto você vai receber se emprestar dinheiro para o Governo do Brasil. Entrando lá no site do Tesouro Direto, você vai encontrar um investimento chamado Tesouro SELIC, o investimento mais seguro do país:

 

Fonte: Tesouro Direto

Se você investir nesse título, todo ano até seu vencimento ele vai render um valor muito próximo da Taxa Selic acumulada no período. E quem define a Taxa Selic? O Banco Central, órgão responsável pela manutenção da estabilidade financeira e monetária do BrasilInclusive, a Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. 

Mas como isso acontece?

Pense assim: se a taxa de juros está baixa, ou seja, o governo está pagando pouco para você emprestar seu dinheiro para ele, talvez você decida não emprestar, não é?

Talvez você prefira comprar algo que você queira, abrir um negócio, investir na Bolsa ou algo assim. Talvez você até pegue um empréstimo, quando os juros estão baixos. Por isso, dizemos que a Selic baixa estimula o consumo e o investimento, barateando o crédito e o custo do capital. 

Ou seja, mais dinheiro circula, tornando o ambiente, também, mais propenso à inflação. Por outro lado, com uma taxa de juros mais alta, o governo paga mais pelo seu dinheiro, e talvez você, as empresas, os bancos e todo mundo prefira emprestar para ele mesmo, em vez de consumir ou investir na Bolsa de Valores.

Assim, a Selic alta acaba retraindo o consumo e os investimentos devido o encarecimento do crédito e custo de capital, tirando dinheiro de circulação e baixando a inflação. Recentemente, a flutuação da Selic foi assim:

Fonte: Banco Central

Vale lembrar que ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras de vários investimentos de Renda Fixa.

A Selic também influencia as taxas nominais, que ditam os títulos prefixados. Você nunca vai ver elas muito distantes da taxa básica de juros.

Por isso, quando você vê notícias de discordâncias entre o presidente da República e o presidente do Banco Central sobre o rumo da Taxa Básica de Juros, é importante que você entenda que esse é um assunto sério que envolve inflação, empréstimos, consumo, e mais. E falando em inflação.

O que é o IPCA?

IPCA é a sigla que damos ao principal índice de inflação do Brasil. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo IBGE e é tido como o indicador oficial de inflação do Brasil, sendo utilizado no regime de metas do Banco Central. 

As informações para calcular esse índice têm coleta, em geral, do dia 1 a 30 do mês de referência. O IPCA mede o preço de uma cesta de consumo representativa para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, em 13 áreas ​geográficas: 

  • Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, B​​elo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Distrito Federal, Goiânia e Campo Grande.​

Os bens considerados para o cálculo se dividem nas categorias: 

  • Alimentação e bebidas, educação, vestuário, transporte, comunicação, habitação, moradia, despesas pessoais e artigos de residência. 

O peso de cada item é definido com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). Finalmente, cabe mencionar que o histórico recente do IPCA no Brasil está assim:

 

Fonte: Banco Central

 

O IPCA é essencial para o conceito de meta para a inflação. Essa meta é anunciada publicamente e funciona como uma âncora para as expectativas sobre a inflação futura, permitindo que desvios do alvo sejam corrigidos ao longo do tempo.

A meta para a inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e cabe ao Banco Central (BC) adotar as medidas necessárias para alcançá-la. O IPCA também é indexador do Tesouro IPCA+ e do novo Tesouro Renda+.

Além disso, ele também define a rentabilidade das Debêntures, títulos de dívida emitidos por empresas como forma de captar recursos financeiros junto aos investidores.

O que é CDI? Qual a diferença para a Selic?

Mas agora, você pode estar se perguntando: “Entendi o que é SELIC e IPCA, mas o que é aquele CDI que eu tanto vejo quando vou no banco e na minha corretora?” Então vamos explicar: CDI é simplesmente a sigla para Certificado de Depósito Interbancário.

Segundo as regras do Banco Central, as instituições financeiras são obrigadas a terminar todos os dias com saldo positivoPorém, caso um banco tenha mais saques que o previsto, superando o número de depósitos, pode ser que sua conta fique negativa ao final do dia.

Para resolver isso, ele precisa pegar dinheiro emprestado de outro banco, em uma operação de curtíssimo prazo, apenas um dia. Mas esse dinheiro não é emprestado “de graça”. É cobrada uma taxa de juros própria para essa operação, que é o CDI. Ou seja, essa é a taxa que os bancos cobram um do outro para emprestar dinheiro entre si. 

Como o CDI impacta os seus investimentos

Mas, hoje, o CDI já é muito mais do que isso. Essa taxa também serve como base para remunerar diversas aplicações financeiras, como Certificados de Depósito Bancário (CDBs), as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e até serve como benchmark para fundos de investimento.

Por isso que você certamente já deve ter visto um investimento que oferece rendimento de, por exemplo, 110% do CDI. Isso significa que ele pagará uma taxa equivalente a 110% da variação do CDI durante o período de aplicação.

Esses investimentos costumam ser chamados de “renda fixa pós-fixada”, pois os ganhos são calculados com base na variação do CDI ao longo do tempo, e você não sabe exatamente qual será a rentabilidade. Mesma coisa que investimentos atrelados ao IPCA e à Selic. E falando em Selic, o CDI é sempre bem próximo dela! Por isso, dá quase para considerar a mesma coisa. 

		

Descubra como alcançar retornos consistentes de mais de 1% ao mês.

O que é a Taxa Referencial?

Finalmente, aquela sigla que ninguém te explica o que é, mas que pode mexer sim no seu dinheiro. Estamos falando da TR, ou Taxa Referencial. Calculada pelo Banco Central, a Taxa Referencial é uma taxa de juros utilizada no cálculo de remuneração de alguns investimentos e também para a atualização monetária de valores.

Ela chegou a ser bem mais importante na década de 90, mas, ao longo dos anos, perdeu relevância como referência de remuneração de investimentos, e, desde 2012, tem se mantido em patamares muito baixos, muitas vezes próximos a zero.

Mesmo tendo menor abrangência no mercado, ela ainda é usada como parte da rentabilidade de alguns ativos financeiros, como:

Poupança

Desde 2012, com a mudança no cálculo da sua remuneração, o rendimento da poupança funciona assim:

  • Se a Selic for maior ou igual a 8,5% ao ano: rendimento de 0,5% ao mês + TR.
  • Para taxa Selic inferior a 8,5% ao ano: rentabilidade de 70% da taxa Selic + TR.

FGTS

No Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), uma alíquota de 8,0% do salário bruto é descontada mensalmente e é alocada em um fundo que possui rentabilidade de 3,0% ao ano + Taxa Referencial.

Títulos de Capitalização

Estas aplicações são oferecidas pelos bancos, onde o poupador pode concorrer ao sorteio de prêmios enquanto o dinheiro está aplicado.

A rentabilidade dos títulos de capitalização costumam ser a Taxa Referencial mais um valor fixo. Devido à baixa relevância da TR hoje em dia como taxa de remuneração, outros índices, como a Taxa Selic e o CDI que comentei, assumiram o holofote como referências para investimentos financeiros no Brasil.

E, agora, você conhece quatro siglas essenciais para entender o mercado financeiro e seus investimentos. Esperamos que tenha gostado do artigo, e continue nos acompanhando aqui na Faz Capital para ler os próximos!

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Dívidas: como pagar em três passos https://fazcapital.com.br/como-pagar-as-dividas-em-tres-passos/ Fri, 02 Jun 2023 17:54:41 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=4502 Livrar-se das dívidas pode parecer um desafio e tanto, mas, com as informações certas, é algo que qualquer um pode fazer. Além disso, deixar a vida de endividado para trás é um passo fundamental que todos devem dar para começar a guardar dinheiro e investir para um futuro mais próspero. É por isso que, neste […]

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Livrar-se das dívidas pode parecer um desafio e tanto, mas, com as informações certas, é algo que qualquer um pode fazer. Além disso, deixar a vida de endividado para trás é um passo fundamental que todos devem dar para começar a guardar dinheiro e investir para um futuro mais próspero.

É por isso que, neste artigo, vamos te mostrar quais os dois tipos de dívidas que existem, e os 3 passos comprovados para eliminá-las e deixar essa dor de cabeça para trás!

O que são as dívidas e quantos brasileiros estão endividados?

Primeiro de tudo, para te tranquilizar, queremos dizer que, se você está com dívidas, você não está sozinho. Afinal, em 2022, de cada 100 famílias brasileiras, 78 estavam endividadas.

Isso é segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC):

Fonte: BBC

Isso é negativo, é claro, pois esse é um problema que tira o sono de muita gente. Porém, é um problema que muitas outras pessoas além de você enfrentam, e, mais importante do que isso, é plenamente solucionável, com uma boa dose de esforço e com o entendimento correto da sua situação.

É que nem quando você está doente: existe uma cura, mas ela não virá do nada. Você precisa tomar o remédio. Para isso, é importante primeiro entender que dívidas servem a uma função muito importante na nossa sociedade e nas nossas vidas.

Elas nos oferecem a possibilidade de usarmos dinheiro que não temos, no momento, para algum objetivo. E isso pode ser positivo, muitas vezes. Fundamentalmente, o que define se endividar-se vai ser bom ou ruim é:

  • A finalidade das dívidas que você contraiu
  • As condições nas quais você as aceitou

É a partir dessas noções que é possível dividir as dívidas em dois tipos: as boas e as ruins.

Quais são os dois tipos de dívida? (as boas e as ruins)

Como dissemos, nem toda a dívida é ruim. Existem dívidas boas e ruins.

1. Boas

  1. As dívidas boas são aquelas que:

    Geram condições de deixar você em uma situação melhor no longo prazo;

  2. Não têm um impacto de juros pesado no seu orçamento;
  3. São feitas com planejamento e preparação.

Um exemplo deste tipo de dívida é o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). O Fies é uma dívida estudantil que normalmente segue esses três princípios:

1️⃣ Te ajuda no longo prazo porque investir na qualificação profissional pode aumentar seu potencial de ganhos;

2️⃣ Não tem juros altos;

3️⃣ Normalmente você entra numa faculdade depois de já ter pensado bastante a respeito.

Outro exemplo é o financiamento imobiliário. Investir na casa própria pode trazer uma paz de espírito e uma estabilidade muito grandes, o que te impulsiona para frente. Além disso, essas dívidas não têm juros tão altos.

2. Ruins

Essas são suas dívidas de consumo, principalmente de coisas que você não precisa. Um carro que você não usa para ganhar dinheiro, roupas novas, uma viagem que você não tinha dinheiro para fazer.

Essas são as dívidas que não te ajudam no longo prazo, e que têm taxas de juros altas cobradas sobre elas. O exemplo mais clássico de dívida ruim é a terrível dívida do cartão de crédito, que pode sair totalmente do seu controle rapidamente.

Se você está lendo esse artigo, é provável que você tenha pelo menos alguma dívida ruim que está te incomodando.

Como eliminar as dívidas em três passos simples

Aprenda como quitar suas dívidas com os três passos a seguir:

 

Passo #1 – Mapear as dívidas que você possui 

Antes de tudo, você precisa entender a situação de endividamento na qual você está. 

Para isso, liste todas as suas dívidas existentes. Depois, classifique elas entre “boas” e “ruins” conforme as definições que oferecemos acima, e anote também as taxas de juros que estão sendo cobradas para cada uma delas. 

Você pode utilizar um caderno mesmo ou até uma planilha no computador para realizar esse processo. 

Isso é importante por 2 motivos: 

  1. Para você ver com o que está lidando: Muitas pessoas não têm noção das dívidas que possuem até ver elas todas na sua frente. Por isso, é importante entender quanto vai ter que se dedicar a isso. 
  2. Para você planejar a ordem na qual vai quitar suas dívidas: primeiro deve-se priorizar as dívidas essenciais como água, luz, condomínio ou gás. Depois, as dívidas que possuem as maiores taxas de juros como o cartão de crédito e o cheque especial. Só depois que tudo isso estiver resolvido, você passa para as “boas” com taxas baixas. 

Passo #2 – Renegociar as dívidas possíveis 

Após efetuar o levantamento das dívidas, é hora de buscar renegociar todas as que conseguir. Quanto menos peso você deixar nas suas costas, mais rápido se livra. E, assim como você tem interesse em pagar, o credor tem interesse em receber.  

Não é bom pra ninguém você quebrar. Porque aí ninguém vai receber nada. Por isso, renegociar as dívidas é importante e bem possível. Ao preparar a proposta, leve em consideração a lista que fez e sua capacidade de pagar. Não se comprometa com algo que não consegue cumprir, ou vai só voltar à estaca zero. 

Hoje, é possível renegociar as dívidas online ou conversar pessoalmente com o credor. Ao final deste processo, talvez você veja que a montanha que tem que subir é bem mais tranquila do que parecia antes. 

Passo #3 – Organizar um plano para pagar as dívidas 

Certo, agora que você sabe quanto vai ter que pagar para quitar cada dívida, e a ordem na qual deve fazer isso, é hora de… quitar seus débitos. Você precisa: 

  • Diminuir os gastos variáveis (comprar menos, economizar); 
  • Ganhar um pouco mais de renda, pegando outras funções; 
  • Talvez até vender algumas coisas das quais não precisa mais. 

Você precisa entender que agora é guerra contra as dívidas. O único jeito de você se livrar delas é com esse compromisso. E só assim você poderá seguir adiante com sua vida financeira. 

Quitar as dívidas é o primeiro passo que você deve dar para começar a construir um futuro mais próspero, um futuro no qual sobre dinheiro, um futuro no qual você invista seu dinheiro. 

Até por isso já deixamos aqui nosso artigo sobre como formar sua reserva de emergência, para que você já dê esse passo quando vencer as dívidas. 

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Disney | Tudo começou com o Mickey https://fazcapital.com.br/disney-tudo-comecou-com-o-mickey/ Wed, 26 Apr 2023 14:52:57 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=4303 A The Walt Disney Company foi fundada em 16 de outubro de 1923, pelos irmãos Walt Disney e Roy Oliver Disney. Há quase 100 anos, a pioneira na indústria da animação foi criada com o nome de Disney Brothers Cartoon Studios. Desde que voltou da Primeira Guerra Mundial, onde atuou como motorista de ambulância, Walt […]

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A The Walt Disney Company foi fundada em 16 de outubro de 1923, pelos irmãos Walt Disney e Roy Oliver Disney. Há quase 100 anos, a pioneira na indústria da animação foi criada com o nome de Disney Brothers Cartoon Studios.

Desde que voltou da Primeira Guerra Mundial, onde atuou como motorista de ambulância, Walt Disney sempre foi conhecido por amar arte e, desde cedo, já vendia seus primeiros trabalhos. Ainda assim, o seu primeiro negócio não deu muito certo e aos 22 anos ele tentou ser ator, trabalhou como fotógrafo e pensou inclusive em se tornar diretor de filmes. Além disso, chegou a ser demitido por um editor de jornal, que o julgava preguiçoso e sem nenhuma criatividade.

Sua família o pressionava, sob o argumento de que ele precisava encontrar um emprego de verdade. Felizmente, ele acreditava nos seus sonhos e queria empreender. Por isso, ele voltou para Hollywood e abriu um estúdio em uma garagem. Mesmo com todo o entusiasmo, ele não teve o sucesso esperado. Só que foi neste período que ele conseguiu um contrato para a animação Alice Comedies. O filme não foi como o esperado, mas serviu como respiro.

Em seguida, Walt Disney trabalhou na Universal e criou Oswald – O Coelho Sortudo. O personagem se assemelha ao Mickey e foi o primeiro destaque de sua carreira, apesar de ter sido prejudicado pela empresa que detinha os direitos autorais do desenho. Para se recuperar da perda, Disney criou o rato Mortimer, em 1928, que foi rebatizado de Mickey pela esposa de Disney, Lily.

A personalidade de Mickey

Walt Disney idealizou Mickey para ser o oposto do que ele havia encontrado no mercado de trabalho. O ratinho seria gentil, honesto, educado e amoroso. Afinal, era isso o que ele desejava ter em sua família, amigos e equipe de trabalho.

O primeiro filme de Mickey não teve dubladores. Os sócios de Disney que fizeram o trabalho. Ele inclusive aparece até hoje no início de todas as produções da Disney, pela importância histórica.

A Branca de Neve

Em 1934, o seu primeiro longa-metragem foi produzido e se chamava A Branca de Neve e os Sete Anões, que estrearia três anos depois. Em 1939, o filme teve recorde de bilheteria e, além disso, ganhou um Oscar honorário que veio com sete mini estatuetas juntas para representar os sete anões. A maioria dos personagens de Disney é órfão e historiadores acreditam que isso se deve a ele ter perdido a mãe em um acidente.

Usando os lucros da Branca de Neve, Disney financiou a construção, em uma área de 210 mil metros quadrados, de um novo complexo para os seus estúdios em Burbank, Califórnia. A conclusão do novo Walt Disney Studios, em que a empresa está sediada até hoje, ocorreu em 1939.

O estúdio lançou na sequência curtas e longas metragens de animação, como Pinóquio (1940), Fantasia (1940), Dumbo (1941) e Bambi (1942).

Produções da Disney para a Segunda Guerra

Com o começo da Segunda Guerra Mundial, os lucros de bilheteria da Disney diminuíram consideravelmente. Além disso, muitos animadores da Disney foram convocados pelas Forças Armadas, quando os Estados Unidos entraram na guerra após o ataque de Pearl Harbor. Por outro lado, a companhia teve a encomenda de uma série de filmes de treinamentos e propagandas militares, dado o contexto da época.

Filmes como a “A Vitória Pela Força Aérea” e o curta “Educação para a Morte” (ambos de 1943) foram feitos para aumentar o apoio público aos esforços de guerra. Além disso, os personagens do estúdio se juntaram à campanha, como Pato Donald, que apareceu em uma série de curtas cômicos, incluindo o vencedor do Oscar de melhor curta-metragem de animação, Der Fuehrer’s Face (1943).

O brasileiro Zé Carioca

Foi na época da Segunda Guerra que nasceu o personagem brasileiro da Disney chamado de Zé Carioca. No dia 24 de agosto de 1942, chegava às telonas o filme Alô, Amigos, em que o papagaio mostrava a cultura local para o Pato Donald. Além do cinema, Zé Carioca também representou a alegria do povo nos quadrinhos.

Em 1941, Walt Disney esteve no Brasil acompanhado de um grupo de artistas, escritores e músicos. O cineasta fez uma visita diplomática, a convite do governo norte-americano, com o objetivo de conter o avanço do nazismo e do fascismo na América do Sul. Em nome da Política de Boa Vizinhança, Disney se encontrou com o então presidente Getúlio Vargas.

Para além da diplomacia, a viagem serviu como inspiração para novas aventuras e novos personagens. Impressionados com o samba, as paisagens e a riqueza cultural do País, os produtores também se encantaram com os papagaios. Por isso, eles passaram a visitar o zoológico e museus locais em busca da ave. A pesquisa resultou na criação de Zé Carioca, um papagaio que morava no Rio de Janeiro, dançava samba e esbanjava charme.

