Investimentos alternativos- cavalo

Investimentos alternativos: como e por que investir em cavalos

Descubra como investir em cavalos pode ser uma oportunidade de investimento promissora, unindo tradição, performance e rentabilidade no agronegócio.

O agro está em constante expansão no Brasil. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), o agronegócio representou cerca de 23% do PIB em 2023, e estima números similares para 2024. E claro, isso atrai o interesse de muitos investidores.

Seja através de Fiagro, ações de empresas na bolsa ou através de investimentos alternativos, existem várias opções para investir no agronegócio – brasileiro ou global. Mas aqui vamos falar de algo que pode parecer tangencial ao agro, e até mesmo curioso: investir em cavalos.

Cavalos? Mas, por que investir em cavalos? E como fazer isso? Vamos entender melhor essa história.

Por que investir em cavalos é uma boa ideia?

Existem vários motivos para uma pessoa querer ter um cavalo: gostar de animais, lazer, praticar esportes equestres, fazer cavalgadas em família ou com amigos. Mas quando falamos em investir, a motivação costuma ser proteger ou multiplicar seu patrimônio.

Afinal, por que você iria querer investir em cavalos? Bom, porque esse é um mercado bilionário.

🐴 A equinocultura é o setor da pecuária dedicado à criação de equinos, como cavalos, burros e mulas. Gera mais de 3 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil, e movimenta cerca de R$ 30 bilhões por ano.

E está em pleno crescimento: mesmo com os reveses econômicos do país, o setor movimenta cifras cada vez maiores. Esse crescimento reflete nas pistas, com o número de competições e competidores subindo a cada ano. Tudo isso faz do Brasil um destaque mundial: possuímos o quarto maior rebanho de equinos, com 5,8 milhões de cavalos, atrás apenas de Estados Unidos, China e México.

Milhões de pessoas envolvidas, crescimento constante e movimentações bilionárias: investir em cavalos parece um negócio promissor.

O que preciso saber para investir em cavalos?

Assim como em qualquer investimento, o mundo dos cavalos é variado. O Brasil possui esportes e competições, cada um com regras e características únicas. Para investir em cavalos com sucesso, é essencial conhecer esse universo.

Alguns dos principais esportes equestres praticados no Brasil são:

Hipismo: engloba modalidades como salto, adestramento e concurso completo de equitação (CCE), sendo um dos esportes equestres mais tradicionais das Olimpíadas.

Rédeas: modalidade de adestramento western, onde cavalo e cavaleiro executam manobras como giros e paradas bruscas, demonstrando controle e harmonia.

Turfe: corridas de cavalos, um dos esportes equestres mais tradicionais. Realizadas principalmente nos Jockey Club e em hipódromos de todo o Brasil, movimentando grandes apostas e criatórios.

Polo: esporte dinâmico em que equipes montadas em cavalos tentam marcar gols com o uso de tacos, muito praticado no Brasil, especialmente em fazendas e clubes exclusivos.

No Brasil, também há grande diversidade de raças de cavalo, e cada uma tem suas funções e características próprias. Algumas raças possuem exposições e competições exclusivas, premiando as características desejadas para a seleção e melhoramento da raça. Mas mesmo em esportes abertos, certas características são privilegiadas, fazendo com que certas raças sejam mais ou menos adequadas.

As principais raças criadas no Brasil são:

Quarto de Milha: originária dos Estados Unidos, é a raça com maior rebanho no Brasil. Conhecida por sua velocidade em curtas distâncias e versatilidade, é muito utilizado para trabalho e em esportes como tambor, baliza, laço e rédeas.

Mangalarga Marchador: raça brasileira valorizada pelo conforto da marcha e resistência, sendo muito usada para cavalgadas e competições de marcha.

Crioulo: originário do Sul do Brasil, destaca-se pela resistência e agilidade, sendo amplamente utilizado em esportes como laço comprido, provas de rédeas e competições regionais como o Freio de Ouro.

Puro Sangue Inglês (PSI): nascida na Inglaterra, famosa por sua velocidade e aptidão para corridas. É a principal raça utilizada no turfe.

Brasileiro de Hipismo (BH): desenvolvido para esportes equestres, como salto e adestramento, combina força, habilidade e temperamento equilibrado, utilizado em competições nacionais e internacionais.

Como ganhar dinheiro com cavalos?