Embalado pela música Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, o longa-metragem Alô, Amigos, com Zé Carioca e Pato Donald como protagonistas, tinha um propósito diplomático específico. A produção era parte da iniciativa do governo norte-americano para estimular um espírito de unidade entre os países das Américas. Em 1944, a empresa também foi lançou Os Três Caballeros, em que os personagens visitam a Bahia.

A crítica e o público receberam o lançamento com bons olhos. Antes da viagem, Walt Disney estava com problemas financeiros. Depois da passagem pela América Latina, contudo, os novos produtos trouxeram lucros para os estúdios Disney.

Adultos são crianças crescidas

Walt e Lily Bounds Disney tiveram duas filhas, Diane Marie e Sharon Mae. Segundo biografias escritas por Disney, ele as levava frequentemente em parques de diversão, mas ficava incomodado com uma coisa: as crianças precisavam brincar separadas dos adultos. Foi daí, portanto, que ele decidiu criar um lugar onde crianças e adultos pudessem se divertir e brincar juntos.

“Afinal de contas, os adultos são apenas crianças crescidas”, costumava dizer Walt Disney. Ele tinha a ideia e precisava do dinheiro para financiar a obra, então propôs à rede americana de televisão ABC que faria um programa todo domingo em troca do financiamento da obra. Walt era muito sagaz e esperto e durante a apresentação do programa ele fazia publicidade do local.

O primeiro parque da Disney

O primeiro parque da Disney foi fundado na Califórnia, com uma infinidade de brinquedos e um castelo em tamanho real, o Castelo da Bela Adormecida.

A inauguração saiu um pouco do controle. Com capacidade para 12 mil pessoas, o parque distribuiu 11 mil ingressos, mas devido a publicidade feita durante o programa de TV, apareceram pessoas com ingressos falsos e o público chegou a 30 mil. Para piorar, faltou água na Califórnia e foi preciso escolher o que funcionaria: bebedores ou banheiros.

Walt escolheu os banheiros. No entanto, com temperaturas que chegavam aos 38 graus, muitas pessoas passaram mal e, para piorar, o asfalto do parque começou a derreter e a grudar nos sapatos das pessoas. Aquela inauguração ficou conhecida por ele e pelos sócios como Black Sunday.

Disneyland foi um sucesso

Disney

Mesmo com o problema da inauguração, a Disneyland foi um sucesso. A instituição fez parte do desenvolvimento da cidade e várias empresas foram surgindo no local. Por conta disso, Walt Disney queria aumentar o parque. O problema é que a região inicial não tinha espaço e era necessário ir em busca de outro lugar.

O terreno ideal ficava na Flórida e Walt Disney usou vários nomes e estratégias de negociação para conseguir toda a região que precisava. Isso porque ele acreditava que se os proprietários das terras soubessem para quem estavam vendendo as terras, os preços aumentariam expressivamente.

Ele conseguiu comprar 100 quilômetros quadrados e construiu o sonhado Resort. Walt não chegou a ver o projeto pronto, porque faleceu em 1966, devido a complicações de um câncer de pulmão. Ainda assim, Roy Disney continuou o projeto e fez a inauguração em outubro de 1971. Uma das primeiras medidas de Roy foi mudar o nome de Disney World para Walt Disney World, como forma de homenagem ao irmão.

Atualmente, o resort tem quatro parques temáticos, dois parques aquáticos, um centro de compras, um centro de atividades esportivas e mais de 20 hotéis temáticos, e ainda tem 2/3 da área adquirida para construir.

Hoje, o empreendimento recebe 150 milhões de pessoas por ano, entre seis parques espalhados pelo mundo:

➡ Califórnia (EUA)

➡ Flórida (EUA)

➡ Tóquio (Japão)

➡ Paris (França)

➡ Hong Kong

➡ Xangai (China)

No ano de 2017, a Disney se tornou o maior conglomerado de mídia e entretenimento do mundo, depois de ter adquirido 21st Century Fox.

Tornar as pessoas felizes

O principal objetivo de Walt Disney era “tornar as pessoas felizes”. Por isso, ele determinou como valores da companhia a criatividade, os sonhos e a imaginação, além da atenção aos detalhes, para preservar a magia.

Hoje o complexo da Disney é equivalente ao tamanho da cidade de San Francisco. A empresa, com todos os parques, hotéis e lojas, abrange uma área de aproximadamente 11.106 hectares. Além disso, mais de 70 mil funcionários trabalham para manter tudo funcionando em perfeita ordem. A estrela da Disney, o famoso Mickey Mouse, possui mais de 290 roupas oficiais para usar nos parques de diversão.

Disney no mercado de ações

A negociação dos primeiros papéis da Walt Disney Productions começou em 1940, antes mesmo da abertura de capital na Bolsa de Valores de Nova York – NYSE.

⏲ Em 1949, as ações da companhia valiam US$ 3,00 e, pouco tempo depois, já chegavam a US$ 52,00.

⏲ Em 1956 a empresa pagou os primeiros dividendos em ações ordinárias.

O IPO, Initial Public Offering, no entanto, aconteceu após a inauguração da Disneyland e em 1957 as ações valiam US$ 13,88 cada na New York Stock Exchange (NYSE), sob o ticker DIS. Após a abertura de capital, a Disney chegou a ter seis desdobramentos de ações, aumentando o número de papéis em circulação, com o objetivo de facilitar as negociações e reduzir o preço unitário.

Isso significa que, em 2020, as 72 ações originais da empresa chegaram a equivaler a 27.648 ações – momento em que cada papel estava sendo negociado a US$ 173.

LEIA TAMBÉM: Hershey’s | Uma história centenária e espalhada pelo mundo

Transformação da Disney

A Disney está transformando seus negócios com sucesso para lidar com a evolução contínua da indústria de mídia. Os esforços diretos ao consumidor da empresa, Disney+, Hotstar, Hulu e ESPN+ estão assumindo como os impulsionadores do crescimento de longo prazo à medida que a empresa faz a transição para um futuro de streaming.

Se, por um lado, o faturamento atual da companhia é majoritariamente proveniente de seu segmento canais de Mídia & Entretenimento (41%), por outro os restantes 59% das receitas são distribuídas entre serviços de streaming (DTC) (16,1%), Parques e produtos temáticos (26,1%) e conteúdos audiovisuais (16,8%).

Valuation da empresa

Com relação ao valuation da empresa, os pares da Disney não são triviais, logo não é possível traçar conclusões definitivas dos números operacionais e indicadores. Olhando para o P/E (preço/lucro), a companhia parece negociar acima da média e mediana do setor. No entanto, a lista contém duas empresas de baixo crescimento, como a ViacomCBS e FOX, que por padrão negociam a múltiplos mais baixos, enquanto a Netflix, que possui potencial de crescimento superior, negocia a números bem mais altos, indicando que o mercado espera um crescimento da gigante de streaming no longo prazo mais do que a Disney.

Recentemente, Laura Martin, analista de ações dos Estados Unidos com mais de 20 anos de experiência, sugeriu uma fusão entre as gigantes Disney e Apple. Segundo a analista, a união geraria valor para a Disney pois a empresa iria incorporar receitas de empresas que se beneficiam de seus produtos.

O principal argumento é que a Disney atrai milhões de consumidores e espectadores para seus filmes e parques, mas deixa de faturar com outras fontes interligadas como pipoca em cinemas, passagens aéreas e atrações vizinhas aos seus parques. Dessa forma, a associação com a Apple, uma companhia conhecidamente por capturar praticamente toda a receita gerada dentro de seu ecossistema, poderia trazer para a Disney a expertise e aumentar em mais de 10% as receitas da companhia.

Porém, por se tratar de duas companhias históricas e gigantescas, esta fusão não passa de narrativa e possibilidades de mercado. Pode fazer sentido, mas algo desta magnitude acontecer é um evento muito raro.

Como investir na Disney

Desde outubro de 2020, é possível investir na Disney através dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) na B3 através do ticker DISB34. Ao adquirir esse certificado, você pode participar, indiretamente, dos resultados da empresa no exterior.

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Hershey’s: uma história centenária e espalhada pelo mundo https://fazcapital.com.br/hersheys-uma-historia-centenaria-e-espalhada-pelo-mundo/ Thu, 06 Apr 2023 20:21:11 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=4117 A The Hershey Chocolate Company surgiu em 1894 como um sonho. Hoje, 129 anos depois, é uma multinacional americana e uma das maiores fabricantes de chocolate do mundo: a Hershey’s. Milton Hershey foi quem criou a marca conhecida mundialmente. Ele nasceu na Pensilvânia, nos Estados Unidos, em 1857 e a sua história começou aos 14 […]

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A The Hershey Chocolate Company surgiu em 1894 como um sonho. Hoje, 129 anos depois, é uma multinacional americana e uma das maiores fabricantes de chocolate do mundo: a Hershey’s.

Milton Hershey foi quem criou a marca conhecida mundialmente. Ele nasceu na Pensilvânia, nos Estados Unidos, em 1857 e a sua história começou aos 14 anos, quando foi aprendiz de confeiteiro em Lancaster. Foi neste período que o jovem observou que o chocolate era feito e vendido como um artigo de luxo. O que hoje é acessível e comum, no entanto, naquela época era apenas para os mais abastados. Isso despertou em Milton um desejo: democratizar o doce.

Para chegar onde está hoje, Hershey contabiliza duas falências.

💔 A primeira aos 19 anos, na Filadélfia, onde abriu uma pequena loja de bombons. O empreendimento durou seis anos e fechou as portas.

💔 Ele não desistiu, no entanto, virou aprendiz novamente e com outro confeiteiro em Denver aprendeu a fazer caramelo. Ainda assim, ele teve mais uma tentativa frustrada em Nova York.

Por mais incrível que pareça, foi justamente com o caramelo que veio o primeiro sucesso. Hershey voltou para a Pensilvânia, onde fundou a Lancaster Caramel Company em 1886. O uso de leite fresco no caramelo provou ser um sucesso. Apesar do êxito, nos mais tarde, ele vendeu a empresa e voltou para o chocolate, o seu sonho de sempre.

Caramelo é apenas uma moda passageira

“Caramelo é apenas uma moda passageira, mas chocolate é uma coisa permanente”, era a explicação de Milton Hershey quando questionado sobre a troca. Ele construiu a fábrica de processamento de leite para criar e refinar a receita para os doces de chocolate, a The Hershey Chocolate Company, uma subsidiaria da Lancaster Caramel Company.

Em 1899, desenvolveu o “processo Hershey”, que é menos sensível à qualidade do leite do que os métodos tradicionais. Com isso, em 1900, começou a fabricar Hershey’s Milk Chocolate Bars, também conhecidas como Hershey’s Bars.

Próxima parada: Hershey, Pensilvânia

Anos mais tarde, Hershey, agora já casado com Catherine “Kitty” Sweeney, começou a colheu os frutos do trabalho. Ele comprou terras na cidade natal, Pensilvânia, para construir a fábrica e fazendas produtoras de leite, em busca da melhor qualidade para o produto com o ingrediente fresco.

Capítulos contam que o empresário era preocupado com a saúde e bem-estar dos funcionários e das famílias, e que levou para a cidade diversas facilidades, como escolas, parques e até um sistema de transporte público. Alguns lugares dizem que esta era uma forma de melhorar o relacionamento, já que a fábrica não tinha janelas, para que os funcionários não tivessem distrações.

O certo é que a cidade mudou e foi até rebatizada por conta de Milton. Hoje se chama Hershey, tem 14 mil habitantes e virou destino de férias dos americanos com hotéis, parques, jardins e, claro, os chocolates.

Entre as atrações, há o destaque para o Hersheypark®, fundado em 1907 e que funciona até hoje. O espaço é considerado um dos parques mais antigos dos Estados Unidos e tem dezenas de atrações, incluindo brinquedos aquáticos, zoológicos, shows diários e restaurantes.

Outro lugar muito procurado é o The Hershey Story, um incrível museu visitado por crianças e adultos de todo o mundo. O espaço apresenta experiências multimídia, degustação de chocolate e até um laboratório para quem quiser colocar a mão na massa (ou no chocolate!).

Quem vai até Hershey pode ficar no Hotel Hershey, que é de 1933. O ambiente possui 276 quartos, spa, piscina e campo de golfe. Entretanto, se você deseja outra opção, procure pelo Hershey Lodge, construído em 1967, que tem 665 quartos e piscina coberta, academia e restaurantes.

Milton Hershey School

Mesmo que o casal Milton e Catherine não podiam ter filhos, isso não impediu que eles tivessem um papel fundamental na vida de milhares de crianças de Hershey. Em 1909, eles fundaram a Milton Hershey School. O objetivo era fornecer a oportunidade de estudo e educação dignos para crianças de baixa renda.

Nove anos depois, os dois optaram por colocar os ativos da Hershey Company no fundo fiduciário da Milton Hershey School, um movimento para garantir que o projeto se mantivesse mesmo depois que eles falecessem. Segundo o site da Hershey’s, atualmente  os programas de educação beneficiam 2 mil crianças.

Hershey’s Kisses

A marca lançou o seu queridinho em 1907: pedaços de chocolate do tamanho de uma mordida. Os Hershey’s Kisses têm fundo chato e formato cônico. Inicialmente, os doces eram embalados manualmente em papel alumínio e, em seguida, passaram por um processo industrial, que facilitou a produção. Ainda assim, a fita no topo, característica do produto Hershey’s genuíno, permanece até hoje.

Atualmente, 70 milhões de unidades já foram produzidas em variações que vão do amendoim, pedaços de chocolate meio amargo e arroz crocante. Mesmo assim, até hoje ninguém sabe ao certo a origem do nome do produto. Há quem conte que seria pelo som de beijos que uma das máquinas faz durante a produção. No entanto, outros acreditam que antigamente a palavra “kiss” referia-se a doces bem pequenos.

O único consenso é em relação ao sucesso da empresa, que já criou e adquiriu diversas marcas ao longo dos anos, como Reese’s, York, Twizzlers, Cadbury, Jolly Rancher, 5th Avenue e Almond Joy.

Apenas nos Estados Unidos

Uma curiosidade: apenas nos Estados Unidos a Hershey’s tem a licença para fabricar e comercializar Kit Kat e Rolo, que eram da Rowntree’s. A concorrente Nestlé adquiriu a marca, mas o acordo ainda está valendo. O único caso previsto de revogação é em caso de venda da marca de Milton Hershey.

Hershey’s no Brasil

No Brasil, a empresa Hershey chegou oficialmente em 1998, com um portfólio de itens importados. É a terceira maior companhia do setor no país, atrás apenas da Nestlé e da Mondelez. Os chocolates estão em pelo menos 90 países pelo mundo.

Em 2001, a empresa adquiriu a icônica marca Io-iô Cream e iniciou a produção das primeiras barras de chocolate em território nacional, na cidade de São Roque, em São Paulo, com a aquisição da fábrica de chocolates da Visconti. A fábrica abriu as portas para a inovação, e dentre tantas ideia, a Hershey ingressou no mundo dos chocolates amargos, em 2006, com a linha Special Dark.

No país, uma parceria com a Bauducco foi a chave para o lançamento das barras grandes e os wafer Hershey’s Mais, concorrentes do Bis. Neste período, entre 2008 e 2015, os chocolates alcançaram todo o território brasileiro. A parceria durou o tempo necessário para que a Hershey’s firmasse a própria produção de wafer. Ainda assim, a operação brasileira é considerada uma start-up, já que atua de forma independente.

Lucro da Hershey’s no 4T22

A Hershey’s registrou lucro líquido de US$ 396,3 milhões no quarto trimestre de 2022, o equivalente a US$ 2,02 por ação. O resultado é superior na comparação com o mesmo período de 2021, com uma alta de 18,1% ante o lucro líquido de US$ 335,6 milhões, ou US$ 1,69 por ação.

O lucro ajustado ficou em US$ 1,92 por ação. Enquanto isso, a receita líquida avançou 14% na comparação anual, passando de US$ 2,326 bilhões no quarto trimestre de 2021 para US$ 2,652 bilhões no quarto trimestre de 2022. No segmento Internacional da companhia, as vendas avançaram 11,1% no mesmo período, para US$ 205,6 milhões no quarto trimestre do ano.

Como investir

Como a The Hershey Company está listada na Bolsa de Nova York, a NYSE, é possível investir na companhia estando no Brasil através da Conta Internacional da XP*. Tudo fica dentro do app da XP, na mesma conta, e o investidor usa a moeda americana para investir em produtos como Stocks, ETFs e REITs.

*Isso não é uma recomendação de compra de ativo.

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Não deixe que as fronteiras limitem o seu potencial financeiro!

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ExxonMobil: a primeira companhia de óleo e gás do Brasil https://fazcapital.com.br/exxonmobil-a-primeira-companhia-de-oleo-e-gas-do-brasil/ Thu, 09 Feb 2023 20:32:11 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=3348   Antes de contar a história da ExxonMobil é preciso falar de John Davison Rockefeller, o primeiro bilionário da história. Em 1870, aos 31 anos, Rockefeller fundou a Standard Oil Company nos Estados Unidos, que se tornaria uma megaempresa de produção, transporte e refino de petróleo. No pico de produção, a empresa chegou a controlar […]

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Antes de contar a história da ExxonMobil é preciso falar de John Davison Rockefeller, o primeiro bilionário da história. Em 1870, aos 31 anos, Rockefeller fundou a Standard Oil Company nos Estados Unidos, que se tornaria uma megaempresa de produção, transporte e refino de petróleo. No pico de produção, a empresa chegou a controlar 90% do mercado.

Quem foi John Davison Rockefeller?

Em 1882, Rockefeller fundou uma das primeiras empresas de truste do mundo. A Standard Oil Trust formava um monopólio sobre o ramo, controlando preços e impedindo o desenvolvimento de qualquer tipo de concorrência.

Algo que se tornou tão poderoso que alguns estados adotaram a lei antitruste. Para fugir da Justiça, Rockefeller dissolveu as empresas e transferiu as propriedades para outros estados, com diretorias interligadas, tudo sob sua presidência.

O início do império

Anos depois, ele as reuniu em uma holding, que existiu até 1911, quando a Suprema Corte declarou que ela violava a lei Antitrust Sherman, lei que regulava a competição entre empresas e diversas atividades comerciais.

A empresa foi dividida em 34 outras companhias e se expandiu pelo mundo, com nomes que deram origem à Exxon, à ConocoPhillips e à Chevron. As ações triplicaram nos primeiros anos e Rockefeller se tornou o primeiro bilionário da história em 1917, com uma fortuna de quase US$ 1,5 bilhão, que valia 2% da economia americana à época.

 
 
 
 
 
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Quando surge a ExxonMobil?

ExxonMobil Corporation é uma multinacional de petróleo e gás dos Estados Unidos, formada em 1999, numa fusão da Exxon com a Mobil, duas empresas que resultaram da divisão da Standard Oil Company em 1911. A ExxonMobil tem sede em Isving, Condado de Dalas, no Texas e opera também sob as marcas Exxon, Mobil e Esso, marca que ficou conhecida no Brasil.

Operacionalmente, a companhia tem três segmentos: a divisão Upstream, que opera exploração, extração e expedição de petróleo; a divisão Downstream, que opera marketing, refino e varejo; e a parte de química, que produz uma série de petroquímicos.

Mundialmente, a Exxon Mobil ocupa o 15º lugar no ranking do seu mercado e a primeira colocação no território norte-americano. Portanto, com o faturamento de 2021, a empresa ocupou o sexto lugar na 68ª edição do ranking das 500 maiores empresas dos EUA, desenvolvido pela Revista Fortune. Segundo os números do mesmo ano, a empresa tem cerca de 64 mil colaboradores em todo o mundo.

ExxonMobil: a primeira companhia de óleo e gás do Brasil

A ExxonMobil chegou ao Brasil em 17 de janeiro de 1912 e tem o pioneirismo como marca no país. Quando chegou ao território brasileiro, a companhia era a Standard Oil Company of Brazil. Por aqui, por exemplo, ela foi a primeira companhia de óleo e gás, além de ser a pioneira na distribuição de gasolina e querosene em tambores e latas, instalação de bombas de rua e no abastecimento de aeronaves comerciais brasileiras.

Atualmente, a empresa tem 2 mil funcionários no Brasil distribuídos nas áreas de Químicos, em São Paulo; Exploração e Produção, no Rio de Janeiro; e em um Centro Global de Negócios, em Curitiba. No segmento de Exploração e Produção, a companhia tem participação em 28 blocos em alto-mar, sendo 17 como operadora. A ExxonMobil é também operadora de 60% da área útil, que representa aproximadamente 10 mil quilômetros quadrados de áreas brasileiras. Nos últimos anos, a companhia investiu US$ 4 bilhões na aquisição destes ativos de primeira linha.

A marca Esso e a força no Brasil

Já tem alguns anos que a ExxonMobil não atua mais em postos de gasolina no Brasil. No entanto, quando atuava, era conhecida pela marca Esso. A marca nada mais é do que a pronúncia da sigla “SO” de Standard Oil Company. A bandeira ficou consolidada na memória do público junto com o mascote, que era um tigre, e o Repórter Esso.

O boletim de rádio nasceu no Brasil em 1941. Era a época da Segunda Guerra Mundial e a propagação do chamado american way of life, ou estilo de vida americano. O programa era mais um produto revolucionário da Standard Oil Company e era transmitido em 15 nações por 60 emissoras. O conteúdo era supervisionado pela agência de publicidade McCann-Erickson e produzido pela agência internacional de notícias United Press Associations (UPA).

No projeto original, o Repórter Esso trazia notícias da guerra, em horários fixos ao longo do dia e também em edições extraordinárias, quando necessário. Com cinco minutos de duração e normas rígidas de conteúdo, com notícias curtas e diretas, praticava o contrário do que vigorava na época em jornais falados. Foi sobretudo o formato do Esso que trouxe inovação para o radiojornalismo.

A testemunha ocular da história

Muitas vozes ficaram conhecidas por conta do programa, mas a primeira foi Heron Domingues, que esteve à frente de 1944 a 1962. O Repórter Esso caiu no gosto dos brasileiros, com o slogan “O primeiro a dar as últimas”. A população brasileira só acreditou no fim da Segunda Guerra Mundial quando o locutor repetiu empolgado: “Terminou a guerra! Terminou a guerra!”.

Outras chamadas ficaram famosas. É o caso do início “O Seu Repórter Esso” ou ainda “A testemunha ocular da história”. Dez anos depois do rádio, o programa foi para a televisão e ficou no ar até os anos 1970. Tal ação fortaleceu ainda mais a marca Esso. A última transmissão no rádio aconteceu no dia 31 de dezembro de 1968, na locução emocionada de Roberto Figueiredo.

Onde estão os postos Esso?

Em 2011, todos os postos com a bandeira Esso foram fechados no Brasil. Isso aconteceu após a fusão da multinacional anglo-holandesa Shell e a Cosan, que detinha os direitos e administrava a marca após ter comprado da ExxonMobil. A partir disso, a Raízen, que controlava a rede de negócios, fechou alguns postos e trocou a marca de outros pela bandeira da Shell.

O objetivo do acordo era dobrar a produção dos 2,4 bilhões de litros de álcool produzidos a cada 12 meses para 5 bilhões em cinco anos. A Petrobras e o grupo Ultra chegaram a manifestar publicamente que estavam na disputa pelos ativos da Esso no Brasil, mas acabaram não fechando negócio. À época da negociação, a marca Esso ainda estava em cerca de 1,7 mil postos pelo Brasil e todos tiveram três anos para se adaptarem. A troca custou, segundo notícias, R$ 130 milhões à Raízen.

Investindo na ExxonMobil: vale a pena?

O investimento em petróleo é uma parcela de muitas carteiras de investimento não só no Brasil, mas no mundo todo. É talvez a commodity mais presente no dia a dia da população, seja em combustíveis, plásticos ou asfalto. Além da tese de disseminação da importância e uso do petróleo, a commodity é um bom hedge contra períodos de inflação, exposição a economias aquecidas e crises repentinas. Nestes cenários, empresas de setores cíclicos como o petrolífero tendem a ganhar força, acompanhando a normalização da demanda global por serviços, transporte e produção.

No Brasil, entretanto, o investimento top of mind para o setor é a estatal Petrobras. A estrutura da companhia, com gestão de custos, preços praticados e monopólio, em condições normais de mercado, dão a ela um status de uma das melhores empresas para se investir. O problema é que isso raramente acontece: por ter sua base acionária majoritariamente nas mãos do governo, há muita interferência para o lado social. Isso porque governos desenvolvimentistas utilizam a companhia para investimentos em áreas não rentáveis e tendem a não respeitar a política de preços. Isso afeta direta e fortemente a geração de caixa da empresa, ou seja, seu lucro.

Alternativas de investimento

Nos últimos meses, vimos uma corrida de investidores para alternativas de investimento à estatal, a fim de se manter na mesma tese. As chamadas Junior Oils, em Prio e 3R, foram bastante visadas, com suas operações focadas em aquisição e desenvolvimento de campos maduros que já não são interessantes à Petrobras.

Porém, uma boa saída está em olhar para fora. Alheio aos riscos brasileiros, o investimento em petrolíferas estrangeiras torna-se uma alternativa viável para aqueles interessados na exposição ao setor, que só no S&P 500 tem um valor de mercado de US$ 1 trilhão.

Com um valor de mercado de mais de seis vezes o da Petrobras (US$ 460 bilhões vs R$ 360 bilhões da Petro), esta é a maior petrolífera dos Estados Unidos, que é um país altamente conhecido pela produção, demanda e consumo da commodity.

Resultados da companhia

Os últimos resultados divulgados pela companhia tiveram sólidos lucros, com anúncios de dividendos na casa dos 15 bilhões de dólares. A empresa é uma grande pagadora de dividendos, principalmente em momentos de alta do ciclo do petróleo. Além disso, há alguns anos já foi discutida uma fusão da ExxonMobil com a Chevron, segunda maior petrolífera americana. Seria uma estratégia para concorrer com a gigante Saudi Aramco. Portanto, na tese de investimento, além do valor que a companhia traz, resiliência e dividendos, há, ainda, possibilidades de expansão via fusões.

O acesso às petrolíferas globais é possível através dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts). Esse tipo de ativo é um valor mobiliário emitido no Brasil que representa outro valor mobiliário emitido por companhias abertas com sede no exterior. Os certificados refletem a variação de preço das ações estrangeiras somados à variação do Real no período.

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Liberdade financeira: você está pronto para alcançar? https://fazcapital.com.br/voce-esta-pronto-para-alcancar-a-liberdade-financeira/ Fri, 13 Jan 2023 19:30:26 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=1241   Muitas desejam liberdade financeira, mas como transformar esse sonho em realidade? Entenda as diferenças entre liberdade e independência financeira e siga dicas práticas para trilhar esse caminho. O primeiro passo para a liberdade financeira é entender o que ela representa. Só então você vai compreender o que precisa ser feito para chegar até lá. […]

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Muitas desejam liberdade financeira, mas como transformar esse sonho em realidade? Entenda as diferenças entre liberdade e independência financeira e siga dicas práticas para trilhar esse caminho.

O primeiro passo para a liberdade financeira é entender o que ela representa. Só então você vai compreender o que precisa ser feito para chegar até lá. A seguir, vamos compartilhar dicas e esclarecimentos para transformar a sua vida financeira.

Liberdade financeira x Independência financeira

Liberdade financeira e independência financeira são conceitos bem diferentes. Muita gente os confunde, então não fique surpreso se você ainda não tinha pensado sobre isso. Vamos explicar cada termo.

Se fôssemos resumir em apenas uma frase, poderíamos dizer que a liberdade financeira é quando você controla o seu dinheiro – e não o contrário. Além de ter as finanças organizadas e poder decidir a melhor forma de crescer o patrimônio, a liberdade financeira também permite outras escolhas. 

Optar por procurar o emprego dos sonhos, investir em um projeto pessoal ou até mesmo recusar determinadas oportunidades se tornam uma prerrogativa inteiramente sua. Afinal, você é o dono do dinheiro e das escolhas.

Quem já alcançou esse estágio, portanto, está apto a passar para a independência financeira. Nessa situação, você já não precisa se preocupar com rendimentos mensais para se manter. A sua vida financeira se torna muito mais relacionada aos seus desejos e não às suas necessidades de subsistência.

Bem interessante, né? Mas lembre-se: ter independência financeira significa que você já alcançou a liberdade financeira. E é preciso bastante foco e disciplina para chegar lá.

Como conquistar a liberdade financeira?

Já imaginou poder selecionar os projetos de trabalho em que você se envolve e priorizar sempre o que é mais importante para você? A liberdade financeira pode te dar tudo isso. 

Mas, então, como fazer para alcançar esse sonho? Vamos apresentar os principais passos para caminhar em direção à liberdade financeira. Preste atenção nas dicas práticas para aplicar no dia a dia e acelerar o desenvolvimento das suas finanças.

1️⃣ Faça um diagnóstico dos seus gastos

Já pode abrir a planilha e começar um estudo profundo das suas despesas. É preciso entender como e com o que você gasta no presente antes de planejar o futuro. 

Depois de analisar a relação entre o que você ganha e o que você gasta todo mês, você vai entender se há dívidas pendentes e o que elas representam nas suas finanças. Se as contas estiverem em dia, você vai conseguir visualizar o quanto pode poupar a cada mês.

Lembre-se: ter a vida financeira organizada é um passo fundamental para controlar o próprio dinheiro. 

2️⃣ Comece a planejar a sua liberdade financeira

Com o panorama das suas finanças em mãos, é hora de partir para o planejamento financeiro. Nessa etapa, o mais importante é esclarecer quais são os seus objetivos em relação ao dinheiro. A partir disso, é possível estabelecer as metas que vão te levar até a liberdade financeira. 

É preciso aumentar os seus rendimentos com algum tipo de renda extra? Ou já é possível começar a investir o excedente e fazer o dinheiro trabalhar por você?

3️⃣ Defina o seu perfil de investidor

Investir é a melhor maneira de fazer o seu patrimônio crescer ao ponto da liberdade financeira. Para fazer isso, você precisa ter clareza sobre os seus objetivos e as suas necessidades ao aplicar o dinheiro.

Qual é o seu nível de conforto em relação às oscilações do mercado? Se você prefere que seus investimentos não oscilem muito e abre mão de rentabilidade por estabilidade, talvez você seja um investidor de perfil conservador. Por outro lado, se prefere se aventurar um pouco mais para ver lucros maiores, é possível que seja um investidor agressivo. Você ainda pode ter um perfil mais moderado, que mescla um pouco desses dois outros perfis.

Entretanto, para realmente saber o seu perfil, é necessário fazer a sua análise de perfil do investidor.

Os níveis de risco e rentabilidade mudam conforme o perfil de investidor. Portanto, determinar essa característica é fundamental para identificar as melhores oportunidades para a sua carteira de investimentos. Caso tenha curiosidade, entre em contato com o nosso time na Faz Capital, que nós podemos te ajudar nessa determinação.

4️⃣ Conheça as diferentes modalidades de investimento

Conhecimento é um passo muito importante para a liberdade financeira. Nesse sentido, não basta aumentar os seus rendimentos sem ter consciência sobre os processos que te levaram a isso.

Entre investimentos de renda fixa e renda variável, há muitas alternativas para aplicar o seu dinheiro. Essas são algumas das mais comuns:

  • Tesouro Direto 
  • Debêntures
  • CDBs
  • Ações 
  • Fundos de ações
  • Fundos multimercados 
  • Fundos imobiliários 
  • Letra de Câmbio
  • LCA 
  • LCI

Há opções para todos os bolsos e perfis de investidor, mas não se preocupe se a variedade causar uma certa confusão. Afinal, todos nós estamos constantemente aprendendo e o primeiro passo você já está fazendo ao ler esse artigo. 

 

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5️⃣ Mantenha o foco

Organização e comprometimento são essenciais para garantir a liberdade financeira. Se você quer controlar o seu dinheiro, é preciso também estar no controle de todos os aspectos das suas finanças.

Você precisa acompanhar o mercado financeiro e analisar o quanto as constantes mudanças afetam os seus investimentos. Caso alguma aplicação não esteja dando o retorno esperado, é preciso ter clareza para ajustar as suas escolhas.

Acima de tudo, você precisa de paciência e foco para cumprir as metas que estabeleceu. Essa é a única maneira de alcançar o grande sonho da liberdade financeira.

Conte com a Faz Capital para guiar os seus primeiros passos rumo ao controle do próprio dinheiro. Se quiser ir mais a fundo sobre esse assunto, baixe o Plano Financeiro e aplique já em sua vida!

 

 

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5 motivos para começar a investir antes dos 30 https://fazcapital.com.br/investir-antes-dos-30/ Mon, 09 Jan 2023 17:22:55 +0000 https://fazcapital.com.br/?p=2238 Todo mundo sabe que é importante investir. Seja para construir uma reserva de emergência ou para programar a sua independência financeira, é fundamental que você tenha um patrimônio construído. Aqui, o objetivo é te explicar o porquê você deve investir antes dos 30, ou o quanto antes possível.    1. Ter uma reserva de emergência […]

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Todo mundo sabe que é importante investir. Seja para construir uma reserva de emergência ou para programar a sua independência financeira, é fundamental que você tenha um patrimônio construído. Aqui, o objetivo é te explicar o porquê você deve investir antes dos 30, ou o quanto antes possível.   

  1. 1. Ter uma reserva de emergência

Assim que a maioridade oficial começa aos 18 anos, diversos caminhos podem ser iniciados. Existem aqueles que começam uma faculdade, outros que já focam um pouco mais no trabalho e ainda tem aqueles que querem explorar experiências que até então não tiveram a oportunidade de realizar. Independentemente de quem seja você nesta jornada, é super importante que você comece a constituir a sua reserva de emergência.  

Os vinte e poucos anos são sempre recheados de eventos inesperados e, por isso, podem gerar diversos perigos financeiros. Se você não tiver algum dinheiro organizado para algum imprevisto, é possível que você vá precisar recorrer ao banco. Neste caso, você estaria começando a sua vida adulta com dívidas.  

 

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Quite as dívidas primeiro  

Se esse for o seu caso, não se preocupe, é possível reverter a situação. Planeje seu orçamento para ir quitando as suas dívidas que tem o maior custo efetivo total (CET) e comece a investir. Esse dinheiro guardado vai te ajudar nos próximos imprevistos que surgirem.  

Aliás, é sempre importante lembrar: se você tiver alguma dívida com alto CET como cheque especial ou cartão de crédito, você deve resolver essa situação antes de começar a construir a sua reserva de emergência. Até porque o custo da sua dívida provavelmente vai ser superior a rentabilidade que você vai ter nos seus investimentos.  

2. Quanto mais cedo você começar, mais rápido você chega na sua independência financeira 

Imagine não precisar trabalhar porque você já tem uma renda passiva que seja suficiente para garantir todas as suas despesas pessoais recorrentes? Esse é o objetivo da independência financeira: formar um patrimônio grande o suficiente, que te permita viver dos rendimentos mensais da sua carteira, de forma que o seu patrimônio ainda se mantenha de forma perene.  

E vale a pena investir antes dos 30 em Previdência Pública?

A princípio, a previdência pública deveria ser capaz de suprir as necessidades financeiras dos aposentados. Entretanto, depender desse instrumento público é arriscado. Como a pirâmide etária do Brasil está se invertendo, vai haver cada vez menos trabalhadores em idade ativa para cada aposentado dependendo da previdência pública. Por isso, os valores e o tempo de aposentadoria tendem a ser cada vez piores, por uma questão matemática.  

LEIA TAMBÉM: O passo a passo para ficar rico

Nesse sentido, investir para garantir a sua própria independência financeira vai ser cada vez mais importante. Por isso, começar o quanto antes é fundamental, para aproveitar do benefício dos juros compostos no decorrer do tempo.   

 3. Investir antes dos 30 para se proteger da inflação 

No Brasil, o investimento não é uma escolha, mas uma necessidade. O motivo para isso é justamente a alta inflação, que é uma preocupação constante do país. Em função desta questão, o dinheiro que fica parado perde muito valor no decorrer do tempo e, por isso, prejudica a construção de patrimônio.  

Segundo a calculadora do cidadão do Banco Central, em janeiro de 2022, você precisaria de R$ 5,19 para comprar a mesma coisa que R$ 1,00 compraria em 2002, por exemplo. Pela mesma lógica, R$ 1,00 em 2022 representaria R$ 0,19 em 2002. 

Imagine a realidade de alguém que viveu esse período e não investiu, por exemplo, os R$ 100.000,00 que tinha acumulado. Um caso como esse pode parecer distante da realidade, mas se nos últimos anos você também não investiu, então você também está perdendo poder de compra há anos.  

4. Disciplina financeira (se você começa antes, você cria o hábito) 

Em finanças pessoais, existe aquilo que é “finanças” e existe aquilo que é “pessoal”. Ao navegar pelas finanças, o plano fica muito claro. Você investe X, por Y anos e deve ter algo em torno de Z reais, considerando estimativas do mercado e seus imprevistos. Ainda que os cálculos não sejam precisos, porque rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, é possível ter uma estimativa do seu plano financeiro.  

A parte pessoal das finanças pessoais 

Por outro lado, existe a parte “pessoais” que não tem nada de preciso ou racional. É no âmbito das finanças comportamentais, que é possível perceber que todos nós temos vieses e dificuldades para conseguir cumprir com os planos financeiros da vida. Por isso, começar cedo e ir aprendendo aos poucos é fundamental para que não sejamos vítimas da nossa própria individualidade.  