Até agora falamos sobre um mundo que pode ser apaixonante para alguns, mas que também é um negócio, e negócios precisam de lucro. Vamos falar sobre algumas formas com as quais investir em cavalos pode dar lucro:

Compra e venda: o jeito mais simples e tradicional de ganhar dinheiro com cavalos é comprando e vendendo. Podem ser vendas diretas ou leilões, para outros criadores, para trabalho, esporte ou lazer, e costuma ser onde se movimentam as maiores somas.

Premiações: competições equestres pagam prêmios para os ganhadores. Algumas têm prêmios modestos, mas competições de maior nível oferecem boas quantias, e prêmios internacionais podem passar de US$ 1 milhão.

Reprodução: na criação de cavalos, a genética é um componente muito importante, e criadores buscam os melhores DNAs para gerar novos campeões. Coberturas, sêmen, óvulos e embriões podem garantir uma renda recorrente para proprietários de cavalos campeões.

Como investir em cavalos

Ok, é um mercado em crescimento, que emprega milhões de pessoas e movimenta bilhões de reais. Mas como você pode focar nesse meio?

Existem vários jeitos de investir em cavalos, desde os mais caros e arriscados – mas com maiores potenciais de ganho a longo prazo – até os mais simples. Vamos falar sobre os principais, em ordem de custo e complexidade.

Montar um haras: É o modo clássico – e mais caro. Muitos milionários, apaixonados pelo animal, montam haras apenas pelo prazer da criação, mas muitas pessoas enxergam a atividade como um negócio e buscam lucratividade.

Envolve um grande investimento inicial e de manutenção: compra de terras, construção de espaços dedicados ao trato dos animais, mão-de-obra especializada, alimentação, veterinários, entre outros custos. O retorno pode levar alguns anos, mas há grande potencial a médio e longo prazo. Haras brasileiros vendem cavalos para países do mundo todo, e não é incomum que tenham faturamento na casa dos milhões.

Comprar um cavalo: Ser proprietário de um cavalo de competição pode ser um bom negócio. Existem competições de várias modalidades no Brasil e no mundo, algumas com prêmios milionários – e cavalos brasileiros já tiveram várias conquistas internacionais.

Além das premiações, um bom cavalo também pode render muito no mercado da reprodução. A genética de um campeão é muito valorizada, e um garanhão premiado pode gerar alguns milhões de reais ao longo da sua vida só com essa prática. Um exemplo é o cavalo Roxão, campeão de vaquejadas, que gerou mais de 1600 filhos, rendendo cerca de R$ 100 milhões aos proprietários.

Mas investir em cavalos campeões também tem um custo inicial elevado. Dependendo da raça e modalidade esportiva, um potro com boa genética passa dos R$ 100 mil e um cavalo consagrado pode ultrapassar R$ 1 milhão.

Condomínio de cavalos: Você pode comprar cotas de um cavalo. Sim, cotas, como em um fundo de investimentos. O proprietário pode vender porcentagens de um cavalo premiado, seja em leilões ou negociando diretamente com compradores.

O comum é que um cavalo tenha no máximo cinco sócios, com porcentagens definidas na hora da compra e registradas em contrato.

Os cotistas dividem a manutenção e faturamento do cavalo conforme sua porcentagem, e em alguns casos, têm direito a coberturas para criações próprias. Todos os prêmios e rendimentos do mercado de reprodução são divididos respeitando as regras acordadas.

Também é possível que um cotista negocie sua cota com outra pessoa, se estiver de acordo com o contrato.

A venda de cotas permite que o proprietário junte uma quantia mais imediata de dinheiro e reduza seus custos, ainda oferecendo vantagens aos cotistas. O investimento é consideravelmente menor e apresenta o investidor ao apaixonante mundo dos cavalos com menos riscos e possíveis ganhos a curto prazo.

Gostou do tema? Achou legal a ideia de investir em cavalos – ou no agro em geral? Continue nos acompanhando por aqui para mais conteúdos interessantes e aprenda mais sobre investimentos alternativos!

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O que são?

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, com o objetivo de investir esse capital em um conjunto diversificado de ativos financeiros. Esses ativos podem incluir ações, títulos de dívida, imóveis, moedas estrangeiras, entre outros.

A administração e a gestão do fundo são feitas por um gestor profissional, que toma decisões de investimento visando maximizar os rendimentos e minimizar os riscos para os participantes.