Ao começar nos vinte e poucos anos, você começa a ter clareza sobre o seu custo de vida, o quanto consegue poupar e ir ajustando essas variáveis conforme a renda muda. Um dos maiores perigos do planejamento orçamentário pessoal é quando você não tem clareza do seu custo de vida e acaba gastando tudo o que recebe.  

A partir do momento que a sua renda aumenta, não existe um problema aparente no seu custo de vida aumentar proporcionalmente a esse aumento. Porém, o problema acontece quando a sua renda diminui depois de algum aumento. Sem a percepção do seu custo de vida, esse pode ser um momento em que as dívidas começam a aparecer. Por isso, o hábito do investimento mensal te ajuda a ter essa percepção mais rapidamente.  

  1. 5. Se você fizer alguma besteira com o seu dinheiro ao investir antes dos 30, você ainda tem muito tempo para consertar 

Os vinte e poucos anos são marcados pela experimentação. Um ótimo exemplo disso é a questão da empregabilidade. Oportunidades de trabalho que a princípio não eram possíveis agora passam a ser viáveis. Por um lado, a idade permite que você possa realizar atividades que antes não seriam possíveis. Por outro lado, a sua experiência abre portas para novas iniciativas.  

Ao começar a investir antes dos 30, você se protege do excesso de confiança 

Nesse sentido, a confiança acaba se desenvolvendo e a vontade de testar coisas novas também. Por isso, também é um ótimo momento para se começar a investir.  

O problema acontece quando essa confiança acaba se transformando em excesso de confiança, que é um dos principais vieses comportamentais que prejudicam os investidores. Em um momento como esse, a idade ajuda bastante. Isso porque, se você acabar tendo algum tipo de prejuízo, você tem tempo para corrigir esse problema e consegue aprender com o seu erro.  

Aliás, você não precisa fazer uma besteira com o seu dinheiro para aprender. Aqui na Faz Capital, temos um time de Assessores de Investimento experientes que podem te ajudar na sua jornada financeira. Desde a construção da sua estratégia de investimentos, até o seu plano financeiro pessoal completo, você pode estar acompanhado por profissionais experientes do mercado.  

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Aprenda a guardar dinheiro na prática https://fazcapital.com.br/aprenda-a-guardar-dinheiro-na-pratica/ Fri, 16 Dec 2022 18:05:46 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=1058   Você precisa guarda dinheiro, mas ainda acha que tem que ter muita grana para conseguir economizar? Está na hora de mudar essa percepção. Não é preciso ter um alto salário ou grandes reservas financeiras para começar a poupar. Na prática, guardar dinheiro depende muito mais de planejamento e disciplina do que do montante que […]

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Você precisa guarda dinheiro, mas ainda acha que tem que ter muita grana para conseguir economizar? Está na hora de mudar essa percepção. Não é preciso ter um alto salário ou grandes reservas financeiras para começar a poupar. Na prática, guardar dinheiro depende muito mais de planejamento e disciplina do que do montante que você vai separar.

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Uma boa administração financeira tem o poder de mudar a sua vida. Para isso, basta aplicar algumas estratégias básicas para melhorar a maneira como você lida com o dinheiro. Lembre-se de que poupar não depende de valor. Inclusive, há muitos casos de pessoas que recebem altas quantias e, mesmo assim, ficam no vermelho. Enquanto isso, pessoas que ganham pouco, mas sabem poupar, atingem grandes resultados.

O segredo para economizar é ser capaz de viver com uma quantia menor do que o seu rendimento mensal. Assim, você garante mais estabilidade e segurança na sua vida financeira. Além de estar preparado para os imprevistos, você também acelera a realização dos seus sonhos.

A hora de começar a guardar dinheiro é agora

Economizar é o hábito financeiro mais saudável para quem quer ter controle das suas finanças. Construir patrimônio, colocar planos em prática, sentir a segurança da independência financeira. Tudo isso está ao alcance de quem poupa. E quanto mais cedo você começa, mais cedo você vê os resultados.

Quem começa a guardar dinheiro cedo, pode guardar um valor menor a cada mês e ainda assim atingir seus objetivos no período desejado. Já quem deixa a poupança para depois, arrisca. Por isso, cumprir metas financeiras se torna mais difícil quando você precisa separar altas quantias mensais.

Mas não se preocupe se você ainda não tem o hábito de guardar dinheiro. A melhor hora para começar é agora! Para te ajudar, separamos os passos principais para quem quer economizar na prática.

Os primeiros passos para economizar na prática

1. Avalie as suas finanças

Fazer um diagnóstico completo dos seus rendimentos e dos seus gastos é o primeiro passo para um bom plano financeiro. É preciso compreender, por exemplo, como impostos e outros abatimentos afetam o seu orçamento. Também é essencial identificar quais são os principais gastos e de onde eles se originam. Assim, é possível fazer ajustes e cortar despesas desnecessárias. Os seus gastos médios revelam o seu estilo de vida e quais áreas você decide priorizar.

2. Acabe com as dívidas

Se o seu diagnóstico revelou um comprometimento com dívidas, é hora de saná-las. Encerrar esse tipo de débito é fundamental para conseguir economizar com constância. Verifique todos os valores que você deve e, se necessário, renegocie o pagamento, sempre com a intenção de diminuir o custo efetivo total da sua dívida. Dessa forma, é possível conseguir descontos e boas condições em um acordo.

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Não é possível começar o seu planejamento financeiro sem antes acabar com as dívidas. E quando você encerrar esses compromissos, evite contrair novas dívidas. Para iniciar o seu processo de economia, priorize compras à vista, pelo menos por algum tempo.

3. Crie um orçamento mensal

Essa é uma das ferramentas mais importantes para de fato estruturar a sua vida financeira. Com um orçamento mensal realista, você tem mais controle sobre o destino do seu dinheiro e sobre quais metas você quer cumprir.

Para montar o seu orçamento, faça um mapa de todas as suas despesas fixas e variáveis. Isso inclui gastos como moradia, alimentação, transporte e lazer. Com a completa visualização dos seus custos essenciais, você é capaz de prevenir gastos supérfluos e excessivos.

Invista em metas financeiras

Determinar os seus objetivos é muito importante para ter clareza de como agir em relação ao seu dinheiro. Agora que você já deu os primeiros passos rumo ao hábito de poupar, é hora de avaliar as suas metas financeiras.

Metas e objetivos são conceitos diferentes, mas extremamente complementares. O objetivo é aquilo que você deseja alcançar. Por exemplo, conquistar a independência financeira ou garantir uma renda passiva fixa para a segurança da sua família. Por outro lado, as metas são as tarefas que, se cumpridas, levam aos objetivos.

Como estabelecer uma meta financeira?

Há um método simples para quem quer começar a estabelecer metas concretas e realizáveis. Trata-se do método SMART:

S: Specific – Específica
M: Measurable – Mensurável
A: Achievable – Alcançável e realista
R: Relevant – Relevante para seus objetivos
T: Time Based – Atrelada a um prazo

Se as suas metas atenderem todos esses quesitos, a chance de cumpri-las se torna bem maior. Para alcançar as metas com constância, lembre-se de manter uma expectativa realista. O melhor é dividi-las em etapas de curto, médio e longo prazo.

Metas muito ambiciosas costumam se tornar um risco desnecessário e podem comprometer o seu padrão de vida sem necessariamente trazer o retorno esperado. Além disso, fica cada vez mais difícil manter a motivação para poupar diante de metas que não são realistas.

O incentivo da realização é fundamental para quem quer economizar, pois essa é uma tarefa que exige disciplina e constância. Por isso, antes de começar a investir o seu dinheiro, é importante investir nas metas certas para os seus objetivos.

 

Descubra como criar um plano financeiro sólido!

 

Guardar dinheiro para um futuro de abundância

Um dos objetivos mais comuns de quem começa a guardar dinheiro é o desejo de se aposentar mais cedo ou de garantir uma aposentadoria tranquila, mantendo a independência financeira.

Esse objetivo se traduz em um investimento de longo prazo. Portanto, mais do que guardar o seu dinheiro, é preciso ter metas que levem à multiplicação dos seus recursos. Nesse sentido, depois de começar a economizar, o passo mais importante é aprender onde investir o seu dinheiro com segurança e rentabilidade.

Quem deseja garantir a aposentadoria costuma investir em ativos como previdência privada, tesouro direto ou em aplicações de renda variável. Não há uma única fórmula para gerar bons resultados. Na verdade, existem muitos caminhos e opções de investimento para os mais diversos perfis de investidores.

Você não precisa descobrir o seu caminho sozinho. Os nossos assessores financeiros estão prontos para tirar as suas dúvidas e guiar os seus próximos passos no mundo dos investimentos. A Faz Capital reúne a capacitação e a experiência para levar os seus recursos a um futuro de abundância. Entre em contato para começar a investir.

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Taxa Selic em alta: risco ou oportunidade? https://fazcapital.com.br/taxa-selic-em-alta-risco-ou-oportunidade/ Mon, 12 Dec 2022 15:01:27 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=1071   O ano de 2022 começou com a taxa Selic em 10,75%. Em seguida, o índice aumentou para 11,75% e chegou a 12,75% no início de maio. Na última reunião, dia 7 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (Bacen) manteve a taxa básica de juros em 13,75%. Após 12 aumentos […]

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O ano de 2022 começou com a taxa Selic em 10,75%. Em seguida, o índice aumentou para 11,75% e chegou a 12,75% no início de maio. Na última reunião, dia 7 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (Bacen) manteve a taxa básica de juros em 13,75%. Após 12 aumentos consecutivos, a taxa básica de juros se estabeleceu, pela terceira reunião consecutiva. Atualmente, é o maior índice dos últimos cinco anos.

Segundo o Bacen, ainda há um ambiente inflacionário pressionado aqui no Brasil e no mundo. Além disso, com a perspectiva de baixo crescimento global e alta volatilidade nos ativos financeiros, os economistas acreditam que há necessidade de se ter cautela. 

A alta da taxa Selic impacta diretamente o seu cotidiano e os seus investimentos. Para entender melhor como isso acontece, é preciso compreender o que esse indicador representa para a economia brasileira.

O que é a taxa Selic?

Quem ainda lembra da remarcação constante de preços (muitas vezes vertiginosa e mais de uma vez ao dia) conhece bem o fantasma da hiperinflação. De uma forma ou de outra, ele assombrou os brasileiros até os anos 90, com a chegada do Plano Real. E foi essencialmente para controlar a inflação que o Banco Central criou o Sistema Especial de Liquidação de Custódia (Selic), em 1979.  

O sistema registra diariamente todas as operações relacionadas a títulos do Tesouro Nacional. A taxa média resultante dessas negociações diárias configura a taxa Selic. Ela é a taxa de juros básica da economia brasileira, a referência para todas as negociações de ativos do mercado financeiro.  A Selic tem impacto sobre qualquer transação envolvendo juros, como os empréstimos, financiamentos ou investimentos. Para atuar no controle da inflação, a taxa Selic é definida a cada 45 dias pelo Copom.

Por que a taxa Selic está alta?

Antes de começar a subir, a taxa Selic passou por um período de baixa. Em 2021, o índice completou quatro anos sem chegar aos dois dígitos. Inclusive, entre agosto de 2020 e março de 2021, a Selic registrou o nível mais baixo da história.

A principal razão para esse crescimento foi o impacto da pandemia sobre a economia global. Bancos centrais ao redor do mundo adotaram a redução de juros como medida para aquecer as economias locais. 

Por que a taxa Selic não se manteve nos patamares da pandemia? 

Ao estimular a economia na pandemia, o consumo dos brasileiros aumentou e a pressão inflacionária cresceu. Além disso, a recuperação financeira de alguns setores da economia internacional levou ao aumento de preço das commodities. Isso aconteceu especialmente em função da crise enfrentada pela cadeia global de produção e logística, que resultou em alta nos preços de insumos e bens intermediários para a indústria. No mercado interno, as pressões da instabilidade política sobre a taxa de câmbio colaboraram para a alta na inflação, uma vez que insumos como as commodities são comprados em dólar. 

Como a alta da Selic afeta o dia-a-dia?

Tanto o aumento quanto a redução da taxa Selic têm grande influência na vida dos brasileiros. Por um lado, a elevação do índice parece benéfica por gerar rendimentos mais altos na renda fixa. Por outro lado, esse aumento indica que o dinheiro está mais caro e, por isso, é mais custoso financiar um carro, pegar um empréstimo ou expandir o seu negócio. 

LEIA TAMBÉM: Como um assessor de investimentos pode te ajudar?

Nesse sentido, uma Selic alta indica maior dificuldade para distribuir recursos. As taxas para empréstimos bancários aumentam e tornam mais difícil o acesso ao crédito. Assim, o consumo tende a diminuir no país. Menos empresas tendem a expandir suas operações e, por isso, a renda tende a ser menor do que em contextos de Selic baixa.  

Além disso, com a dificuldade de acessar linhas de crédito, algumas empresas podem enfrentar dificuldades financeiras não contornáveis. Isso leva à redução de pessoal e, muitas vezes, ao decreto de falência. Ambas as situações contribuem para o aumento do desemprego. 

Quem consegue acesso a crédito arca com altos custos, que podem ser repassados para o preço final de produtos ou serviços.

Em resumo, a variação da taxa Selic é sentida por pessoas em todas as faixas de renda. Afinal, ela é o ponto de referência da nossa economia. Porém, a alta do índice não é totalmente negativa para todos. Para alguns setores, o aumento do índice representa uma oportunidade. 

Quem se beneficia com a alta da Selic?

Alguns setores da economia se beneficiam com a alta da Selic, principalmente bancos, financeiras e seguradoras. Isso ocorre porque o custo do dinheiro aumenta. Então, essas instituições podem cobrar mais caro para emprestar dinheiro ou para fornecer seus serviços.

Além disso, quem investe em renda fixa também consegue tirar proveito da Selic em alta. O aumento do índice aumenta a rentabilidade de investimentos de renda fixa pós-fixada, por exemplo.

Diante desse cenário, alguns investimentos de natureza mais conservadora se tornam mais atraentes. Nós separamos as principais dicas de onde investir para garantir bons retornos com a taxa Selic em alta.

Onde investir com a Taxa Selic em alta

Quando o assunto é renda fixa, o momento atual nem sempre é o mais importante para avaliar as melhores opções de investimento. Isso acontece porque a taxa de juros pode variar de forma expressiva no decorrer de um curto período de tempo, como foi o caso de 2021 para o fim de 2022. 

Nesse sentido, em um cenário de alta taxa Selic e com expectativas de controle da inflação para 2023 e 2024, é esperado que títulos pré fixados performem melhor, caso a tendência de baixa da Selic se confirme para os próximos anos. 

Por outro lado, caso o próximo governo continue com o aumento de gastos na economia, a pressão inflacionária pode ceder. Nesse contexto, o Banco Central vai precisar continuar aumentando a taxa Selic e, nesse caso, ativos pós-fixados vão se beneficiar desse movimento, uma vez que acompanham as variações da taxa de juros. 

Ainda que esse tipo de investimento seja chamado de “fixo”, a sua rentabilidade depende das variáveis do mercado e, em especial, da taxa Selic. Por isso, o melhor caminho é uma alocação de investimentos completa, que leve em consideração o seu perfil de investidor. 

Para construir uma carteira de investimentos que faça sentido para a sua realidade, entre em contato com a Faz Capital. Os nossos assessores financeiros estão à disposição para apresentar as melhores alternativas para o futuro do seu dinheiro.

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O que são juros simples? E juros compostos? https://fazcapital.com.br/o-que-sao-juros-simples-e-juros-compostos/ Thu, 08 Dec 2022 14:37:10 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=1052   Os conceitos de juros simples e compostos costumam confundir muitos investidores. Por isso, é muito importante compreender as funções de cada um e as diferenças entre eles. Assim, você será capaz de planejar melhor os seus investimentos – e vai entender como funcionam os seus rendimentos. Em resumo, os juros simples são calculados sobre […]

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Os conceitos de juros simples e compostos costumam confundir muitos investidores. Por isso, é muito importante compreender as funções de cada um e as diferenças entre eles. Assim, você será capaz de planejar melhor os seus investimentos – e vai entender como funcionam os seus rendimentos.

Em resumo, os juros simples são calculados sobre o valor inicial de uma operação e não aumentam caso o valor principal mude. Esse tipo de lucro é mais comum em situações de dívida como financiamentos e empréstimos pessoais.

Por outro lado, os juros compostos vão se acumulando conforme o tempo da operação aumenta. Nesse caso, há o pagamento de juros sobre juros e por isso que eles se chamam compostos.

Afinal, o que são juros?

Eles são o excedente que você vai pagar ou receber em qualquer operação financeira, seja ela um empréstimo ou um investimento. Por exemplo, quando você aplica dinheiro em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) de um banco, você está emprestando o seu dinheiro para uma instituição financeira em troca de receber juros em cima do valor que você emprestou.

Nesse caso, a taxa é o que vai determinar o seu rendimento. Aí entram os juros simples e os compostos, os dois tipos que são a base de todas as operações financeiras. Entender como eles funcionam é fundamental para decidir o futuro das suas aplicações.

Qual a diferença entre simples e compostos?

A principal diferença é o efeito do tempo sobre a cobrança ou o rendimento. 

No caso dos juros simples, o tempo não muda o tamanho de cada recebimento ou pagamento feito em uma operação financeira. Em outras palavras, se você deve pagar 10% sobre um valor de R$ 1.000,00, então esse juro sempre vai ser de R$ 100,00 em todas as parcelas.

LEIA TAMBÉM: Como um assessor de investimentos pode te ajudar?

No caso dos juros compostos, o tempo muda o tamanho de cada recebimento ou pagamento feito em uma operação financeira. Por exemplo, se você aplicou R$1.000,00 em um investimento que retorna 10% de juros, então a primeira parcela dos juros vai ser de R$100,00, a segunda vai ser de R$ 121,00, a terceira vai ser de R$ 133,10 e assim por diante.

O sistema financeiro, em geral, não utiliza juros simples. Eles estão mais atrelados a operações como financiamentos, pagamento de impostos e algumas aplicações bancárias. A maioria dos investimentos utiliza o juro composto. Ao aplicar juros sobre juros, o juro composto traz mais lucro do que o juro simples, no qual o retorno incide de forma fixa sobre o capital inicial. Mesmo assim, você deve saber calcular ambos para ter mais controle sobre a sua vida financeira.

Como calcular juros simples


Existe uma fórmula fácil para calcular os juros simples:

J = C × i × t

Isso significa:

J = juros simples;
C = capital inicial;
i = taxa em %;
t = tempo da aplicação.

Para aplicar esse conceito imagine o seguinte cenário: ao investir R$1.000 com rendimento de 10% ao mês por 3 meses, o juro simples total da operação é de R$ 300,00. Dessa forma, no final do período, você teria R$ 1.300,00.

Como calcular juros compostos

Esse cálculo é muito importante para tomar boas decisões sobre os seus investimentos. Nesse caso, também há uma fórmula para determinar o valor dos juros compostos:

M = C × (1 + i)^n

M = C + J

J = M – C

Isso significa:

M = montante;

C = capital aplicado ou valor inicial;

i = taxa de juro composto;

n = tempo de aplicação;

J = juro composto.

Essa fórmula exige atenção às unidades. Por exemplo, em um investimento com taxa de 2% ao mês e um prazo de dois anos, é preciso transformar os dois anos em 24 meses, já que a taxa é mensal. O mesmo vale para quando a taxa é anual ou diária.

Veja outro exemplo, em que o retorno previsto é de 1% ao mês. Se você aplicar R$5.000 por 6 meses, o cálculo seria o seguinte:

M = 5.000 x (1 + 0,01)⁶

Logo, M = 5.000 x 1,01⁶

Assim, M = 5.307,60

Ao final do período, você receberia R$5.307,60 como resultado do efeito desse tipo de remuneração. Com eles, você pode fazer o seu patrimônio crescer de forma exponencial. Esse é o seu principal efeito sobre os investimentos.

Como isso interfere nos seus investimentos e na sua vida?

Entender o impacto dos juros, especialmente dos compostos, é um passo essencial para se tornar um bom investidor. Quem domina esse conceito é capaz de escolher as aplicações mais vantajosas para um futuro financeiro mais tranquilo.

As pessoas que vivem de renda são as que conhecem na prática o efeito dos retornos compostos. Mês a mês, eles são capazes de multiplicar o seu patrimônio e dar cada vez mais força aos seus investimentos. Nesse caso, quanto maior o prazo e o volume de recursos investidos, maior será o retorno.

Como investir com juros compostos?

Praticamente todos os investimentos disponíveis no mercado financeiro, sejam de renda fixa ou de renda variável, utilizam juros compostos. Desde a poupança, ao Tesouro Direto, até aplicações como Certificado de Depósito Bancário (CDB),  Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), todas têm retorno baseado nesse tipo de remuneração.

E embora a bolsa de valores não pague cupons diretamente sobre os investimentos, a própria natureza do mercado de ações oferece retornos compostos. Então, seja qual for a modalidade, os juros compostos afetam diretamente o retorno dos seus investimentos. Leve isso em consideração ao decidir sobre as suas próximas aplicações. 

E lembre-se de que é possível começar com pouco. Mesmo com um aporte inicial baixo, os retornos compostos causam impactos impressionantes a longo prazo. O importante é começar! E, claro, adquirir disciplina para investir todos os meses. Assim, os juros compostos vão trabalhar de forma mais eficiente para render o seu dinheiro. Conte com a Faz Capital para planejar o seu futuro. Nossos assessores financeiros estão à disposição para guiar os seus próximos passos!

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O que é Ibovespa e por que esse índice importa? https://fazcapital.com.br/o-que-e-ibovespa-e-por-que-esse-indice-importa/ Fri, 23 Sep 2022 17:44:44 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=1069   O Índice Bovespa (Ibovespa) surgiu com a modernização do mercado financeiro do Brasil. Também conhecido como IBOV, ele é o principal índice da Bolsa de Valores do país, pois calcula a média de desempenho das principais ações negociadas na B3.  Em 1968, a B3 ainda era conhecida apenas como Bolsa de Valores de São […]

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O Índice Bovespa (Ibovespa) surgiu com a modernização do mercado financeiro do Brasil. Também conhecido como IBOV, ele é o principal índice da Bolsa de Valores do país, pois calcula a média de desempenho das principais ações negociadas na B3. 

Em 1968, a B3 ainda era conhecida apenas como Bolsa de Valores de São Paulo. Ela criou o Ibov como forma de fornecer dados e informações adicionais para os investidores. O Ibovespa se tornou uma espécie de termômetro do mercado de ações brasileiro. Mas para que você entenda melhor a sua importância, é preciso conhecer toda a sua história.

Da Bovespa ao Ibovespa

A Bovespa, Bolsa de Valores de São Paulo, foi criada em 1890. Inicialmente, ela se chamava Bolsa Livre e apenas em 1935 passou a ser conhecida pelo nome atual. Até o final do século XX, cada estado tinha sua própria bolsa de valores. No entanto, em 2000 as instituições foram unificadas. 

Assim, criou-se uma Bolsa de Valores brasileira. Porém, o nome se manteve o mesmo, como homenagem à sede em São Paulo. Afinal, não é exagero dizer que a cidade é a capital financeira do país. Em 2017, a Bovespa passou por uma nova grande mudança: a BM&FBovespa se uniu à Cetip (Central de Custódia). A fusão deu origem à Brasil, Bolsa e Balcão, mais conhecida como B3.

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O índice Ibovespa acompanhou a evolução da própria Bolsa de Valores. As bases para a formulação do índice remontam ao IBV, Índice Bolsa de Valores, vinculado à antiga Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Após também incorporar outras instituições do mercado, o Ibovespa ganhou a relevância que tem hoje: além de avaliar as variações nos preços dos principais ativos da bolsa, o índice leva em consideração o potencial impacto no pagamento de rendimentos pelas empresas emissoras das ações. 

Ibovespa: uma história que oscila com o mercado

Um único índice capaz de mostrar o comportamento das ações mais negociadas na B3. Formado por uma carteira de ações teórica, ele reúne os papéis com maior volume financeiro da Bolsa de Valores brasileira. Essa é a importância que o Ibovespa acumula nos seus mais de 50 anos de história. 

O índice permite que os investidores acompanhem a rentabilidade média dessas ações. Assim, fica mais fácil tomar decisões sobre o futuro de suas aplicações. Desde 1968, o Ibovespa registrou ganhos de 2481,39%, segundo pesquisa concluída em 2018. Nesse período, o índice finalizou 25 anos com ganhos e outros 25 anos com perdas.

Os momentos mais marcantes do Ibovespa

O índice Ibovespa oscila com o mercado, o qual, por sua vez, oscila de acordo com a realidade política e socioeconômica do país. Na trajetória de mais de meio século, o Ibovespa enfrentou momentos marcantes.

O ano de 1990 foi um dos piores na história do índice. As perdas acumuladas chegaram a 74,11% diante do anúncio do Plano Collor. Essa foi a política que mais afetou as cadernetas de poupança e as reservas econômicas dos brasileiros nas últimas décadas. 

Porém, já no ano seguinte, o Ibovespa acumulou ganhos de 316,38%. Foi nessa época que o índice registrou a maior alta diária, de 36%. Isso ocorreu em 4 de fevereiro de 1991 como reflexo da expectativa dos investidores em relação ao lançamento do Plano Collor 2, que prometia controlar a inflação no país.

Em 2018, ano do seu cinquentenário, o Ibovespa também atingiu altas históricas. Dessa vez, tanto o mercado interno quanto o externo demonstraram expectativas positivas quanto ao resultado das eleições presidenciais no Brasil.

A evolução do Índice Bovespa

Quando foi criado, o Ibovespa reunia apenas 17 ações. Mas entre essas pioneiras estão algumas grandes empresas que fazem parte do índice até hoje. Entre elas estão organizações como a Ambev, antiga Antarctica, o Banco Itaú, as Lojas Americanas e a Companhia Vale do Rio Doce, hoje conhecida como Vale.

Nesses mais de cinquenta anos, no entanto, os critérios para fazer parte do Ibov foram refinados. Hoje os principais quesitos para fazer parte da carteira do Ibovespa são uma boa liquidez e um grande volume de ações negociadas na Bolsa. A cada quatro meses, a B3 reavalia a composição da carteira do Ibov.

Dessa forma, é possível adicionar ou excluir ações conforme elas cumprem ou deixam de cumprir os critérios estabelecidos. Para seguir no Ibovespa, é preciso, por exemplo, obter um volume de negociações maior ou igual a 0,1% nos últimos 12 meses. A empresa também deve participar de, no mínimo, 95% dos pregões anuais. Além disso, são vetadas as ações consideradas “penny stock”, com cotação média abaixo de R$1. Ainda são desconsideradas empresas em recuperação judicial ou extrajudicial, bem como regime especial de administração temporária ou intervenção.

O investidor que aplica no índice Bovespa pode acompanhar diariamente as ações cujos valores sobem ou descem no mercado financeiro. Mais do que uma carteira teórica de ações, o Ibovespa é uma grande fonte de informações qualificadas para quem lida com investimentos. Mas você não precisa enfrentar todos esses dados sozinho. A Faz Capital tem o conhecimento e a experiência para guiar os seus melhores investimentos.

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Vale a pena investir em IPO? Qual o potencial de retorno? https://fazcapital.com.br/vale-a-pena-investir-em-ipo-qual-o-potencial-de-retorno/ Mon, 08 Aug 2022 21:26:06 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=1042   Um IPO (Initial Public Offering), no mercado de capitais, consiste na listagem de uma empresa na bolsa de valores. Desta forma, a empresa deixa de ser uma companhia de capital fechado para se tornar uma empresa de capital aberto. Com essa operação, qualquer investidor pode se tornar sócio da companhia, bastando comprar as ações […]

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Um IPO (Initial Public Offering), no mercado de capitais, consiste na listagem de uma empresa na bolsa de valores. Desta forma, a empresa deixa de ser uma companhia de capital fechado para se tornar uma empresa de capital aberto. Com essa operação, qualquer investidor pode se tornar sócio da companhia, bastando comprar as ações – agora negociadas – por meio de uma corretora.

No processo, os controladores (quem manda) vendem uma participação na empresa com diversos objetivos em mente, como a captação de recursos para expansão. Isso possibilita que outros investidores façam parte da empresa, buscando retornos de investimentos com o crescimento e, para investidores maiores, auxílio na gestão.

Como obrigações, a companhia deve seguir uma série de regras estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como ter uma área de Relação com Investidores – para contato e esclarecimentos aos acionistas – e a divulgação de balanços trimestrais – reportando seus números operacionais ao mercado. Ou seja, a empresa fica muito mais transparente e requer um nível de governança corporativa mais elevado. Isso torna o processo muito mais custoso e complicado para empresas de pequeno porte.

 

Por que um IPO acontece?

O principal motivo para a abertura de capital pode se dizer que é o financiamento e captação de recursos. Ao vender ações de sua posse, a empresa levanta capital para utilizar no desenvolvimento de seus projetos de expansão, por meio de investimento interno ou fusões e aquisições, ou também a quitação de dívidas adquiridas anteriormente.

Uma companhia de capital aberto, negociada em bolsa, possui uma visibilidade muito forte perante a economia. Ela se torna mais organizada, respeitada e com um acesso a capital de uma forma mais barata e simples que companhias de capital fechado.

Um outro motivo para a realização de IPOs, talvez o menos nobre deles, seja a criação de uma porta de saída para investidores iniciais. Os chamados Private Equities são investidores que buscam alocar seu dinheiro em companhias de capital fechado, ainda em fase inicial de crescimento e pouco estruturadas. Por meio de intervenções ou auxílio na gestão, eles possibilitam à empresa mudar de patamar, em um crescimento acelerado e ganho relevante de mercado. Este talvez seja o investimento mais arriscado possível, visto que não há um track record a ser analisado, há a necessidade de uma reorganização e aposta em expansão. Porém, quando dá certo, os ganhos são explosivos. E para a realização destes ganhos (o valor da companhia sendo multiplicado por números relevantes), é feito um processo de abertura de capital, com os fundos de Private Equity vendendo suas cotas da companhia para o mercado.

 

Tipos de IPOs

Na abertura de capital e venda de ações da companhia, há dois tipos de processos realizados: A Oferta de Ações Primária e Secundária.

A oferta Primária é o modo mais comum, na qual a empresa emite novas ações e vende ao mercado. Por serem ações novas, que não estavam em posse de nenhum investidor, o recurso captado vai direto para o caixa da companhia, sendo utilizado nos casos em que o objetivo é o financiamento e captação de recursos.

Já na oferta Secundária não são emitidas novas ações e sim vendidas algumas já existentes que estavam em posse de sócios ou fundos de investimento. Neste tipo, a empresa não se beneficia diretamente. O que ocorre, pois, é apenas a transferência de posse das ações já existentes, como ocorre diariamente nas negociações em bolsa.

Normalmente, ao abrir o seu capital em bolsa, a empresa faz uma oferta de ações mista, com primária e secundária. Ao mesmo tempo em que capta recursos para crescimento, a venda de ações existentes remunera investidores que criaram a empresa ou investiram enquanto ainda tinha um porte menor. A atratividade do IPO depende, também, da proporção entre os tipos de oferta.

Como acontece um IPO?

Todo o processo de abertura de capital é bem demorado e custoso. Por isso, a companhia deve analisar e decidir com sabedoria. É necessária a criação de uma área de Relação com Investidores, que irá ser o centro de informações a respeito da companhia, e a contratação de bancos de investimento e corretoras para coordenação e distribuição da oferta. Após as etapas burocráticas de registro, pedido e listagem, a companhia deve divulgar o Prospecto de seu IPO. Nele, a empresa insere suas informações em detalhes, desde membros da diretoria, remunerações, números operacionais, história, fatores de risco e objetivos de utilização do capital.

Com os documentos prontos, os coordenadores da oferta, junto com membros da empresa, iniciam o roadshow, processo no qual o projeto é apresentado a potenciais investidores, ou seja, a companhia inicia a venda do seu peixe. Então, é iniciado o processo de bookbuilding, que consiste nos investidores colocando suas ofertas de participação (volume e preço), de acordo com sua vontade de alocação. Após juntar todas as ofertas, os coordenadores definem o preço final do IPO, estabelecendo, assim, o volume total captado pela companhia.

Nem sempre o preço estabelecido é o maior possível, tudo depende da qualidade da demanda. É possível que a empresa reduza o montante captado a fim de possuir uma base de acionistas mais renomada, quando estes colocaram ofertas a preços menores. Definindo um preço muito alto, além de afastar investidores que pensaram que o valuation pudesse estar esticado, a companhia aumenta a chance de uma correção do valor das ações no primeiro dia de negociação, não sendo favorável para sua imagem.

 

Pessoa Física x Institucional

Um grande debate presente em cada processo de IPO é a disputa entre Pessoas Físicas e Investidores Institucionais (Fundos de Investimento e Bancos). Todo o recurso para abertura de capital possui uma parcela mínima destinada ao Varejo e uma parcela ao Institucional. A definição da parcela final para cada tipo de investidor fica a cargo dos coordenadores da oferta (Bancos de investimento contratados).

Para essa decisão, os coordenadores da oferta consideram uma série de fatores, entre elas a demanda, visibilidade da companhia e composição acionária. A parcela ajustada pela demanda irá depender da proporção de solicitações de reserva, para não atribuir um rateio – divisão de valores obtidos – desproporcional para cada tipo de investidor. Para a visibilidade da companhia, algumas empresas preferem que sua base acionária tenha mais pessoas físicas, tornando o ativo mais conhecido e menos restrito.

Composição acionária

A composição acionária é, talvez, o principal ponto a se considerar na divisão de recursos. O investidor institucional é aquele que possui uma filosofia de investimento mais definida, não irá negociar as ações de forma displicente, trazendo mais estabilidade para o primeiro dia de negociação, ao mesmo tempo que traz uma solidez para a base de acionistas. Porém, distribuindo os recursos para um maior número de investidores, a companhia garante uma liquidez para suas ações, um outro ponto de atratividade. Também não dá poder de voto para poucos acionistas, de modo a possibilitar intervenções na gestão.

Uma prática de algumas empresas é a abertura de capital via oferta CVM 476. Esta é uma oferta destinada a investidores institucionais e profissionais (com mais de 1 milhão de reais investidos). É uma forma mais rápida de colocação das ações em mercado, em certa parte mais barata e garante à companhia uma base acionária mais robusta. Em contrapartida, há menos divulgação e a negociação em bolsa das ações fica restrita a esses investidores, por um período de 12 meses.

 

Riscos Envolvidos

A assimetria de informações é o principal ponto a se levar em consideração antes de uma decisão de investimento em IPO. Quem está do lado vendedor, ou seja, os gestores e diretores da companhia, possui experiência de anos na empresa, sabendo cada detalhe e cada número dela, tendo sempre um motivo oculto para a venda. Caso a perspectiva fosse de um crescimento muito forte, com maiores lucros, o titular não venderia sua parte. Enquanto do lado comprador, investidores possuem informações filtradas, disponibilizadas pelos próprios vendedores e seu trabalho de campo, de pesquisa. Por isso a balança pesa muito mais para um risco que uma oportunidade.

Há, também, o risco de bookbuilding. A precificação é feita, além da necessidade de valores por parte da companhia, por oferta e demanda, com os bancos coordenadores ajustando o preço da ação de acordo com o mercado. Portando qualquer definição de forma não assertiva pode gerar uma volatilidade muito forte no primeiro dia de negociação, tanto para baixo quanto para cima.

O maior risco operacional consiste na falha de execução das propostas para captação. No prospecto divulgado para o IPO, a companhia evidencia seus objetivos de utilização de recursos, para crescimento orgânico (melhoria de margens e aumento de receita) ou inorgânico (fusões e aquisições). Não há garantia de sucesso em todas propostas, visto que o mercado sabe da capacidade financeira da companhia e pode exigir valores maiores de rentabilidade. Porém, se a gestão historicamente se mostrou capaz, a tendência é de uma manutenção do crescimento com a mudança de patamar operacional.

 

Potencial de Retorno de um IPO

A precificação da oferta pública depende de poucos participantes do mercado e alguns bancos contratados. Portanto, pode não refletir a visão total dos investidores, para o bem ou para o mal. Assim, um bookbuilding muito conservador permite um ajuste de preços forte no primeiro dia de negociação, nos permitindo observar valorizações de mais de 30% no dia e investidores lucrando com a flipagem – processo de venda das ações do IPO no primeiro dia de negociação.

Pela visão de investimento, a companhia que capta recursos, melhorando sua saúde financeira e possibilitando expansão operacional, pode entregar um crescimento robusto e constante ao longo dos anos. Nessa mudança de patamar, o investidor que se tornar sócio da companhia pode obter retornos em juros compostos ao longo do tempo, além de remunerações via dividendos e ganho de mercado.

 

Conclusão

Um investimento por meio de um IPO pode ser como um cara-ou-coroa, onde a chance de sucesso é de exatos 50%. Isso quando o investidor toma a decisão por euforia, ganância, objetivo de flipagem e sem processo de estudo por trás. Tudo parece conspirar para que o sucesso fique com quem está vendendo o IPO. Ou seja, gestores com experiência de anos na empresa versus investidores com apenas números disponibilizados por eles mesmos e relatórios de casas de análises.

Porém, se você tomar a decisão seguindo toda a cartilha de um investimento racional, com diligência, alocação segura, diversificação e conhecimento da companhia, a assimetria de informação pode pender para o lado do investidor e você pode obter retornos significativos.