Por que investir?

01. Gestor profissional
Contratação dos serviços de um gestor profissional para rentabilizar investimentos.

02. Baixo custo de operação
Baixo custo de operação de investimentos.

03. Estratégias avançadas
Acesso a uma infinidade de estratégias.

Pra quem?

Por englobarem todas as possibilidades de estratégias do mercado financeiro, são indicados para todos os tipos de investidores.

O que varia serão os perfis de risco dos fundos que comporão a carteira conforme as necessidades, expectativas e possibilidades de cada investidor.

O que é?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online. Lançado em 2002, surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, tem uma boa rentabilidade e liquidez diária, sendo a aplicação de menor risco do mercado.

Por que investir?

01. Segurança
Ativos 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

02. Variedade
Opções conforme os seus objetivos.

03. Fácil acesso
Não é preciso um aporte muito grande para começar

Pra quem?

Na verdade, o Tesouro Direto é indicado para todos os investidores.

Como os demais ativos de renda fixa, até mesmo os investidores mais arrojados podem utilizar os títulos do Tesouro Nacional para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Ações representam uma pequena parte na sociedade de uma grande empresa. Ao adquirir uma, você se torna sócio daquele negócio e recebe os proventos proporcionais à sua participação.

Ao deter esses papeis, o investidor passa a receber dois tipos de pagamentos: dividendos e juros sobre capital próprio. Os valores dependem do lucro gerado pela empresa.

Por que investir?

01. Longo prazo
Rendimentos esperados maiores em prazos longos, frente à baixa rentabilidade atual dos ativos de menor risco.

02. Renda Recorrente
Possibilidade de obtenção de renda recorrente, através de dividendos e juros sobre capital próprio.

03. Diversificação
Possibilidade de construir um portfólio com variados níveis de risco e volatilidade e adaptar rapidamente a carteira em caso de mudanças no mercado.

Pra quem?

Ações são indicadas para quem tem perspectiva de retornos de médio e longo prazo e tem maturidade para entender que quedas são naturais e que é necessário ter um acompanhamento constante do portfólio, seja pelo próprio investidor ou por um assessor profissional.

Ao contrário do senso comum, ações não são apenas para investidores agressivos e arrojados – carteiras de perfil moderado também podem fazer uso delas. O mercado de capitais é muito vasto e é versátil, sendo possível elaborar composições variadas de ações.

O que é?

Ativos de renda fixa são aqueles cujas regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição. Na hora de investir, você já se sabe quais são o prazo e o critério de remuneração do ativo.

Os principais investimentos desta classe são CDBs, CRAs e CRIs, as LCAs e as LCIs, debêntures e títulos do Tesouro Nacional.

Por que investir?

01. Segurança
As regras de rendimento são definidas antes de sua aquisição.

02. Previsibilidade
Na hora de investir, já se sabe o prazo e o critério de remuneração do ativo.

03. Variedade de ativos
As opções permitem a diversificação de estratégias.

Pra quem?

Apesar de serem ativos conservadores, são indicados para todos os investidores. Para aqueles que priorizam a segurança do capital e preferem retornos mais estáveis, a renda fixa é uma ótima escolha. Ela garante que o investidor não será surpreendido por grandes oscilações no valor do investimento.

Mesmo aqueles mais arrojados podem utilizar a renda fixa para sua reserva de emergência e para buscar maiores rentabilidades no mercado secundário.

O que são?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que captam recursos de investidores e procuram obter rentabilidade no mercado imobiliário.

Isso é feito através de incorporação de empreendimentos, compra de lajes de corporativas, residências e galpões logísticos para aluguel ou até mesmo compra e venda de direitos de crédito e dívidas do setor.

Por que investir?

01. Isento de Imposto de Renda
Recebimento de renda mensal, isenta de imposto de renda.

02. Renda mensal
Possibilidade de investir em imóveis sem precisar administrá-los.

03. Não imobilização do patrimônio
Poder investir em imóveis sem imobilizar o capital.

Pra quem?

Os FIIs são indicados para quem deseja obter renda mensal a partir de seus investimentos e para quem pretende investir em imóveis a partir de pequenos valores.

Uma de suas principais características é que eles precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos recebidos em sua operação todos os meses, o que faz com que sejam um excelente ativo para obtenção de renda recorrente.

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