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Como a Netflix se tornou a gigante do streaming https://fazcapital.com.br/como-a-netflix-se-tornou-a-gigante-do-streaming/ Mon, 04 Jul 2022 18:35:09 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=992   Quem nasceu até meados dos anos 2000 ainda viveu a experiência de investir tempo em ir até uma locadora de filmes, primeiro com as fitas VHS e depois com os DVDs. Embora pareça improvável, foi neste modelo que a Netflix nasceu, em 1997. Na época o especialista em publicidade e vendas, Marc Randolph, e […]

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Quem nasceu até meados dos anos 2000 ainda viveu a experiência de investir tempo em ir até uma locadora de filmes, primeiro com as fitas VHS e depois com os DVDs. Embora pareça improvável, foi neste modelo que a Netflix nasceu, em 1997. Na época o especialista em publicidade e vendas, Marc Randolph, e o matemático e mestre em inteligência artificial, Reed Hastings, criaram o que anos mais tarde se tornaria a líder do mercado de streaming.

Apesar de ser uma locadora, a Netflix já surgiu com um diferencial – o cliente locava o filme, mas não tinha um prazo para a devolução. A ideia surgiu após Hastings precisar pagar uma multa de US$ 40 por atrasar a entrega do filme Apollo 13 a uma das lojas da rede Blockbuster. As multas eram bem comuns na época, assim como a profissão que consistia em rebobinar fitas.

Um ano depois a dupla aprimorou o serviço e passou a entregar os DVDs pelo correio direto na casa do cliente. O processo era através do site e a cobrança gerada a cada título solicitado. Continuava sendo uma locadora, mas tinha como diferencial a entrega e retirada em casa. Foi em 1999 que o serviço se transformou na forma mais semelhante com o que temos hoje, com o pagamento mensal de uma assinatura e podiam ser retirados quantos DVDs o cliente quisesse.

 

Netflix: líder mundial

A locadora de DVDs se tornou a líder mundial no serviço de streaming, e em 2022 chegou a 220 milhões de assinantes. O modelo de filmes no formato que conhecemos hoje funciona desde 2007 e está em mais de 190 países. Na mesma época a empresa buscou uma equipe para montar o algoritmo que hoje nos sugere títulos de acordo com o perfil de cada usuário. Junto surgiu também a possibilidade de criar perfis individuais, para as contas com mais de um assinante. No Brasil, a Netflix chegou em 2011, quando assinou contratos de licença com grandes nomes das produções, como a Paramount, Miramax, Televisa e a Disney, que hoje tem o próprio serviço.

Após o último reajuste de preços, a Netflix perdeu assinantes pela primeira vez em 11 anos. Segundo o balanço financeiro do primeiro trimestre, 200 mil clientes cancelaram a assinatura. Uma série de fatores influenciaram o movimento, entre eles o aumento da concorrência.

Hoje o brasileiro tem inúmeras opções, como  Amazon, Globoplay, Disney Plus, Star+, HBO Max, Telecine, Apple TV, Paramount e Starzplay, e se for assinar todos precisa desembolsar até R$ 268 por mês.

Quem já tentou comprar a Netflix?

Em 25 anos a Netflix já teve duas grandes possibilidades de ser vendida: uma em 1998, quando o CEO da Amazon, Jeff Bezos, ofereceu US$ 12 milhões. Randolph e Hastings recusaram. Hoje a Amazon Prime é uma das maiores concorrentes.

A outra foi em 2000, quando a própria Netflix fez uma proposta para a gigante Blockbuster por US$ 50 milhões. A negociação não avançou, já que não valia tanto naquela época. Hoje o serviço é um gigante e a Blockbuster foi extinta em 2020.

 

Capital aberto há 20 anos

Marc Randolph deixou o quadro da empresa em 2002 e confiou todo seu trabalho nas mãos de Hastings. Randolph já declarou em algumas oportunidades que preferia atuar na época em que a Netflix era uma startup.

No mesmo ano, a Netflix decidiu abrir o capital e iniciou a oferta pública de ações (IPO) na Nasdaq ao custo de apenas US$ 1 por ação. Na B3, a bolsa brasileira, a empresa está listada com a BDR NFLX34 e também no mercado fracionado NFLX34F.

 

Momento atual da Netflix

O momento da gigante de serviços de streaming é delicado e com um futuro cheio de desafios. Os números operacionais divulgados no último trimestre vieram frustrantes, com receita abaixo do esperado e uma perda significativa de assinantes. A redução de 200 mil assinantes no trimestre fez a companhia rever os planos de crescimento, embora espere uma redução ainda maior para o ano, na casa dos 2 milhões de assinantes. Ainda assim, hoje  a empresa possui cerca de 220 milhões de contas ativas.

O resultado divulgado amplificou a má percepção momentânea do mercado com relação à companhia e ao setor. Analistas apontam que o setor de serviços de streaming continua com uma competição feroz. Isso parece estar dificultando a taxa de crescimento das principais plataformas. Outro ponto que pode explicar a decepção nas adições é a velocidade com que foram captadas novas assinaturas no meio da pandemia, o que pode ter antecipado e concentrado as adições em um período mais curto de tempo.

E a concorrência?

A companhia também reconheceu o potencial impacto dos serviços de streaming rivais como o Disney Plus, Prime Video e HBO Max. Contudo, a empresa não vê isso como um obstáculo relevante, visto que ainda há regiões a serem exploradas no mundo e alternativas de produtos engatilhados.

A diretoria da companhia apresentou ainda algumas estratégias para melhorar a rentabilidade nos próximos meses, com a possibilidade de criar contas mais acessíveis, porém que terão a inclusão de publicidade e a “caça” às contas compartilhadas. Talvez a melhor proposta da empresa para a virada da captação de assinantes possa estar nos planos de baixo custo, com publicidades, a fim de explorar um novo segmento de clientes e possibilitar downgrades de planos, ao invés de cancelamentos. A gigante também planeja começar a reprimir o compartilhamento de senhas entre a base de assinantes.

 

Agora vai?

A gigante do streaming parece correr contra o tempo para mitigar a desaceleração de crescimento na base de assinantes, que resultou em quedas acentuadas nas duas últimas divulgações de resultados. Por exemplo: apenas no primeiro trimestre de 2022, as ações da Netflix despencaram 26% após a divulgação do balanço e a empresa perdeu US$ 40 bilhões em capitalização de mercado. O escrutínio sobre o compartilhamento de senhas e a tentativa de diversificar os planos são novas apostas da empresa para retomar parte do ritmo de crescimento visto nos anos anteriores.

 

Como investir?

Investir na Netflix é simples e há diversas formas de se tornar sócio da companhia de filmes e séries. Tendo uma conta em corretora americana, basta comprar as ações de ticker NFLX, listadas na Nasdaq.

Pelo Brasil, a forma mais fácil é via BDRs, recibos de empresas listadas em bolsas estrangeiras, por meio do ticker NFLX34, listados na B3. Uma alternativa é uma novidade em lançamento pela XP: a conta global. Na mesma conta na corretora XP, o novo lançamento vai permitir investimentos nas bolsas americanas, em dólar, com produtos como Stocks, ETFs e REITs. Assim, combinando com investimentos nacionais, será possível ter ações americanas diretamente, como da Netflix.

 

Quais são os riscos?

Dentre os riscos de mercado, o principal deles está no valuation e método de precificação da companhia. Por se tratar de uma empresa do setor de tecnologia, a expectativa de crescimento é muito grande para o futuro, resultando em múltiplos altos e arriscados. O recente aumento das taxas de juros globais derrubou a cotação da empresa. Isso aconteceu visto que a taxa de crescimento acelerada pode se tornar mais difícil de se manter.

Entre os riscos operacionais, com os concorrentes se expandindo recentemente para outros mercados, como Ásia e Europa, é esperado que a dominância da Netflix nessas regiões diminua. Hoje muitas empresas produtoras de filmes e séries, que antes mantinham apenas canais em TV a cabo, estão criando as plataformas próprias de streaming, ameaçando o reinado da Netflix.

Além disso, a inflação crescente no mundo também afeta diretamente os gastos discricionários das famílias. Quando o preço dos itens sobe em uma magnitude e velocidade maiores que os salários, o resultado é o corte de despesas consideradas fúteis, não essenciais. Essa realidade impacta as assinaturas de streaming, sendo um gasto recorrente e impactante no orçamento. Cabe à Netflix a disponibilização de conteúdos que brilhem aos olhos de seus consumidores de forma maior que seus concorrentes.

 

 

Devo investir mesmo assim?

A Netflix é um dos principais beneficiários da disrupção dos modelos de negócio da TV como conhecemos. Ainda assim, a empresa continua com menos de 10% do tempo de TV em seu maior mercado (Estados Unidos). Isso dá espaço para um forte crescimento à frente para o segmento de streaming como um todo, mesmo com o aumento de concorrência no setor. Por exemplo, no Brasil, o mercado de TV a cabo e antena ainda é muito predominante, proporcionando uma fatia imensa a ser explorada pela companhia.

O modelo de receitas também é um ponto positivo, com receita recorrentes, modelo de assinaturas que proporciona um fluxo previsível e constante para a companhia. O conteúdo da empresa continua com um bom desempenho global e impulsionando o crescimento de assinantes, mesmo com uma expansão mais lenta. Além disso, a empresa deve continuar se beneficiando do aumento global de dispositivos conectados à Internet.

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Como um assessor de investimentos pode te ajudar? https://fazcapital.com.br/como-um-assessor-de-investimentos-pode-te-ajudar/ Mon, 27 Jun 2022 13:43:28 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=967 A última década foi de um grande despertar do brasileiro para a importância (e necessidade!) de se investir bem. O mercado financeiro deixou de ser algo distante, reservado para grandes players e especialistas. Agora é algo do dia a dia das pessoas, de crianças a idosos, com todos os níveis de conhecimento (ou nenhum) sobre […]

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A última década foi de um grande despertar do brasileiro para a importância (e necessidade!) de se investir bem. O mercado financeiro deixou de ser algo distante, reservado para grandes players e especialistas. Agora é algo do dia a dia das pessoas, de crianças a idosos, com todos os níveis de conhecimento (ou nenhum) sobre investimentos. Estudar o mercado é fundamental para investir bem, mas você pode facilitar o processo com o acompanhamento de um assessor de investimentos.

Muitos fatores contribuíram para este movimento, desde a popularização das corretoras e seus assessores de investimentos até a proliferação de fintechs (união das palavras financial e technology), mas passando também pelo amadurecimento do brasileiro com relação a seus investimentos, percebendo que os grandes bancos já falhavam há anos em entregar soluções boas para o correntista. Hoje, mais de 5 milhões de brasileiros já investem na bolsa de valores, em produtos diferentes dos tradicionais CDBs e poupança, os mais comuns em instituições bancárias.

 

Ainda há muito espaço para crescer

Esse número é avanço significativo, pois na década dos anos 2000 menos de 1 milhão de brasileiros tinha acesso à Bolsa de Valores. No entanto, o número representa pouco mais de 2% da nossa população, enquanto nos Estados Unidos mais de 58% das pessoas têm ações de alguma empresa de capital aberto. Como o Brasil teve por décadas uma taxa básica de juros nas alturas, o investidor não tinha muito incentivo para buscar ativos de maior risco e maior potencial de valorização, como ações, se acostumando a ter altas rentabilidades na renda fixa.

 

Juros positivos, mas o investidor perde dinheiro na prática

Como essa taxa básica, a Selic, chegou a cair para 2% ao ano em 2020 (tendo sido superior a 40% na década de 90 e ficando acima de 10% até 2009 e por boa parte da década seguinte), quem estava acostumado a ter um ganho real – aquele que supera a inflação – alto, passou a ter ganho real negativo – uma rentabilidade que é inferior à alta de preços, configurando na prática uma perda de poder de compra. Mesmo que o processo de migração de ativos de renda fixa para os de renda variável possa ser um pouco traumático para os investidores mais ansiosos, muitos se sentiram obrigados a fazê-lo para não ver o valor do seu dinheiro encolher a cada dia.

 

Entra em jogo o assessor de investimentos

É neste momento que o investidor se depara com uma escolha muito importante em sua trajetória financeira:

(1) optar entre se dedicar a estudar o mercado e investir tempo aplicando e acompanhando as oscilações e oportunidades ou

(2) confiar nas orientações de um assessor de investimentos que fará a curadoria e o acompanhamento dos ativos disponíveis.

Cabe ressaltar que não há escolha certa ou errada, mas sim a que mais se encaixa com o estilo de cada investidor. Uma ressalva: dado o histórico de atendimento e desempenho dos grandes bancos comerciais, somado à limitação que eles costumam enfrentar com relação aos ativos disponíveis para o investidor, não costuma ser a melhor das ideias investir nos tradicionais bancões.

 

Banco? Somente para serviços práticos, como transferências e empréstimos, mas não para investimentos!

Por quê? Exceto para segmentos private, estas instituições costumam ofertar apenas os seus próprios produtos, enquanto com um assessor vinculado a uma corretora a disponibilidade de ativos costuma ser vasta. Outra razão é a constante necessidade de se esquivar do gerente do banco, ofertando produtos que costumam servir mais aos interesses dele do que aos do cliente. Por fim e não menos importante, qual é o negócio de um banco? Definitivamente não é remunerar o máximo possível os investimentos dos seus correntistas, mas sim “vender” dinheiro para eles às taxas mais altas que estiverem dispostos a pagar. Na verdade, quanto menos um banco conseguir pagar ao investidor em um CDB, por exemplo, melhor para o negócio.

 

Descubra como criar um plano financeiro sólido!

 

Investir sozinho ou contar com um assessor de investimentos?

Voltamos, então, para a escolha vital: estudar e investir sozinho versus confiar em um assessor de investimentos credenciado. Há prós e contras em ambas as escolhas, então vamos a elas.

Como o tempo de não se precisar saber nada sobre investimentos para obter altos ganhos já passou, cada pessoa (e cada família) deve definir o quanto do assunto quer conhecer. Algumas noções sobre finanças são absolutamente necessárias para praticamente qualquer estilo de investidor. Acompanhar a taxa básica de juros (e, por consequência, quanto o CDI está remunerando), os efeitos da inflação na renda e nos valores poupados e em que altura o dólar anda hoje em dia são exemplos de aspectos importantes e sobre os quais é fácil encontrar informação.

 

Quer um exemplo?

Desde o início do Plano Real até o início dos anos 2000, os ativos mais seguros do Brasil (tanto que são tecnicamente chamados de ativos livres de risco), os títulos do Tesouro Nacional, chegaram a pagar mais de 20, 30, até de 40% ao ano! Se pudesse, você compraria títulos do governo que pagassem 20%a.a. por 30 anos, com garantia do Tesouro? Parece um excelente negócio, certo? E poderia realmente ser, mas um investimento deste tipo traria perigos que a instabilidade histórica do Brasil oferece.

Será que é possível prever com precisão satisfatória que rumo o nosso país vai tomar nas próximas três décadas? Será que não há a possibilidade de as nossas inconstâncias políticas e econômicas nos levarem novamente para aqueles patamares de inflação na casa das centenas e dos milhares pontos percentuais? Apesar de isto não estar nas expectativas do mercado para um futuro próximo, ninguém sabe ao certo e que pode ocorrer em prazos mais longos.

Ao olharmos para o lado…

Alguns dos nossos vizinhos provam que este perigo é possível. Tanto Argentina quanto Venezuela têm atualmente índices de inflação galopantes e com poucas perspectivas de diminuição em breve. No caso da Argentina, que tem uma matriz econômica mais parecida com a brasileira, a alta de preços beira 60% ao ano. Vamos utilizar este exemplo para aplicar ao nosso investimento hipotético de 20% ao ano de rentabilidade. Agora, já não parece mais um excelente negócio, não é mesmo? Muitos investidores que não entendem o efeito de destruição do poder de compra da inflação acabam vendo seu patrimônio encolher, mesmo que pareça que estão ganhando. É por isso que muitos ainda deixam dinheiro na poupança, que parece ter rentabilidade positiva (que costuma girar entre 6% e 8%), mas como tem rendido menos do que as altas de preços, acaba gerando “ganho real negativo”, ou seja, encolhendo o patrimônio do investidor.

 

Tudo isto para dizer que…

Alguém que tenha estudado o mercado e entenda a mecânica de remuneração dos ativos financeiros e índices como IPCA e IGP-M, por exemplo, estaria mais preparado para escolher seus investimentos. Agora, vamos falar sobre como o assessor de investimentos entra nesta equação. Trazendo os números para uma realidade mais atual, hoje existem ativos com bastante segurança pagando 14%, 15% ao ano, o que parece uma excelente rentabilidade.

Dentre as variáveis deste tipo de investimento estão:

  • Risco do emissor, que diz respeito a quem vai pagar os juros a você e o quão sólido esse pagador é para cumprir o combinado).
  • Prazo de vencimento do papel, ou seja, até quando você vai receber juros e o tempo mínimo que o dinheiro fica “preso” no investimento).
  • Juros em si, que é o quanto o emissor vai pagar a você pelo investimento.

A questão não é mais somente sobre rentabilidade, mas sim da segurança do ativo e de expectativas para o futuro. Será que no próximo mês não haverá algo mais rentável disponível no mercado, tornando mais inteligente aguardar um pouco ou comprar ativos de curto prazo?

Todas estas variáveis fazem parte do trabalho de um assessor de investimentos. Ele precisa estar diariamente atualizado com relação tanto ao que há de melhor quanto ao que se espera para o futuro, próximo ou mais distante. Para isto, assessores contam com o apoio das equipes de analistas das corretoras que representam e das chamadas “casas de análise”. Essas empresas têm como principal objetivo coletar e processar dados sobre o mercado. Além disso, elas fazem a elaboração de relatórios e sugestões para alimentar assessores e consultores de investimentos no apoio aos investidores. Alguém que invista e pesquise sozinho somente terá acesso a esse conhecimento se contratar e consumir os produtos destas casas de análise, o que consome consideráveis valores e tempo.

 

A commodity mais valiosa do mundo: seu tempo

Talvez o valor mais importante que um assessor de investimentos possa agregar a um investidor seja tempo. O acesso a informação de qualidade é praticamente ilimitado hoje em dia. O desafio é reunir todos os dados relevantes e, com base neles, tomar as decisões mais inteligentes e rápidas. Alguém por conta própria, que não seja especialista em mercado financeiro, provavelmente não teria tempo para ponderar todas as variáveis de forma a agir no timing certo. Isso acabaria por vezes prejudicando os resultados do seu portfólio. Como se costuma dizer na área de assessoria: o cliente deve investir seu tempo no seu trabalho, seja ele qual for, enquanto o assessor foca em preservar e multiplicar os frutos deste trabalho.

 

E ainda não falamos de ações na bolsa de valores

Até agora não falamos sobre um dos mais fascinantes e complexos aspectos do mercado financeiro: as ações. Até agora falamos da complexidade e dedicação necessárias para se fazer boas escolhas em renda fixa. Por outro lado, quando se trata de renda variável (ações de empresas listadas em bolsa de valores, fundos imobiliários, ETFs, BDRs e fundos de ações, por exemplo) os aspectos envolvidos na escolha de bons negócios são ainda mais variados e complexos. Eles envolvem a análise da saúde financeira de empresas e empreendimentos, dos rumos de setores específicos no Brasil e no exterior, de variáveis políticas, sociais e ambientais e muitos outros fatores.

 

Contando com especialistas em áreas específicas

Neste quesito, a vantagem de se contar com o apoio de um assessor é o apoio de equipes especializadas, para realizar as análises dos investimentos. Ou seja, quando uma sugestão chega ao investidor, ela já passou pela avaliação profissional de dezenas de pessoas qualificadas e outros assessores de investimento, aumentando as chances de acerto e poupando tempo desde a disponibilidade de algum valor para investir até a alocação final em algum ativo financeiro.

 

E os custos, como ficam?

Da mesma forma que um médico é remunerado para avaliar e cuidar da sua saúde, o assessor é remunerado para avaliar e cuidar da saúde dos seus investimentos. A diferença em relação à maioria dos profissionais é que o investidor não remunera diretamente seu assessor. Ele é comissionado pela corretora que representa, com base na receita gerada pelas compras e vendas realizadas pelo investidor.

No entanto, uma questão legítima é colocada com frequência. Ela é: como sei se meu assessor está escolhendo os ativos que são melhores para mim e não para a comissão dele? Igualmente ao que acontece com um médico, um mecânico ou um advogado, é absolutamente vital que o investidor conte com a confiança de seu assessor. Na hora de escolher o seu assessor de investimentos, busque conhecer sua trajetória, bem como a instituição que ele representa. Aqui na Faz Capital contamos com mais de 80 assessores de investimentos que são treinados para prestar um serviço de excelência, apresentando produtos que são verdadeiramente valiosos para você e sua carteiras de investimentos. Afinal, entendemos que, assim como os investimentos, relações sólidas são construídas no longo prazo.

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Preço das ações: conheça os fatores que influenciam https://fazcapital.com.br/preco-das-acoes/ Wed, 15 Jun 2022 14:54:44 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=950   O que o investidor busca no mercado ao comprar uma ação, independentemente do motivo ou prazo em vista, é vendê-la por um preço maior que o valor pago. Mas você sabe o que influencia o preço das ações? É isso que vamos te contar neste post! Quais são os fatores que afetam o preço […]

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O que o investidor busca no mercado ao comprar uma ação, independentemente do motivo ou prazo em vista, é vendê-la por um preço maior que o valor pago. Mas você sabe o que influencia o preço das ações? É isso que vamos te contar neste post!

Quais são os fatores que afetam o preço das ações?

Sem estudos, razões ou cautelas no momento das compras, investidores se expõem a um mercado de alto risco, necessitando que alguém esteja disposto a pagar mais pelo seu ativo para que tenha o ganho desejado. Caso a correnteza leve para o lado contrário, não há um embasamento ou uma confiança que faça o investidor manter a posição, trazendo cada vez mais volatilidade e risco ao mercado.

Agora, deixando de lado a especulação e focando nas empresas, podemos ter muito mais razões para destinar recursos para a compra de ações e esperança de valorização e retorno do investimento. Afinal de contas, são companhias, com pessoas por trás, negócios e não apenas um ticker. Quando se alonga o horizonte de investimento e o objetivo passa a ser se tornar sócio da companhia, a busca é um crescimento junto com as operações, procurando aumento de lucro, melhoria de margens, redução de despesas, tudo que se busca em uma empresa privada.

Neste sentido de investimento, onde a busca pelo retorno depende da companhia e não de outros investidores do mercado, destacamos três maneiras que podem afetar a cotação e valor da empresa no mercado: Reavaliação de Múltiplos, Dividendos e BuyBack.

 

Como a reavaliação de múltiplos impacta o preço das ações?

Em um universo de diversas empresas diferentes, é necessário que haja alguma forma de comparação entre elas. A mais utilizada é a de múltiplos de mercado, como ferramentas quantitativas que auxiliam na análise e tomada de decisões sobre investimentos de longo prazo. Um múltiplo de mercado é a relação entre o preço do mercado de uma ação e suas variáveis operacionais, como dividendos, lucros, geração de caixa, entre outras.

O objetivo dessas relações é confrontar as principais variáveis da empresa com seu preço ou números operacionais, a fim de identificar oportunidades de investimento a um preço baixo.

Quais são os principais múltiplos de mercado?

Podemos dividir os indicadores em 3 grupos principais: Valuation, Endividamento e Eficiência. Enquanto o primeiro utiliza o preço da bolsa para retornar os números, os dois últimos consideram apenas os dados operacionais que a companhia reporta em balanços trimestrais.

O maior indicador de Valuation é o P/L (preço/lucro), muito utilizado pelos investidores para saber o quão o preço da companhia está atrativo em relação a seus lucros. Para calcular o P\L é simples, basta dividir o preço da ação negociada em mercado pelo lucro por ação reportado nos últimos 12 meses.

No caso de Endividamento, o mais comum é o indicador de Dívida Líquida/EBITDA, que apresenta o tamanho da dívida da companhia com relação à sua geração de caixa operacional. Quanto aos múltiplos de eficiência, o foco fica nas margens operacionais (Margem Líquida e EBITDA), que nada mais são do que a porcentagem que o Lucro Líquido ou EBITDA representam da Receita da companhia, respectivamente.

Os múltiplos de mercado são uma boa métrica comparativa?

Múltiplos são a melhor métrica comparativa entre companhias, pois retornam índices de rentabilidade, saúde financeira e até mesmo qualidade operacional. A especulação de preços irá alterar alguns dos múltiplos de mercado, principalmente aqueles que envolvem a cotação do ativo, como Preço/Lucro ou Preço/Valor Patrimonial. No entanto, é na alteração dos múltiplos operacionais que o investidor com objetivo de alocação deve focar sua atenção.

A melhoria operacional, ou apenas a expectativa dela, irá resultar em uma melhora nos indicadores da companhia, deixando-a mais atrativa com relação às suas concorrentes e podendo aumentar sua visibilidade, o que, em teoria, valorizaria a cotação de mercado. Por exemplo, uma redução de dívida melhora a saúde financeira e reduz o risco de falência da companhia, reduzindo seus múltiplos de endividamento. O mesmo acontece com reduções de custos e despesas, que elevam margens operacionais e lucros, tornando a empresa mais atrativa.

Esta atratividade é que traz fluxo comprador para as ações da companhia, com um maior otimismo de crescimento e rentabilidade. A melhoria em múltiplos operacionais (Endividamento e Rentabilidade) traz, por consequência, uma melhoria nos múltiplos de Valuation, influenciando diretamente o preço da ação. Esta alteração sistemática pelo mercado é o que chamamos de Reavaliação de Múltiplos.

Se você quer aprender a investir em ações, assista esse vídeo: 

 

Como os dividendos e a distribuição de lucros influenciam o preço das ações?

Talvez esta seja a prática mais atrativa para investidores iniciantes ou com patrimônio consolidado em busca de renda passiva. Consiste na distribuição de valores aos acionistas, como forma de remuneração pela participação na companhia, de acordo com o lucro gerado operacionalmente. A distribuição de dividendos evidencia uma solidez financeira da companhia, reportando lucros, gerando caixa e crescimento em suas operações a ponto de poder distribuir seus lucros – após investimentos internos – para os acionistas.

Quais são as ações boas pagadoras de dividendos?

As principais companhias conhecidas por pagarem bons dividendos de forma regular estão no setor elétrico, principalmente no segmento de transmissão. Isso ocorre porque essas empresas trabalham com contratos longos de operação. Esse horizonte de contrato permite a previsibilidade de receitas e o planejamento de custos e despesas. Desta forma, há mais segurança e menor necessidade de manter valores em caixa, resultando em grandes remunerações aos acionistas. Porém, o mercado já conhece essa prática e o preço das ações dessas empresas já embute dividendos futuros. O ganho de capital com a valorização, portanto, pode ser menor.

Dividend Yield: o múltiplo comparável do investimento em dividendos

Da mesma forma que investidores utilizam múltiplos operacionais para avaliar a saúde da companhia, o investimento em dividendos também tem o seu múltiplo comparável: o Dividend Yield. Ele considera a taxa de retorno do capital do acionista nos últimos 12 meses sobre o preço de uma ação negociada em bolsa naquele momento. Em geral, quanto maior o resultado dessa relação, melhor para o acionista. Esse indicador é muito comparado à taxa livre de risco. Assim, ele compara o quanto a empresa pode retornar de valor contra um retorno garantido pela Renda Fixa.

Porém, o que devemos ter em mente é que a distribuição de dividendos não gera valor para a companhia. Ou seja: pode ser uma prática atrativa a investidores, mostrando uma solidez da empresa, mas ela não cresce por distribuir seus lucros. Pelo contrário, quando há o pagamento de proventos aos investidores, a companhia diminui de tamanho. O valor que possuía em caixa, pois, com possibilidade de investimento interno, foi destinada a terceiros. O que acontece no dia em que há a distribuição dos dividendos é um ajuste na cotação da ação no mercado exatamente no valor pago. Ou seja: o valor que a empresa pagou diminuiu seu tamanho.

Como o Buyback (Recompra de Ações) afeta o preço das ações?

Outra maneira de destinar o caixa excedente de uma companhia saudável, além do reinvestimento e distribuição de proventos, consiste na recompra de suas próprias ações. Essa operação é chamada no mercado de Buyback. Dentre os objetivos desta prática estão a remuneração aos acionistas, impedir que um determinado player se torne controlador da companhia e, em último caso, investimento.

Uma outra situação possível

Uma outra situação para que a empresa decida comprar suas ações é quando avalia que o preço delas está abaixo do valor intrínseco. Isso acontece em momentos de grande queda no mercado e consequente desvalorização da ação. Nessa estratégia, uma recompra deve ser feita somente se houver certeza do movimento irracional perante o ativo.

O caso de investimento é mais delicado e não tão utilizado no Brasil, visto que há normas da CVM que regulamentam a recompra de ações. Elas estipulam que as empresas podem negociar suas próprias ações apenas em casos de aquisição para manutenção em tesouraria ou cancelamento delas. Além disso, elas necessitam de uma série de aprovações do conselho e sendo limitada à quantidade de ações em tesouraria em 10% do total.

Outro impacto para os acionistas é que, caso as ações adquiridas tenham como destino o cancelamento, o lucro distribuído aos que não venderam os papéis aumenta. Isso porque, com menor número de ações em circulação, a parcela do capital da empresa representada por cada ação torna-se maior. Dessa forma, a cotação da ação no mercado tende a subir, devido à escassez, o que remunera indiretamente o acionista.

Quais economias utilizam o buyback?

O buyback é amplamente utilizado nos mercados desenvolvidos, onde há a tributação de dividendos. Isso ocorre por que a remuneração por ganho de capital ou proventos terá incidência de diferentes alíquotas de imposto de renda, trazendo atratividade para a prática de recompra de ações. No entanto, no Brasil os dividendos ainda são isentos de IR. Por isso, a prática não é muito difundida, sendo utilizada em casos de gestão tributária ou, no extremo, falta de oportunidade de uso de tais recursos.

 

Oportunidades em vista – Verdade ou Mito?

Apesar de todos os indicadores utilizados em avaliações das empresas, os números encontrados e informações obtidas são relativos. Múltiplos baixos não necessariamente indicam uma empresa barata. Isso pois pode haver fatores de riscos não quantificáveis, como risco setorial, governança corporativa não confiável e uma fraca geração de caixa. Um alto pagamento de dividendos pode ser um pagamento de proventos acima de sua capacidade financeira, não sustentável a longo prazo. No entanto, ocasiona um Dividend Yield atrativo. Já uma divulgação de uma recompra de ações agressiva dá indícios de que a companhia não enxerga oportunidades de investimento em seu setor ou em suas operações que possam ter um retorno interessante.

Ao mesmo tempo que abrem oportunidades de valorização, o alerta de risco deve ser ligado. A melhor maneira de reduzir risco é o estudo, entendimento da companhia e alocação de ativos, com uma diversificação de acordo com o perfil de risco e objetivos de investimento.

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Guia de investimento em ações | Tudo que você precisa saber antes de comprar ações nonadult
Era dos juros baixos e supervalorização de ativos https://fazcapital.com.br/era-dos-juros-baixos-e-supervalorizacao-de-ativos/ Thu, 19 May 2022 18:27:42 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=856   Desde 2017, com cortes da taxa Selic de 13% para 2% na pandemia, o mercado de ações brasileiro vivenciou um aumento na entrada de empresas via IPO. Esses cortes também proporcionaram uma maior facilidade de financiamento para diversas necessidades, como expansão operacional, alongamento de dívidas e reforço de capital de giro. Essa prática já […]

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Desde 2017, com cortes da taxa Selic de 13% para 2% na pandemia, o mercado de ações brasileiro vivenciou um aumento na entrada de empresas via IPO. Esses cortes também proporcionaram uma maior facilidade de financiamento para diversas necessidades, como expansão operacional, alongamento de dívidas e reforço de capital de giro. Essa prática já era comum e rotineira nos mercados desenvolvidos, que vivem uma era de juros baixos há mais tempo, dada sua estabilidade e baixa inflação.

Porém, isso parece estar cada vez mais próximo de acabar. O fim da pandemia, soltando um elástico de demanda reprimida, a guerra no Leste Europeu entre Rússia e Ucrânia, que levou os preços das commodities a altas históricas, e as taxas de desemprego estavelmente baixas acarretaram uma inflação crescente e cada vez mais duradoura, contrariando posicionamentos iniciais do presidente do FED, Jerome Powell, que seria apenas temporária. O resultado de todo esse movimento parece ser apenas um: o fim de juros reais baixos ou negativos.

Taxa de juros baixa e os estímulos para a economia

 

As taxas básicas de juros em patamares baixos estimulam a economia de diversas formas. Assim, menores quantias são deixadas em rendimentos sem risco, pois o retorno é cada vez menor. Uma das principais consequências é a valorização excessiva de uma série de ativos, passando pelos imóveis e chegando no mercado acionário. Isso acontece por pura matemática: a precificação de ativos, praticada pelo mercado, é realizada por meio de fluxo de caixa trazido a valor presente.

Os ativos que geram retornos ao acionista ou mesmo aqueles que dependem de alguém comprando mais caro que o preço de aquisição passam por um estudo de potencial de crescimento ao longo dos anos, com um desconto de custo de capital. Esse custo representa uma “perda de valor” por abdicar de um ativo livre de risco (investimentos que rendem a taxa básica de juros) para investir em algum ativo com potencial de retorno. Tendo esse desconto presente no denominador da equação, quanto menor a taxa de juros, maior o Valor Presente, retornando uma precificação do ativo sobrevalorizada.

Um exemplo prático

Isso pode ser visto em evidência nos ativos do setor de tecnologia. Como possuem uma expectativa de crescimento acelerado no presente, com reinvestimentos de lucros, os investidores abdicam de retorno no curto prazo para um ganho maior no futuro. Isso acarreta um peso no Valuation mais distante, onde o custo de capital pesa mais. Assim, esse tipo de ativo fica ainda mais sobrevalorizado em uma era de juros baixos.

O que ocorreu foi uma facilidade de acesso a capital de investidores por parte de companhias pouco rentáveis ou até mesmo com operações deficitárias, apenas pelo fato de excesso de liquidez no mercado e falta de alternativas de investimentos com retornos satisfatórios. Assim, vimos uma onda de IPOs no mercado brasileiro desde 2019, principalmente de companhias de setores aquecidos, como saúde e tecnologia.

Excesso de liquidez

O excesso de liquidez promovido pelo FED, por meio de recompra de ativos e emissão de moeda, provocou o mesmo fenômeno no mercado americano. Ao distribuir cheques durante a pandemia para manter a economia aquecida e não diminuir a renda das famílias, possibilitou um fluxo de valores para o mercado acionário e de criptomoedas. Com esse movimento, o múltiplo de negociação das empresas mudou de patamar e vários fenômenos de “gamificação”.

Gamificação é o fenômeno apelidado em que investidores tratavam a compra e venda de ativos como um jogo de videogame – do mercado puderam ser vistos.

Indicadores de empresas para o mercado

Múltiplos de empresas são índices utilizados para comparação de preços de negociação de empresas, levando em consideração sempre seu preço de tela relacionado com algum valor de balanços de resultados. O principal é o índice Preço/Lucro, que compara quanto o mercado precifica a companhia relativamente ao seu lucro gerado.

Quanto maior a expectativa de crescimento da empresa, maior é esse múltiplo, porém há casos em que apenas o excesso de dinheiro no mercado eleva tais números, pois haverá mais pessoas comprando as ações, puxando o preço para cima. Os mercados globais viram, ao final de 2021, múltiplos irreais, precificando crescimentos não atingíveis durante anos.

A “gamificação” de ativos veio com a facilidade de acesso a corretoras e a difusão e criação de criptomoedas, em muitos casos como brincadeiras. Ativos com altas de mais de 300% no dia chamavam atenção de investidores que, com dinheiro disponível dado pelos governos, se aventuravam na brincadeira, a fim de lucrar de forma rápida. O resultado, em sua maioria, não era positivo.

O tech selloff

Ao menor sinal de uma inflação monetária mais persistente e o aumento da taxa de juros americana, o mercado sofreu um choque. O ano começou com uma grande queda das ações de empresas de tecnologia, com a Nasdaq chegando a cair mais de 20% em março. O movimento, apelidado de “tech selloff”, a grande venda de ações de tecnologia, evidenciou que o mercado estava sobrevalorizado, com expectativas de crescimento irreais e múltiplos extremamente esticados.

O custo de oportunidade de investimento em ativos de risco, traduzido em custo de capital para financiamentos, pode fazer com que os investidores migrem do mercado acionário para ativos livres de risco, reprecificando as empresas e alterando o patamar dos múltiplos de negociação. Companhias com operações mais arriscadas, que dependem de uma série de fatores positivos para prosperar, são as que mais sofrem nesse momento, pois tanto investidores como financiadores ficam mais céticos em emprestar dinheiro com uma necessidade de retorno maior.

As companhias listadas possuem duas formas de levantar recursos para se financiar: via emissão de ações ou emissão de dívidas. Quando o mercado está aquecido, com juros baixos e um fluxo forte, a precificação de suas ações está em alta. Tal realidade  proporciona uma janela boa para a companhia vender suas ações em troca de valores. Isso vale para emissão de dívidas, pois os juros baixos tornam o custo da dívida baixo, fazendo com que a empresa pague menos ao longo do tempo para obtenção de fundos no presente.

Em uma era de juros mais altos, a primeira opção se torna inviável. Além de o mercado precificar os ativos em um patamar mais baixo, não há confiança de investidores em fazer novas apostas nas empresas de crescimento.

 

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Qual foi a solução?

A solução para as companhias que necessitam de fundos para manter suas operações rodando é a emissão de dívidas. Ou seja, captação de recursos de curto prazo com uma promessa de pagamento delas mais juros no futuro. O problema acaba virando uma bola de neve: sem uma operação enxuta, assertiva e com geração de caixa, as empresas precisam captar recursos a um custo muito elevado. Sem a capacidade de honrar estes custos de dívida, fazem novos financiamentos, a novas taxas, e assim por diante.

Cenário para os próximos anos: juros baixos?

Um cenário de mais juros e inflação pode tanto levar a uma série de falências dessas empresas fragilizadas quanto a uma onda de aquisições, já que esses negócios podem estar em má forma, mas ainda assim ter valor para as concorrentes. Empresas consolidadas e líderes, com saúde financeira robusta, têm vantagem. Elas evitam financiamento imediato e podem absorver companhias deficitárias incapazes de sobreviver isoladamente. Tudo vai depender do cenário dos próximos meses e anos, que segue dominado pela incerteza.

Reprecificação dos ativos

Mesmo com esse movimento de companhias maiores, o que fica e que o investidor pessoa física mais sente na pele é a reprecificação dos ativos. Quando há estímulos evidentes no mercado, falta de alternativas e um excesso de comentários difundidos na população, o risco de supervalorização e perdas de capital irreparáveis é muito alto. Investidores entram no mercado pois não há outro lugar a se investir para buscar algum tipo de retorno. Porém, eles possuem a mentalidade de curto prazo e a ganância de retornos imediatos.

Quando a alocação de ativos é deixada de lado, com o foco em aproveitar ativos da “moda”, sem estudos e sem levar em consideração a precificação, a tragédia é anunciada. É extremamente complicado prever quedas de mercado ou a precificação justa das ações, grandes gestores tentam isso diariamente e poucos obtêm sucesso. Com a subida das taxas de juros reais, globalmente, as expectativas de retornos não vão ser tão altas no futuro. É natural que haja um ajuste generalizado nos mercados.

Mudança estrutural

Uma mudança estrutural no mercado pode trazer danos financeiros permanentes. Isso ocorre porque um ajuste de múltiplos, perspectivas e confiança do mercado altera níveis de negociação. Esses níveis dificilmente retornam ao mesmo estágio de quando havia otimismo transbordando. O que mais podemos absorver de riscos sistemáticos concretizados são apenas aprendizados. Isso evidencia, portanto, que o mercado acionário possui muito mais incertezas que certezas. Também podemos afirmar que a aversão a risco impacta em uma magnitude muito maior que o otimismo e a confiança.

Howard Marks, famoso gestor dos fundos da Oaktree Capital e autor do livro The Most Important Thing, disse em suas cartas:

“No final das contas, as árvores não crescem até o céu e poucas coisas vão a zero”.

Dessa frase, podemos levar que a euforia, tendência de alta e crescimento contínuo do mercado podem não ser permanentes. Porém, quedas e correções podem ter uma reviravolta. A conclusão é saber onde e quem está investindo, seguir com convicção nos objetivos e sempre com segurança, sem euforia de mercado.

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Time de futebol: você já pensou em ter um? https://fazcapital.com.br/voce-ja-pensou-em-ter-o-seu-proprio-time-de-futebol/ Wed, 11 May 2022 21:24:11 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=836   O futebol é uma paixão brasileira e mundial, e vive em constante transformação. Há muito tempo uma boa parcela dele deixou o nicho amador e, de simples times, muitas agremiações se tornaram empresas. Atualmente é um mercado cada vez mais lucrativo, que exige organização e planejamento. Mas você já pensou como seria ter o […]

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O futebol é uma paixão brasileira e mundial, e vive em constante transformação. Há muito tempo uma boa parcela dele deixou o nicho amador e, de simples times, muitas agremiações se tornaram empresas. Atualmente é um mercado cada vez mais lucrativo, que exige organização e planejamento. Mas você já pensou como seria ter o seu próprio time de futebol? Leia este artigo para descobrir!

Na Europa não é de hoje que os clubes evoluíram e se transformaram de associações para grandes conglomerados com receitas bilionárias. E no Brasil? A medida ainda engatinha, mas desde agosto de 2021 a Lei Nº 14.193 autorizou a criação de uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) e acelerou as mudanças por aqui.

A Sociedade Anônima de Futebol (SAF)

A SAF faz com que clubes que já tenham o modelo associativo possam se transformar em empresas. Isso possibilita, então, a reorganização de passivos e a atração de mais investimentos, além de profissionalizar a gestão. A mudança possibilita garantias legais aos investidores nessas instituições, o que deixa os aportes no esporte muito mais profissionais e qualificados.

Para que o clube se transforme em uma SAF, precisa cumprir algumas exigências: renegociar dívidas para adequar o fluxo de caixa e adotar medidas de transparência e responsabilidade nos conselhos fiscais e de administração.

Quem foram os primeiros?

O Botafogo foi o primeiro time de futebol brasileiro a passar pelo processo. Embora o clube seja brasileiro, o investidor é internacional: oamericano John Textor entrou com um aporte de R$ 400 milhões e se tornou o acionista majoritário, com 90% das ações da Botafogo SAF.

Da mesma forma, o Cruzeiro também transformou o departamento de futebol em SAF em abril de 2022. Na época, o ex-jogador Ronaldo aportou R$ 400 milhões na operação e agora detém 90% das ações. Ele também é sócio majoritário no Real Valladolid, clube da segunda divisão espanhola.

Na primeira divisão brasileira, outros times já funcionam no modelo clube-empresa, como o RedBull Bragantino e o Cuiabá. Algumas são no modelo LDTA. O que os difere das SAFs é, principalmente, a tributação.

 

GRUPOS INVESTIDORES PELO MUNDO

No mundo, o Grupo City, por exemplo, detém 10 clubes, incluindo o Manchester, da Inglaterra, e o New York City, dos Estados Unidos. Financiado pela família real de Abu Dhabi, o conglomerado já tem cinco títulos ingleses com o Manchester e uma final na Liga dos Campeões da Europa. O grupo está presente na primeira divisão da França (Troyes), na segunda da Espanha (Girona) e na Major League Soccer (New York City).

O Fosun International é um grupo chinês com investimentos no setor financeiro, industrial, farmacêutico, tecnologia, de moda e dono do Cirque du Soleil. No futebol, é o dono do Wolverhampton, clube da Inglaterra que investe massivamente na contratação de jogadores portugueses por conta da proximidade com o badalado empresário Jorge Mendes, o mesmo que conduz a carreira de Cristiano Ronaldo.

A Família Pozzo é dona do Waltford, time de futebol da primeira divisão inglesa. Seu modelo de gestão busca jogadores jovens e talentosos, sobretudo na América do Sul, para amadurecê-los nos clubes da família, revendê-los para poderosas equipes e usar o dinheiro para contratar novos talentos… reiniciando sempre o ciclo.

Joey Saputo vem de família rica e está no mundo do futebol desde 1990. Já fundou dois times da Major League Soccer, o Montréal Impact, que foi desativado em 2011, e CF Montréal, que é um dos três representantes canadenses na liga norte-americana. Do mesmo modo, na Europa ele é o acionista majoritário do Bologna, que está na primeira divisão desde 2015.

Por outro lado, a Amber Capital é liderada pelo empresário francês Joseph Oughourlian e tirou o Lens da segunda divisão francesa . Além disso, Amber Capital também é acionista do Padova, que disputa a terceirona da Itália, e já está na América do Sul, onde controla o Millonarios, da Colômbia.

 

QUERO INVESTIR NO MEU TIME DE FUTEBOL, COMO EU FAÇO?

No Brasil, é preciso que a organização opte por emitir debêntures-fut, que terão prazo igual ou maior que dois anos, com rendimentos anuais superiores à poupança e com pagamento periódico de rendimentos. Não há regras ainda para emissão de ações via capital aberto na bolsa, mas é possível que isto mude à medida que mais instituições entrem no modelo.

Já o Stoxx Europe Football Index lista clubes com ações no mercado. Assim, a lista até o início de abril de 2022 era composta por:

Juventus (Itália)
Borussia Dortmund (Alemanha)
Galatasaray (Turquia)
AFC Ajax (Holanda)
Celtic Reino (Unido)
Trabzonspor Sportif Yatir (Turquia)
As Roma (Itália)
Olympique Lyonnais (França)
Fenerbahce Sportif Hizmet (Turquia)
Besiktas (Turquia)
Parken Sport & Entertainment (Dinamarca)
Lazio (Itália)
AGF (Dinamarca)
Sport Lisboa e Benfica (Portugal)
Teteks ad Tetovo (Macedônia)
Brondby if B (Dinamarca)
Sporting (Portugal)
Aalborg Boldspilklub (Dinamarca)
AIK Football (Suécia)
Futebol Clube do Porto (Portugal)
Ruch Chorzow (Polônia)

Outros três times não estão no índice, mas têm ações em bolsa:

Silkeborg (Dinamarca)
Totteham Hotspur (Reino Unido)
Manchester United (Reino Unido)

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É seguro investir com a Taxa Selic em alta? https://fazcapital.com.br/e-seguro-investir-com-a-taxa-selic-em-alta/ Tue, 29 Mar 2022 17:43:35 +0000 https://www.fazcapital.com.br/?p=577   2022 começou com a Taxa Selic em 9,25% e atualmente o índice já está em 13,75%. No entanto, esse número não chegava aos dois dígitos há mais de quatro anos. O aumento foi anunciado de forma consecutiva pelo Comitê de Política Monetária (Copom) ao longo de 2021, com o objetivo de conter a inflação. […]

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2022 começou com a Taxa Selic em 9,25% e atualmente o índice já está em 13,75%. No entanto, esse número não chegava aos dois dígitos há mais de quatro anos. O aumento foi anunciado de forma consecutiva pelo Comitê de Política Monetária (Copom) ao longo de 2021, com o objetivo de conter a inflação. Para os investidores, porém, essa pode ser uma ótima notícia. Leia este artigo para saber em que investir com a Taxa Selic em alta.

Economistas do mercado financeiro projetam que a Selic continue em elevação até o final deste ano, o que configura uma boa oportunidade para avaliar investimentos de renda fixa e pós-fixados. Para te guiar por esse cenário, os especialistas da Faz Capital explicam os principais caminhos para a rentabilidade diante da alta da Taxa Selic. Mas antes entenda a importância desse indicador para a nossa economia.

 

O ponto de referência da economia

Quem ainda lembra da remarcação constante de preços, muitas vezes vertiginosa e mais de uma vez ao dia, conhece bem o fantasma da hiperinflação. Ele assombrou os brasileiros até os anos 90, com a chegada do Plano Real. E o Sistema Especial de Liquidação de Custódia (Selic), criado em 1979, foi essencial para que houvesse o controle da inflação.

O sistema registra diariamente todas as operações relacionadas a títulos do Tesouro Nacional. A taxa média resultante dessas negociações diárias configura a Taxa Selic. Primordialmente, ela é a taxa de juros básica da economia brasileira, a referência para a maioria das outras taxas de juros da economia.  A Selic tem impacto sobre qualquer transação envolvendo juros, seja empréstimo, financiamento ou investimento. Para atuar como meta no controle da inflação, a Taxa Selic é definida a cada 45 dias pelo Copom.

Sempre que o comitê opta por elevar a taxa, os investimentos que usam a Selic como indexador ficam mais rentáveis. É o que ocorre em 2022. A Taxa Selic chegou a 10,75% menos de um ano depois de ter atingido a mínima histórica de 2% ao ano.

 

Por que há essa tendência de Taxa Selic em alta?

O nível mais baixo da Taxa Selic, registrado entre agosto de 2020 e março de 2021, foi provocado em grande parte pelo efeito da pandemia sobre a economia global. Bancos centrais ao redor do mundo adotaram a redução de juros como medida para aquecer as economias locais.

As razões para o aumento significativo em poucos meses também passam pela conjuntura internacional. A recuperação financeira de alguns setores da economia internacional levou ao aumento de preço das commodities. Da mesma forma, a crise enfrentada pela cadeia global de produção e logística resultou em alta nos preços de insumos e bens intermediários para a indústria. No mercado interno, as pressões da instabilidade política sobre a taxa de câmbio colaboraram para a alta na inflação.

Mas qual a relação da Selic com a inflação?

Dois efeitos da taxa básica de juros afetam nossas vidas no dia a dia:

  1. 1. Ela impacta no custo do crédito oferecido por instituições financeiras.
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  3. 2. Serve de referência para remunerar investimentos.
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  5. Quando ela sobe, tanto o crédito fica mais caro quanto o poupador fica mais estimulado a aplicar suas reservas, em vez de gastá-las. Ambos reduzem o consumo das pessoas e, pela lei de oferta e demanda, os preços tendem a cair. Da mesma forma, uma Selic mais baixa barateia o crédito e torna o ato de poupar menos rentável, estimulando as pessoas a gastar.  O resultado? Mais gastos, mais demanda, maiores preços.

No cenário atual, diante da alta acelerada da Taxa Selic e da previsão de aumento contínuo do índice ao longo do ano, até os investidores mais cautelosos podem garantir bons rendimentos.

Onde investir com a Taxa Selic em alta?

Alguns investimentos considerados conservadores e nem tão atraentes se tornam mais rentáveis nesse cenário. É o momento propício para investir em modalidades de renda fixa, como títulos do Tesouro Direto atrelados à Taxa Selic, em fundos simples sem taxa de administração ou em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) com rentabilidade perto de 100% do Certificado de Depósitos Interbancários (CDI), cuja taxa é similar à Selic. Essas opções oferecem rendimentos acima da poupança e possibilidade de liquidez diária.

Para quem deseja investir além da reserva de emergência, com retorno em até um ano, a modalidade de títulos de bancos médios e pequenos é uma boa opção. Muitos deles são isentos de Imposto de Renda, assim como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), vinculadas ao CDI.

Investidores mais ousados podem ser atraídos pela alta rentabilidade de títulos prefixados ou com retorno de 130% do CDI em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Essas modalidades são mais arriscadas por impedirem a retirada do dinheiro antes do vencimento. Antes de fazer esse tipo de investimento, é essencial checar a nota de crédito do banco emissor. Caso o banco enfrente problemas financeiros, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) ressarce o investidor até o limite de R$ 250 mil por CPF, por instituição.

Cada investidor tem seu próprio perfil e cada investimento deve se alinhar aos seus objetivos e perfil. Os assessores financeiros da Faz Capital reúnem o conhecimento e a experiência para traçar o mapa personalizado dos seus rendimentos.

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Não deixe para investir só depois das eleições https://fazcapital.com.br/nao-deixe-para-investir-depois-das-eleicoes/ Tue, 29 Mar 2022 14:18:47 +0000 https://www.fazcapital.com.br/como-declarar-seus-investimentos-no-imposto-de-renda-copy/ O impacto das eleições vai muito além da arena política. Meses antes do pleito, o mercado financeiro reage diante da incerteza e impacta muitos investimentos. No Brasil de 2022, a instabilidade política vem acompanhada de baixo crescimento econômico, inflação em alta e taxas de juros também em elevação. Não são as condições mais atrativas para […]

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O impacto das eleições vai muito além da arena política. Meses antes do pleito, o mercado financeiro reage diante da incerteza e impacta muitos investimentos. No Brasil de 2022, a instabilidade política vem acompanhada de baixo crescimento econômico, inflação em alta e taxas de juros também em elevação. Não são as condições mais atrativas para investidores, mas deixar para investir só depois das eleições significa perder boas oportunidades de rendimentos.

Mesmo diante da volatilidade do mercado, é possível montar uma carteira de investimentos segura para os momentos pré e pós-eleições. A previsibilidade das aplicações em renda fixa ganha destaque neste cenário. No entanto, não basta recorrer a títulos públicos para blindar o patrimônio de oscilações. É preciso diversificar a carteira para as eleições e considerar, inclusive, ativos internacionais.

Vamos explicar o potencial de cada opção.

A segurança da Renda Fixa

Ativos atrelados à Taxa Selic ou ao Certificado de Depósitos Interbancários (CDI) contam com critérios de rentabilidade e prazos estabelecidos no momento da aplicação. A previsibilidade torna esses investimentos mais seguros diante da volatilidade do mercado. Em 2022, esses ativos estão especialmente atraentes devido à alta contínua da taxa de juros, o que aumenta a lucratividade sobre os investimentos.

Outras modalidades de investimento em renda fixa também podem trazer bons rendimentos e alta liquidez.

➡ Títulos do Tesouro Direto atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

Conhecidos como Tesouro IPCA+, esses ativos têm prazos até 2026 e costumam oferecer taxa de cerca de 5% ao ano além da inflação.

➡ Títulos prefixados com vencimento em até dois anos

Uma opção um pouco mais arriscada para o perfil conservador, mas cujos rendimentos podem ficar acima de 10% ao ano. Esses ativos devem ser incluídos com cautela diante da incerteza sobre a política fiscal.

➡ Créditos high grade

Títulos privados com alta qualidade de crédito costumam oferecer menor risco e podem negociar taxas de CDI superiores a 2%.

➡ A alternativa internacional

Manter até 30% da carteira de investimentos em ativos estrangeiros pode ser uma estratégia inteligente para fugir do risco-Brasil. Há oportunidades rentáveis no cenário internacional, tanto na renda fixa quanto na renda variável.

➡ Bonds norte-americanos

Os títulos de renda fixa emitidos pelo governo dos Estados Unidos ou por empresas do país têm risco baixo, mas prazos de vencimento maiores.

➡ Fundos de investimento

O principal atrativo é a simplicidade de investir no exterior sem mandar dinheiro para fora do país. Existem 80 fundos internacionais no Brasil que aplicam em outros países. No caso de fundos de ações, há tributação de 15% sobre os ganhos. Para fundos de renda fixa ou multimercados, a tributação segue tabela regressiva do Imposto de Renda (com alíquotas de 22,5% a 15%).

➡ Brazilian Depositary Receipts (BDRs)

São negociados no Brasil, mas representam ações emitidas por empresas em outros países. É uma maneira facilitada de acessar ativos estrangeiros, pois basta estar cadastrado em uma instituição financeira brasileira e não há taxas para a transferência de recursos. Porém, são

investimentos de renda variável, mais expostos à volatilidade do mercado. Também é preciso se dedicar a entender os tipos de BDR e quais são adequados ao seu perfil investidor.

➡ Exchange Traded Funds (EFTs)

São fundos de investimento cujas cotas são administradas por um gestor, de acordo com o regulamento de cada fundo. Existem EFTs de renda fixa e de renda variável. Os de renda fixa têm como referência o índice IMA-B e rendimentos vinculados ao IPCA. Já os fundos de renda variável seguem índices de ações, especialmente o BOVA11. Estes representam risco maior, pois estão expostos às variações do mercado.

São muitas as opções para quem quer navegar de forma segura pelas ondas turbulentas do ano eleitoral. Mesmo diante da incerteza, o mais arriscado é não começar a investir. Há oportunidades rentáveis para quem está disposto a encarar com seriedade o cenário atual.

Mas não esqueça: a escolha dos ativos que vão compor a sua carteira de investimentos depende do seu perfil investidor. É preciso avaliar com clareza os seus objetivos financeiros e os tipos de risco que você está disposto a enfrentar. Os assessores financeiros da Faz Capital podem te ajudar a encontrar o melhor caminho.

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